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Unesp 2020 - 1ª fase


Questão 61 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Eutrofização

Mortandade de peixes e coloração da água do Rio Tietê preocupam no interior de SP

Rio Tietê está ficando irreconhecível em parte do interior paulista

    A água de cor estranha e o cheiro forte estão preocupando quem mora perto do rio. Pescadores estão voltando para casa com as redes vazias.

    “O que você está vendo são os peixes mortos. Mas não morrem só peixes, morre toda uma cadeia abaixo dos peixes, que são outros microrganismos, pequenos crustáceos, pequenos moluscos que são alimentos dos peixes”, explica o biólogo Arif Cais, professor voluntário aposentado da Unesp de São José do Rio Preto.

(https://g1.globo.com, 11.05.2019. Adaptado.)


A reportagem faz referência ao fenômeno de eutrofização. Nesse fenômeno, um dos eventos que precedem e um dos eventos que sucedem a mortandade dos peixes são, respectivamente:



a)

despejo de esgotos nas águas e decomposição aeróbica.

b)

proliferação de microrganismos aeróbicos e decomposição anaeróbica.

c)

redução da matéria orgânica disponível e mortandade de crustáceos e moluscos.

d)

turvação da água e redução da matéria orgânica disponível.

e)

produção de gás sulfídrico e proliferação de microrganismos aeróbicos.

Resolução

O fenômeno da eutrofização consiste no aumento descontrolado das populações de algas unicelulares ou de cianobactérias, seres vivos constituintes do fitoplânton. Esse crescimento populacional explosivo tem como principal causa o aumento do aporte, nos ecossistemas aquáticos (como lagos, lagoas e mares), de nutrientes minerais, em especial o nitrato (NO3-) e o fosfato (PO43-), que proporcionam o aumento da taxa fotossintética. As principais fontes desses nutrientes que levam ao fenômeno da eutrofização são: fertilizantes agrícolas, resíduos industriais e esgoto doméstico.

Existem duas consequências principais do aumento do tamanho das populações dos seres vivos microscópicos que constituem o fitoplâncton (plâncton autótrofo): limitação da penetração de luz no fundo dos corpos d’água e aumento do número de algas ou cianobactérias que morrem quando completam o seu ciclo de vida.

No primeiro caso, a camada espessa de fitoplâncton que se forma na superfície de lagos e lagoas diminui muito a intensidade luminosa que chega até as algas bentônicas, ou seja, até as algas que vivem fixas nas rochas do assoalho dos ecossistemas lacustres. Desse modo, essas algas multicelulares acabam morrendo, o que gera matéria orgânica morta e também uma diminuição da fotossíntese total realizada pelos produtores. No segundo caso, a mortalidade das algas e cianobactérias acaba por gerar uma expressiva quantidade de matéria orgânica morta, uma vez que: 1) muitas das espécies de algas ou de cianobactérias apresentam um baixo valor nutricional, de modo que suas populações não são significativamente afetadas pela predação realizada pelo zooplâncton; e 2) as populações de protozoários e animais que constituem o zooplâncton são fortemente reguladas por peixes planctívoros, os quais impedem que as primeiras apresentem um elevado crescimento populacional e, assim, aumentem a taxa de consumo de algas e cianobactérias.

O excesso de matéria orgânica morta gerado pelo crescimento exacerbado dos organismos que constituem o fitoplâncton leva ao aumento da demanda bioquímica de oxigênio (DBO).

Quanto maior for a DBO, maior será a quantidade de oxigênio necessária para que a matéria orgânica morta seja decomposta. Logo, em ecossistemas aquáticos em processo de eutrofização, haverá uma intensa proliferação de bactérias decompositoras aeróbicas, as quais irão provocar a queda da concentração de oxigênio no ambiente aquático. Assim, a concentração de O2 se tornará baixa (hipóxia) e, eventualmente, o oxigênio se tornará ausente (anóxia) na água. Consequentemente, os seres vivos que dependem dessa molécula, como peixes, crustáceos, moluscos, algas e as próprias bactérias aeróbicas irão morrer, o que irá gerar mais matéria orgânica morta. No final do processo, surgem as chamadas ‘zonas mortas’, locais onde não existe mais oxigênio e nos quais a diversidade biológica é extremamente baixa. Esse momento é caracterizado pela intensa proliferação das bactérias decompositoras anaeróbicas, as quais são sensíveis à presença de O2 e são capazes de realizar a respiração anaeróbica, cujos produtos são gases malcheirosos, como o metano (CH4) e o sulfeto de hidrogênio (H2S).

Portanto, um dos eventos que precedem a mortandade de peixes é a proliferação de bactérias decompositoras aeróbicas, as quais causam a diminuição da concentração de O2 na água, causando a morte da maioria dos seres vivos aquáticos. Esse fato leva ao evento que sucede a mortandade dos peixes: a proliferação de bactérias decompositoras anaeróbicas, as quais conseguem viver em locais anóxicos.

