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Unesp 2020 - 1ª fase


Questão 71 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Fotossíntese Classificação de Aldeídos e Cetonas Íons

Analise as estruturas das clorofilas a e b.

(www.infoescola.com)


As clorofilas a e b estão presentes na estrutura celular denominada _____, sendo que a clorofila _____ é a principal responsável pelo processo de fotossíntese. Nas duas clorofilas, o elemento magnésio encontra-se sob a forma de íons com número de carga _____. A diferença entre as duas estruturas é a presença, na clorofila b, de um grupo da função orgânica _____, em vez de um dos grupos metil da clorofila a.
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:



a)

cloroplasto ; a ; 2+ ; aldeído.

b)

cloroplasto ; b ; 2+ ; cetona.

c)

complexo golgiense ; a ; 1+ ; aldeído.

d)

cloroplasto ; a ; 1+ ; aldeído.

e)

complexo golgiense ; b ; 2+ ; cetona.

Resolução

Os cloroplastos são plastídeos especializadas na realização da fotossíntese. Para tanto, eles possuem pigmentos que absorvem a luz na faixa do vermelho e do azul/violeta. Esses pigmentos são denominados clorofilas e estão localizados nos fotossistemas 1 e 2, presentes na membrana dos tilacoides.

Existem dois tipos de clorofilas nos cloroplastos das plantas terrestres: a e b. A clorofila a é a mais importante para o processo de fotossíntese, pois ela está presente no centro de reação dos fotossistemas 1 e 2, onde ocorre a perda dos elétrons excitados. É a energia dos elétrons perdidos pelas clorofilas a, durante a fase fotoquímica, que será usada para a síntese de ATP e de NADPH, moléculas essenciais para que ocorra o ciclo de Calvin. A clorofila b, embora não perca elétrons, é fundamental no processo de transferência da energia absorvida dos fótons para o centro de reação dos fotossistemas.

Os metais alcalinos terrosos quando em forma íônica possuem carga +2. Assim, os íons magnésio presentes na estrutura molecular das clorofilas possuem carga +2.

Conforme apresentado na figura, o grupo metil da clorofila a é substituído na clorofila b por um grupo carbonila ligado a um hidrogênio, grupo característico da função aldeído.

Questão 72 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Ionização de Ácidos Diluição Energia de Ativação pH e pOH

    As antocianinas existem em plantas superiores e são responsáveis pelas tonalidades vermelhas e azuis das flores e frutos. Esses corantes naturais apresentam estruturas diferentes conforme o pH do meio, o que resulta em cores diferentes.
    O cátion flavílio, por exemplo, é uma antocianina que apresenta cor vermelha e é estável em pH ≈ 1. Se juntarmos uma solução dessa antocianina a uma base, de modo a ter pH por volta de 5, veremos, durante a mistura, uma bonita cor azul, que não é estável e logo desaparece.
    Verificou-se que a adição de base a uma solução do cátion flavílio com pH ≈ 1 dá origem a uma cinética com 3 etapas de tempos muito diferentes. A primeira etapa consiste na observação da cor azul, que ocorre durante o tempo de mistura da base. A seguir, na escala de minutos, ocorre outra reação, correspondendo ao desaparecimento da cor azul e, finalmente, uma terceira que, em horas, dá origem a pequenas variações no espectro de absorção, principalmente na zona do ultravioleta.

(Paulo J. F. Cameira dos Santos et al. “Sobre a cor dos vinhos: o estudo das antocianinas e compostos análogos não parou nos anos 80 do século passado”. www.iniav.pt, 2018. Adaptado.)


A variação de pH de ≈1 para ≈5 significa que a concentração de íons H+ (aq) na solução ______________, aproximadamente, ______ vezes. Entre as etapas cinéticas citadas no texto, a que deve ter maior energia de ativação e, portanto, ser a etapa determinante da rapidez do processo como um todo é a ___________.
As lacunas do texto são preenchidas, respectivamente, por:



a)

aumentou ; 10 000 ; primeira.

b)

aumentou ; 10 000 ; terceira.

c)

diminuiu ; 10 000 ; terceira.

d)

aumentou ; 5 ; terceira.

e)

diminuiu ; 5 ; primeira.