Questão 62 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

No romance O amor nos tempos do cólera, Gabriel García Márquez relata os primeiros contatos do jovem médico Juvenal Urbino, um dos três protagonistas do romance, com o cólera.
    O cólera se transformou em obsessão. Não sabia a respeito mais do que aprendera na rotina de algum curso marginal, e lhe parecera inverossímil que há apenas trinta anos tivesse causado na França, inclusive em Paris, mais de cento e quarenta mil mortes. Mas depois da morte do pai aprendeu tudo que se podia aprender sobre as diversas formas do cólera, quase como uma penitência para dar descanso à sua memória, e foi aluno do epidemiólogo mais destacado do seu tempo […], o professor Adrien Proust, pai do grande romancista. De modo que quando voltou à sua terra e sentiu vinda do mar a pestilência do mercado, e viu os ratos nos esgotos expostos e os meninos se revolvendo nus nas poças das ruas, não só compreendeu que a desgraça tivesse acontecido como teve a certeza de que se repetiria a qualquer momento.

(O amor nos tempos do cólera, 1985.)

 

A partir desse trecho, pode-se inferir que Juvenal Urbino



a)

se preocupou em combater, no século XX, o retorno da epidemia de cólera na França, principalmente em Paris, constatando que a doença era transmitida pela urina de ratos.

b)

tivera seu pai morto pelo cólera ainda no século XIX, o que o motivou a investigar as causas dessa doença, no caso, microrganismos eucariotos transmitidos por ratos que se proliferam nos esgotos.

c)

viveu na Europa da Idade Média, quando ocorria a grande epidemia de cólera e quando ainda se acreditava que a doença era transmitida por vapores pestilentos dos esgotos.

d)

temia uma epidemia de cólera em sua cidade natal e, ainda no século XVIII, aprendeu com seu professor que a falta de saneamento básico favorece os surtos dessa virose.

e)

se interessou pela doença entre o final do século XIX e o início do século XX, percebendo que as pessoas que entravam em contato com fezes contaminadas contraíam cólera, uma doença transmitida por bactérias.

Resolução

O cólera se transformou em obsessão. Não sabia a respeito mais do que aprendera na rotina de algum curso marginal, e lhe parecera inverossímil que há apenas trinta anos tivesse causado na França, inclusive em Paris, mais de cento e quarenta mil mortes. Mas depois da morte do pai aprendeu tudo que se podia aprender sobre as diversas formas do cólera, quase como uma penitência para dar descanso à sua memória, e foi aluno do epidemiólogo mais destacado do seu tempo […], o professor Adrien Proust, pai do grande romancista. De modo que quando voltou à sua terra e sentiu vinda do mar a pestilência do mercado, e viu os ratos nos esgotos expostos e os meninos se revolvendo nus nas poças das ruas, não só compreendeu que a desgraça tivesse acontecido como teve a certeza de que se repetiria a qualquer momento. (O amor nos tempos do cólera, 1985.)

É pertinente salientar que, apenas a partir desse trecho, o candidato teria dificuldades para resolver a questão. Alguma informações externas eram necessárias: a obra de Gabriel García Márquez se ambienta na terra natal do autor, Colômbia, em Cartagena de las Índias, entre os anos de 1880 e 1930, e uma grande pandemia de cólera ocorreu na segunda metade do século XIX, entre 1846  e 1860. Além disso, a informação de que o médico higienista Adrien Proust viveu de 1834 a 1903 poderia também auxiliar o candidato.

a) Incorreta. O trecho em questão descreve que Juvenal Urbino não acreditava que, 30 anos antes do presente da narrativa, que se passa entre o final do século XIX e início do século XX, uma epidemia de cólera havia causado mais de 140 mil mortes na França, no entanto, motivado pela morte do pai pela doença, foi aluno de Adrien Proust, epidemiólogo famoso de seu tempo, e aprendeu tudo sobre o cólera. Com o retorno à sua terra natal, na Colômbia, observando ratos nos esgotos e meninos nas poças das ruas, entendeu como a catástrofe ocorreu 30 anos antes na Europa e percebeu que tudo poderia se repetir em sua terra natal. Assim, pela análise do trecho, não é possível afirmar que Juvenal Urbino se preocupou em combater o retorno da cólera, tampouco na França.  Além disso, a doença não é transmitida pela urina de ratos, mas pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes que contenham o  vibrião da cólera.

b) Incorreta. Considerando o trecho em análise e sabendo-se que a grande pandemia de cólera na Europa ocorreu na segunda metade do século XIX, Juvenal Urbino teve seu pai morto pela doença ainda no século XIX e isso o motivou a estudar tudo sobre a doença com renomado especialista da época, Adrien Proust, no entanto, o vibrião da cólera é uma bactéria, ou seja, um microrganismo procarioto, desprovido de núcleo e organelas membranosas.

c) Incorreta. Primeiro, a obra se passa predominantemente em Cartagena de las Índias, na Colômbia. Segundo, grandes epidemias de cólera ocorreram no século XIX e a cólera é transmitida por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados, e não por vapores pestilentos dos esgotos, conforme indica a alternativa.

d) Incorreta. Juvenal Urbino realmente temia uma epidemia de cólera em sua cidade natal, haja vista o trecho a seguir: "Quando voltou à sua terra e sentiu vinda do mar a pestilência do mercado, e viu os ratos nos esgotos expostos e os meninos se revolvendo nus nas poças das ruas, não só compreendeu que a desgraça tivesse acontecido como teve a certeza de que se repetiria a qualquer momento." No entanto, seus estudos sobre a doença com Adrien Proust ocorreram na época de ambientação da narrativa, qual seja, entre o final do século XIX e início do século XX, além disso, embora a falta de saneamento básico favoreça o surto da doença como afirmado, a mesma não é causada por vírus, mas por uma espécie de bactéria, a Vibrio cholerae, transmitida por meio de alimentos mal lavados, malcozidos, água não tratada, dentre outros. Por isso, ela está intimamente relacionada com a falta de saneamento básico do local.

e) Correta. Juvenal Urbino só pode ter desenvolvido interesse pelo estudo do cólera na época de ambientação da história - entre o final do século XIX e início do século XX -  ao perceber a relação entre o contato com fezes e o desenvolvimento da doença. A cólera é causada por uma bactéria que se estabelece no intestino humano, causando diarreia e perda de sais minerais. Sua disseminação é maior em lugares sem saneamento básico, fato que favorece a trasmissão oral-fecal.

Questão 63 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Multiplicação de probabilidade Doenças (Vírus)

Combate ao Aedes aegypti

    O Ministério da Saúde convoca a população brasileira a manter permanentemente a mobilização nacional pelo combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de quatro tipos de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.     O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de maior risco de infecção por essas doenças. No entanto, a recomendação é não descuidar nenhum dia do ano.

(http://portalms.saude.gov.br. Adaptado.)

    Uma pessoa contraiu febre amarela, tratou-se e, algum tempo depois, contraiu dengue tipo 2. Supondo que essa pessoa resida em uma cidade onde circulam com a mesma prevalência os vírus causadores de todas essas doenças, e que essa pessoa venha a adquirir duas delas, a probabilidade de que essas doenças sejam dengue e chikungunya, nessa ordem, é



a)

25%.

b)

5%.

c)

15%.

d)

10%.

e)

30%.

Resolução

Como a pessoa já contraiu febre amarela e dengue tipo 2, ela se torna imune a esses vírus, e portanto não vai contrair novamente essas doenças. Sobram então os outros 3 tipos de dengue, zika e chikungunya que ela ainda pode vir a contrair.

Se essa pessoa agora vier a adquirir uma dessas 5 doenças, a probabilidade de que seja um dos 3 tipos de dengue é 35.

A partir disso, ela se torna também imune a esse subtipo de vírus.

Se em seguida ela vier a adquirir alguma outra das 4 doenças restantes (os dois tipos de dengue que ela ainda não pegou, zika e chikungunya), a probabilidade de que seja chikungunya é 14.

Assim, a probabilidade p pedida é:

p=35·14=320p=15%

Questão 64 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Sistema Digestório Ação enzimática na digestão

    O Brasil já é o segundo país que mais realiza a cirurgia bariátrica, que reduz o tamanho do estômago.

    O paciente consegue emagrecer porque perde a fome radicalmente — a quantidade de comida consumida cai a um quarto, em média, por falta de espaço. Apesar dos avanços técnicos e das facilidades, a cirurgia está longe de ser uma intervenção simples.

(Natalia Cuminale. “Emagrecer na faca”. Veja, 13.03.2019. Adaptado.)


Além de aumentar a sensação de saciedade, mesmo com pequena ingestão de alimentos, a redução do estômago também reduz a quantidade de suco gástrico secretado pela parede estomacal, comprometendo a digestão do alimento nessa porção do aparelho digestório.

A principal enzima digestória do suco gástrico e a estrutura química dos monômeros das moléculas sobre as quais atua são



a)

b)

c)

d)

e)

Resolução

O sistema digestório é formado por diversos compartimentos, cada um deles especializado em uma etapa do complexo processo de digestão e absorção, cabendo ao estômago iniciar a digestão de proteínas, pela ação do suco gástrico. 

As proteínas são moléculas biológicas formadas por polímeros de aminoácidos ligados por ligações peptídicas. Os aminoácidos são moléculas orgânicas que apresentam grupo amina e grupo ácido carboxílico, ambos ligados ao carbono alfa, no qual também está ligado uma cadeia lateral (R), conforme a imagem abaixo.

A liberação do suco gástrico por parte do estômago é estimulada tanto pela mastigação quanto pela presença de alimento proteico no estômago. Esses dois fatores servem de estímulo para as células G que estão presentes no estômago e essas, por sua vez, liberam o hormônio gastrina no sangue. Tal hormônio tem a função de estimular as glândulas estomacais a liberar seu conteúdo, o suco gástrico. O suco gástrico é composto de água, HCl (ácido clorídrico), sais inorgânicos e enzimas, especialmente a pré-enzima inativa pepsinogênio (em contato com o ácido clorídrico, é modificada quimicamente para se tornar pepsina). O HCl é liberado pelas células parietais, localizadas nas glândulas compostas tubulosas presentes no estômago.

Nessas mesmas glândulas estão as células pépticas, responsáveis pela secreção do pepsinogênio. O HCl tem a função de tornar o pH do compartimento estomacal favorável à ação enzimática, que é aproximadamente 2,0. Uma vez que o suco gástrico tenha sido liberado o HCl também tem ação ativadora do pepsinogênio, convertendo-o em pepsina, a forma ativa da enzima. Assim que formada, a pepsina apresenta ação autocatalítica e, assim como o HCl, também atua no pepsinogênio, convertendo-o em pepsina. A pepsina é uma enzima que catalisa a hidrólise das ligações peptídicas que mantêm os aminoácidos das proteínas ligados. A função dessa enzima é, portanto, promover a digestão de proteínas, gerando como resultado cadeias mais curtas de aminoácidos ligados, os polipeptídeos e os oligopeptídeos, que serão finamente quebrados no compartimento a seguir, o duodeno, com a atuação de outras enzimas específicas.

Considerando as informações acima podemos considerar as alternativas:

a) Incorreta. A tripsina é uma enzima produzida no pâncreas e liberada no duodeno, também catalisa a hidrólise das ligações peptídicas. O monômero mostrado na alternativa é um ácido carboxílico.

b) Incorreta. O suposto monômero mostrado na figura não é um aminoácido, trata-se de uma molécula polifuncional com um grupo aldeído e um grupo álcool.

c) Correta. A pepsina é a principal enzima digestória do suco gástrico e a molécula mostrada é um aminoácido, possui um grupo amina e um grupo ácido carboxílico.

d) Incorreta. A tripsina não atua no estômago e a molécula mostrada não é um aminoácido, pois possui grupo éster de fosfato e grupo álcool.

e) Incorreta. O termo peptidase é genérico e a molécula mostrada é um tipo de álcool.

Questão 65 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Gametogênese XY (Determinação do Sexo)

Comportamento do casal pode definir sexo do bebê, dizem pesquisadores

    Muitas pessoas sonham não só com o nascimento de um bebê, mas com o sexo dele. Não é possível escolher se você vai gerar uma menina ou um menino, mas alguns pesquisadores sugerem que alguns fatores, como fazer sexo exatamente no dia da ovulação, ou a frequência das relações sexuais, aumentariam a chance de ter uma criança de determinado sexo.

(Ivonete Lucirio. https://universa.uol.com.br, 06.08.2012. Adaptado.)


A notícia traz hipóteses ainda em discussão entre especialistas, mas o que o conhecimento biológico tem como certo é que, na espécie humana, o sexo da prole é definido no momento da fecundação e depende da constituição cromossômica do



a)

espermatozoide, que é definida na meiose I da gametogênese do pai e a mãe não tem participação na determinação do sexo da prole.

b)

óvulo, que é definida na meiose II da gametogênese da mãe e o pai não tem participação na determinação do sexo da prole.

c)

espermatozoide, que é definida na meiose II da gametogênese do pai e a mãe não tem participação na determinação do sexo da prole.

d)

óvulo e do espermatozoide, que são definidas na meiose II da gametogênese de ambos os genitores e o pai e a mãe participam, conjuntamente, da determinação do sexo da prole.

e)

óvulo, que é definida na meiose I da gametogênese da mãe e o pai não tem participação na determinação do sexo da prole.

Resolução

O sistema de determinação sexual dos humanos e mamíferos é o XY. Nesse sistema, o conjunto total de cromossomos é formado por pares de cromossomos autossômicos e um par sexual. A ploidia normal da espécie Homo sapiens é 2n=46, ou seja, possuímos dois conjuntos de cromossossomos em nossas células, um de origem paterna e outro de origem materna. Dos 46 cromossomos, 44 são cromossomos autossômicos e não estão relacionados com a determinação do sexo da prole, já o os outros dois formam o par sexual, par que determina o sexo do indivíduo.

Os indivíduos do sexo masculino possuem 44 cromossomos autossômicos e o par sexual XY, já os indivíduos do sexo feminino possuem 44 cromossomos autossômicos e o par sexual XX. A formação de um novo indivíduo da espécie humana exige o encontro de um gameta masculino e um feminino, resultando na formação de um zigoto que se desenvolve por meio de mitoses sucessivas até formar um bebê.

O tipo de divisão celular responsável pela formação dos gametas nos animais é a meiose. Nesse tipo de divisão celular, a ploidia das células resultantes e o número de cromossomos por célula são a metade da célula que iniciou a divisão. Dessa forma, os gametas humanos são n=23, ou seja, são compostos por 22 cromossomos autossômicos e um cromossomo sexual.

A meiose é uma divisão celular caracterizada pela ocorrência de duas divisões sucessivas, tendo como resultado a formação de quatro células filhas. A primeira divisão é a responsável pela redução da ploidia verificada nas células filhas, pois é nela que ocorre a separação dos cromossomos homólogos. A segunda divisão, diferente da primeira, separará as cromátides irmãs. Dessa forma, na gametogênese masculina serão formados gametas contendo o cromossomo sexual X e gametas contendo o cromossomo sexual Y. Os dois tipos de gametas serão n=23,Y e n=23,X, na frequência de 50% de cada, conforme a imagem abaixo:

Já na gametogênese feminina, serão formados apenas gametas contendo o cromossomo sexual X, pois os indivíduos do sexo feminino possuem dois cromossomos sexuais X, conforme mencionado acima. Os gametas femininos serão 100% n=23,X. Por esse motivo o sexo masculino, no sistema de determinação sexual XY, é chamado de sexo heterogamético, enquanto que o feminino é o sexo homogamético.

Assim sendo, o gameta que definirá o sexo da prole é o gameta masculino, ou seja, se o espermatozoide com o cromossomo X fecundar o óvulo, será formado uma menina (XX) e, ao contrário, se for o Y, será formado um menino (XY).

Na gametogênese masculina a separação do cromossomo X e Y ocorre na primeira divisão da meiose, já ficando definido a partir desse momento qual o tipo de cromossomo sexual será herdado por cada gameta, independentemente dos fenômenos cromossômicos que venham ocorrer na segunda divisão.

Considerando as informações acima podemos considerar as alternativas:

a) Correta. O sexo da prole é definido pelo gameta masculino e, portanto, pela gametogênese do pai. O tipo de cromossomo sexual que cada gameta herdará é definido na meiose I e o gameta materno não tem participação na determinação do sexo da criança.

b) Incorreta. O gameta feminino não tem participação na determinação do sexo da criança.

c) Incorreta. O tipo de cromossomo sexual que cada gameta herdará é definido na meiose I, pois é nessa divisão que ocorre a separação dos cromossomos X e Y.

d) Incorreta. O óvulo não tem participação na determinação do sexo da criança e somente o gameta paterno tem influência na determinação do sexo da prole.

e) Incorreta. O óvulo não tem participação na determinação do sexo da criança.

Questão 66 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Relação da respiração com a fotossíntese

A tabela mostra os horários do nascer e do pôr do Sol na cidade de São Paulo, em quatro datas do ano de 2019.

(www.sunrise-and-sunset.com. Adaptado.)


Em Macapá, única capital brasileira cortada pela linha do equador, o nascer e o pôr do Sol nessas quatro datas ocorrem em horários diferentes daqueles registrados para São Paulo.

Considere dois arbustos da mesma espécie, com o mesmo porte, em vasos de mesmo tamanho, mantidos à luz ambiente, em dia sem nebulosidade, sob condições adequadas de temperatura, nutrição e aporte hídrico, um deles na cidade de São Paulo e o outro na cidade de Macapá.

Com relação aos tempos de duração da fotossíntese e da respiração celular nesses dois arbustos, assinale a alternativa correta.



a)

Em 21 de junho, a duração da fotossíntese no arbusto em São Paulo foi maior do que no arbusto em Macapá, mas a duração da respiração foi igual em ambos.

b)

Nas quatro datas, a duração da fotossíntese e a duração da respiração são iguais em ambos os arbustos.

c)

Em 21 de junho, a duração da respiração foi maior do que a duração da fotossíntese em ambos os arbustos, situação que se inverterá em 22 de dezembro.

d)

Em 24 de março e em 19 de setembro, a duração da fotossíntese foi a mesma que a da respiração em ambos os arbustos.

e)

Em 22 de dezembro, a duração da fotossíntese no arbusto em São Paulo será maior do que no arbusto em Macapá, mas a duração da respiração será igual em ambos.

Resolução

Todas as plantas realizam o processo de respiração aeróbica, a qual utiliza oxigênio (O2) como aceptor final de elétrons e é essencial para a produção de ATP nas células vegetais. Assim sendo, a taxa de respiração deve ser sempre constante ao longo do tempo (ou seja, deve ocorrer tanto durante o dia quanto durante à noite), uma vez que existe uma demanda constante por ATP.

Excetuando-se as plantas holoparasitas, os esporófitos de algumas briófitas, os gametófitos das espermatófitas e a fase embrionária, todas as plantas realizam o processo de fotossíntese. Esse processo é essencial para a obtenção de carboidratos simples, os quais serão utilizados para a produção de todas as moléculas orgânicas essenciais para o funcionamento da célula. Como a fotossíntese depende da luz solar para ocorrer, o número de horas em que as plantas permanecem iluminadas tem influência direta sobre a duração desse processo ao longo do dia.

Em latitudes médias, ou seja, em regiões que pertencem à zona temperada do globo, os verões são caracterizados por dias longos   (> 12h) e noites curtas (< 12h), enquanto os invernos são caracterizados por dias curtos (< 12h) e noites longas (> 12h). Já em latitudes mais baixas, ou seja, em regiões próximas à linha do Equador, tanto o verão quanto o inverno apresentam comprimentos do dia e da noite semelhantes (cerca de 12h cada um). Desse modo, quando um arbusto é mantido em Macapá (latitude: 0°) e outro é mantido em São Paulo (latitude: 23,55° S), eles irão variar quanto ao tempo em que permanecem iluminados ao longo do dia, dependendo da estação do ano. Logo, eles também irão variar quanto ao tempo em que permanecem realizando a fotossíntese.

Assim, durante o verão, o arbusto que permanece na cidade de São Paulo será iluminado por mais tempo (> 12h) do que o arbusto que permanece na cidade de Macapá (cerca de 12h). Logo, o primeiro irá realizar a fotossíntese por um maior número de horas. Durante o inverno, o arbusto que permanece na cidade de São Paulo será iluminado por menos tempo (< 12h) do que o arbusto que permanece na cidade de Macapá (cerca de 12h). Logo, o primeiro irá realizar a fotossíntese por um menor número de horas. Já nos equinócios de primavera e outono, o número de horas em que os arbustos irão permanecer realizando fotossíntese será o mesmo. Isso acontece porque, nos equinócios, os comprimentos dos dias e das noites são semelhantes.

a) Incorreta. Em 21 de junho, solstício de inverno, o arbusto em Macapá realiza mais fotossíntese do que o arbusto em São Paulo.

b) Incorreta. A duração da fotossíntese irá variar durante o verão e o inverno, uma vez que o número de horas em que os arbustos permanecerão iluminados irá variar.

c) Incorreta. A duração da respiração é sempre maior do que a duração da fotossíntese, já que a respiração ocorre durante as 24h do dia, enquanto a fotossíntese ocorre apenas durante as horas de luz.

d) Incorreta. O período em que os arbustos permanecem realizando a fotossíntese é sempre menor do que o período em que eles permanecem realizando a respiração.

e) Correta. Em 22 de dezembro, solstício de verão, o arbusto em São Paulo realiza mais fotossíntese do que o arbusto em Macapá.

Questão 67 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Condução de seiva bruta

Um coqueiro (Cocos nucifera) pode atingir até 30 metros de altura e produzir até 80 frutos por ano. Cada fruto, ainda verde, tem em média 289 mL de água, na qual estão dissolvidos açúcares e sais minerais.

(www.agencia.cnptia.embrapa.br)

Por analogia, os frutos de um coqueiro assemelham-se à caixa d’água de uma residência. Em ambos os casos, a água obtida ao nível do solo é armazenada, em grande quantidade, metros acima do nível desse solo.

(www.forumdaconstrucao.com.br. Adaptado.)


Para que a água ascenda à caixa d’água e à copa do coqueiro, é necessário que,



a)

ao nível do solo, haja no cano e no floema uma impulsão da coluna de água, elevando-a até a extremidade oposta desses sistemas condutores.

b)

metros acima do nível do solo, haja no cano e no xilema uma sucção da coluna de água, elevando-a desde o nível do solo.

c)

metros acima do nível do solo, haja no cano e no floema uma sucção da coluna de água, elevando-a desde o nível do solo.

d)

ao nível do solo, haja no cano uma impulsão da coluna de água e, metros acima do nível do solo, haja no xilema uma sucção da coluna de água, elevando-as desde o nível do solo.

e)

ao nível do solo, haja no cano e no xilema uma impulsão da coluna de água, elevando-a até a extremidade oposta desses sistemas condutores.

Resolução

As árvores transportam a seiva bruta, formada por água e sais minerais, das raízes até à copa, utilizando para isso vasos condutores denominados de xilema ou vasos lenhosos. Esses vasos são formados por células mortas lignificadas, oriundas do procâmbio do caule, um tecido derivado do meristema apical da planta. Elucidar quais os mecanismos fisiológicos que explicam a subida da seiva até a copa sempre foi um desafio para os fisiologistas.

A capilaridade é um fenômeno físico que auxilia a ascensão da seiva, o diâmetro dos vasos lenhosos é pequeno o suficiente para elevar a seiva por vários centímetros, porém, não pode explicar por si só a subida pelos vários metros pelos quais os caules das árvores se estendem.

Outro fenômeno a ser considerado é a pressão positiva da raiz, que atua impulsionando a seiva a partir da raiz em direção à copa. As raízes absorvem sais minerais do solo por transporte ativo, ficando hipertônicas em relação ao mesmo. Essa diferença de concentração faz com que elas absorvam água por osmose. A água que entra nas raízes força a água que já a ocupava a subir pelos vasos do xilema. Entretanto, de acordo com as medições, essa pressão também não é suficiente para explicar a subida de seiva por vários metros, como no coqueiro em questão.

A sucção de copa, finalmente, é o mecanismo pelo qual a subida de seiva por vários metros torna-se possível. Segundo a teoria da tensão-coesão-adesão, elaborada por Dixon no final do século XIX, a água contida nos vasos do xilema forma uma coluna contínua que sobe ascendentemente graças a existência de uma pressão hidrostática negativa criada pela transpiração estomática das folhas. A coesão entre as moléculas de água e sua adesão à parede do xilema são responsáveis pela coluna contínua e por transmitir a força da tensão da copa até às raízes.

Embora seja possível fazer uma analogia entre a água nos cocos de um coqueiro e a água na caixa d’água de uma casa, as forças relacionadas com a subida da água não são as mesmas. Como já explicado anteriormente, a água sobe pelo vegetal sendo puxada a partir da copa, já no sistema hidráulico domiciliar a água contida na caixa não foi puxada a partir da mesma, mas impulsionada de baixo para cima a partir do cano ao nível do solo o qual está conectado ao sistema de distribuição municipal de água. Tal sistema possui uma caixa principal que está elevada a uma altura superior às domiciliares, dessa forma essas caixas se enchem devido à diferença de alturas, de acordo com o teorema de Stevin, conforme imagem abaixo.

a) Incorreta. O vaso pelo qual a seiva bruta sobe é o xilema e a subida não é explicado por impulsão, mas por sucção.

b) Incorreta. A água no sistema domiciliar é impulsionada de cima para baixo, de acordo com o teorema de Stevin.

c) Incorreta. A água no sistema domiciliar é impulsionada de cima para baixo e a subida da seiva bruta ocorre pelo xilema, não pelo floema.

d) Correta. No cano existe uma impulsão, advinda da conexão com o sistema municipal de água, e na coluna d’água que sobe pelo xilema ocorre uma sucção criada pela transpiração estomática foliar.  

e) Incorreta. A subida de seiva bruta não pode ser explicada pela impulsão na coluna d’água, mas por uma sucção na mesma.

Questão 68 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Evolução

Os insetos da ordem Coleoptera têm dois pares de asas, mas as asas do par anterior, chamadas de élitros, são espessas e curvadas, protegendo as delicadas asas membranosas do par posterior. Além disso, os élitros podem apresentar manchas e cores específicas, contribuindo para a camuflagem do inseto no ambiente, como é o caso do Penthea pardalis (besouro leopardo).

(www.fiocruz.br)


Um pesquisador coletou amostras representativas de três populações de besouros leopardo e classificou-os segundo a quantidade e a distribuição de manchas escuras nos élitros. Em cada uma das três populações, a variabilidade fenotípica pôde ser representada pela mesma curva, conforme o gráfico:

Dez anos após a primeira coleta, o pesquisador voltou aos locais anteriormente visitados e coletou novas amostras representativas das mesmas populações. As proporções fenotípicas da população 1 não sofreram alterações, mas as populações 2 e 3 apresentaram novas proporções de fenótipo, como mostram as curvas do gráfico:

Ao longo dos dez anos de intervalo entre as coletas, a população

 



a)

3 se estabeleceu em novos nichos ecológicos, nos quais foram selecionadas mutações que levaram à formação de duas novas espécies.

b)

1 não se modificou porque sobre ela não houve ação de seleção natural sobre a variabilidade fenotípica.

c)

3 sofreu intensa pressão seletiva, que favoreceu os indivíduos de fenótipos extremos e eliminou aqueles de fenótipos intermediários.

d)

1 manteve-se fenotipicamente uniforme porque a pressão seletiva favoreceu uma variante fenotípica específica.

e)

2 foi submetida a uma pressão seletiva, que desfavoreceu fenótipos menos escuros e fenótipos mais escuros e favoreceu os indivíduos de fenótipo intermediário.

Resolução

A seleção natural pode alterar a frequência relativa dos fenótipos em uma população de três diferentes maneiras: seleção direcional, seleção disruptiva e seleção estabilizadora.

Na seleção direcional, uma das extremidades da distribuição fenotípica é favorecida pela seleção natural, ou seja, a frequência de um dos fenótipos extremos aumenta em detrimento do outro fenótipo extremo e também dos fenótipos intermediários da população. A seleção direcional ocorre em situações de mudanças no ambiente, de modo que um fenótipo tem sua aptidão aumentada.

Na seleção disruptiva, ambas as extremidades da distribuição fenotípica são favorecidas pela seleção natural, ou seja, a frequência dos dois fenótipos extremos aumenta em detrimento dos fenótipos intermediários da população. A seleção disruptiva ocorre em situações nas quais o ambiente favorece duas estratégias adaptativas opostas, de modo que dois fenótipos têm sua aptidão aumentada. No exemplo abaixo, a frequência de besouros que possuem poucas manchas ou muitas manchas aumenta, enquanto a frequência de besouros que possuem um número médio de manchas diminui.

Na seleção estabilizadora, a porção intermediária da distribuição fenotípica é favorecida pela seleção natural, ou seja, a frequência dos fenótipos médios aumenta em detrimento de ambos os fenótipos extremos da população. A seleção estabilizadora ocorre em situações nas quais a variabilidade genética diminui, de modo que uma característica fenotípica particular tem sua aptidão aumentada e qualquer desvio em relação ao valor médio é selecionado negativamente pelo meio. No exemplo abaixo, a frequência de besouros que possuem uma quantidade intermediária de manchas aumenta, enquanto a frequência de besouros que possuem poucas manchas ou muitas manchas diminui.

a) Incorreta. Os fenótipos extremos podem ocupar novos nichos ecológicos e, assim, aumentar em frequência na população, favorecidos pela seleção disruptiva. No entanto, o texto e os gráficos não fornecem evidências de que a seleção disruptiva que ocorreu na população 3 tenha levado à formação de novas espécies. No texto, é dito que as três populações de besouros pertencem a mesma espécie, Penthea pardalis.

b) Incorreta. Todas as populações, de todas as espécies, estão sob ação da seleção natural, mesmo que a distribuição de frequências dos fenótipos não sofra alterações significativas ao longo do tempo. O fato de as frequências fenotípicas permanecerem constantes na população 1 indica que o ambiente não mudou nos dez anos em que foram realizadas as coletas, de modo que a seleção natural continua favorecendo os mesmos fenótipos.

c) Incorreta. De acordo com o gráfico, a população 3 está sob ação da seleção disruptiva, a qual leva à redução da frequência dos fenótipos intermediários, mas não à sua eliminação da população.

d) Incorreta. A população 1 manteve-se fenotipicamente uniforme porque a pressão seletiva favoreceu besouros que apresentavam uma gama de diferentes padrões de manchas escuras, sendo esses fenótipos intermediários ao longo da distribuição fenotípica. Se uma variante fenotípica específica fosse favorecida, os besouros da população 1 teriam sofrido a ação da seleção direcional ou estabilizadora.

e) Correta. A população 2 sofreu a ação da seleção estabilizadora, de modo que os besouros que possuíam um número intermediário de manchas escuras apresentaram maiores chances de sobrevivência e reprodução do que os besouros que possuíam uma quantidade grande ou uma quantidade pequena de manchas.

Questão 69 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Expressões de Concentração

Um estudante coletou informações sobre a concentração total de sais dissolvidos, expressa em diferentes unidades de medida, de quatro amostras de águas naturais de diferentes regiões. Com os dados obtidos, preparou a seguinte tabela:

Ao rever essa tabela, o estudante notou que dois dos valores de concentração foram digitados em linhas trocadas. Esses valores são os correspondentes às amostras



a)

2 e 4.

b)

1 e 3.

c)

1 e 2.

d)

3 e 4.

e)

2 e 3.

Resolução

São reproduzidos na tabela a seguir os valores de concentração de sais dissolvidos em g/L apresentados pelo exercício.

 

Amostra de água Origem Concentração de sais dissolvidos (g/L)
1 Oceano Atlântico (litoral nordestino brasileiro) 3,60,1=36
2 Mar Morto (Israel/Jordânia) 1,2
3 Água Mineral de Campos do Jordão (interior de São Paulo) 0,12
4 Lago Titicaca (Bolívia/Peru) 300,1=300

 

Dentre as 4 amostras de água apresentadas, duas são de água doce (3 e 4), logo devem apresentar as menores concentrações de sais dissolvidos.

 

Sabendo que a amostra de água do Mar Morto deve apresentar maior concentração de sais dissolvidos que amostras de águas de outros oceanos e portanto, apresenta também concentrações maiores de sais dissolvidos que amostras de água doce.

Como pode ser observado, a tabela acima sugere que a concentração de sais dissolvidos da amostra de água doce do lago Titicaca é maior que a concentração de sais dissolvidos da amostra de água do Mar Morto.

Portanto, como apenas dois dos valores de concentração de sais dissolvidos foram digitados em linhas trocadas, os resultados trocados foram das amostras do Mar Morto (2) e do lago Titicaca (4).

 

Questão 70 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Termoquímica Potência Elétrica

Parque Eólico de Osório, RS

    O Parque Eólico de Osório é o maior da América Latina e o segundo maior do mundo em operação. Com capacidade produtiva total de 150 MW, tem potência suficiente para abastecer anualmente o consumo residencial de energia elétrica de cerca de 650 mil pessoas.

(www.osorio.rs.gov.br. Adaptado.)

Considere agora a combustão completa do metano, principal componente do gás natural, cuja entalpia de combustão completa é cerca de –9 × 102 kJ/mol, e que as transformações de energia nessa combustão tenham eficiência ideal, de 100%.

Para fornecer a mesma quantidade de energia obtida pelo Parque Eólico de Osório quando opera por 1 hora com sua capacidade máxima, uma usina termoelétrica a gás necessitaria da combustão completa de uma massa mínima de metano da ordem de



a)

10 t.

b)

5 t.

c)

25 t.

d)

15 t.

e)

20 t.

Resolução

Massa molar (M) do metano: M = 12 + 4.1 = 16 g/mol.

Cálculo da quantidade de energia , em kJ, durante 1 h no Parque Eólico:

E = 150·103 KJ1 s·3600 s = 540·106 KJ.

O texto destaca a eficiência de 100% da conversão da energia produzida no Parque Eólico em entalpia para a combustão completa de metano: E=ΔH=540·106 KJ.

Cálculo da massa (m) mínima para obetr 540·106 KJ do Parque Eólico:

1,0 mol de CH416 g900 kJ liberadorm540·106 kJ

m = 9600 kg  10 t.