Resolução

A concentração de íons H+ ([H+]) em uma solução é dada por [H+] = 10-pH. Assim, para pH = 1 a [H+] = 10-1 mol/L e para  pH = 5  a  [H+] = 10-5 mol/L. Logo, quando o pH é variado de 1 para 5, ocorrerá uma diminuição na concentração de íons H+ na solução.  

Uma variação do pH de 1 para 5 implica uma variação na concentração de íons H+ de 10-1 mol/L para 10-5 mol/L, ou seja, uma diminuição de 10-1 mol/L10-5 mol/L=10.000 na concentração de íons H+.

A energia de ativação determina a velocidade das reações, quanto maior for a energia de ativação, mais lenta será a reação. Em reações que ocorrem em várias etapas a velocidade da reação global será determinada pela etapa que possuir maior energia de ativação, que consequentemente será a etapa mais lenta. Portanto, a terceira etapa possui maior energia de ativação e será a etapa determinante da rapidez do processo.

Questão 73 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Estequiometria Eletroquímica

Considere um cubo de aço inoxidável cujas arestas medem 1 cm.

Deseja-se recobrir as faces desse cubo com uma camada uniforme de cobre de 1 × 10–2 cm de espessura. Para isso, o cubo pode ser utilizado como cátodo de uma cuba eletrolítica contendo íons Cu2+ (aq). Admita que a eletrólise se realize sob corrente elétrica de 200 mA, que a constante de Faraday seja igual a 1 × 105 C/mol e que a densidade do cobre seja 9 g/cm3. Assim, estima-se que o tempo de eletrólise necessário para que se deposite no cubo a camada de cobre desejada será próximo de



a)

17 000 s.

b)

2 200 s.

c)

8 500 s.

d)

4 300 s.

e)

3 600 s.

Resolução

Um cubo possui seis faces idênticas, as quais apresentam área igual a ao quadrado de sua aresta (a = 1cm, conforme indicado na imagem da questão). Sendo assim, a área total do cubo (Acubo) será:

Acubo=6×a2=6×1cm2

Acubo=6 cm2.

Sabendo que a camada de cobre precisa ter espessura (h) de 1×10-2 cm, podemos determinar o volume de cobre utilizado:

VCu=Acubo×h =6 cm2×1×10-2 cm

VCu=0,06 cm3.

Usando a densidade (d) deste metal podemos determinar a massa de cobre (m) utilizada no revestimento:

d=mV  m=d·VCu = 9 g·cm-3×0,06 cm3                        m=0,54 g de Cu.

No processo eletrolítico deve ocorre a formação de cobre metálico a partir de uma solução contendo íons cobre, que representa um processo de redução visto que o íon Cu2+ ganha elétrons. Desse modo, a semirreação de redução será:

Cu2+(aq) + 2 e- → Cu(s)

A semirreação mostra que para cada mol de cobre metálico formado são necessários dois mols de elétrons. Sendo a massa molar do cobre (MCu) igual a 63,5 g/mol e a carga elétrica de 1 mol de elétrons (constante de Faraday, F) dada no enunciado igual a 1×105 C, podemos correlacionar ambas:

1 mol Cu = 63,5 g   e   1 mol de elétrons = 96.500 C.

2×96.500 CQ=63,5 g Cu0,54 g Cu Q = 2×96500×0,5463,5        Q1701 C.

Com base na corrente elétrica aplicada na eletrodeposição (i = 200 mA = 0,200 A) é possível determinar a o tempo necessário para que a carga Q passe pelo sistema. Visto que a unidade de corrente ampère representa a carga, em coulomb, que atravessa um sistema a cada segundo, temos:

i=Qt

onde t representa o tempo. Substituindo os valores de corrente e carga calculado anteriormente, chegaremos ao tempo gasto na eletrólise:

t=Qi=17010,2   t=8505 s.

 

Questão 74 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Química Ambiental

Leia o texto para responder às questões 74 e 75.


Lâmpadas sem mercúrio

        Agora que os LEDs estão jogando para escanteio as lâmpadas fluorescentes compactas e seu conteúdo pouco amigável ao meio ambiente, as preocupações voltam-se para as lâmpadas ultravioletas, que também contêm o tóxico mercúrio.
        Embora seja importante proteger-nos de muita exposição à radiação UV do Sol, a luz ultravioleta também tem propriedades muito úteis. Isso se aplica à luz UV com comprimentos de onda curtos, de 100 a 280 nanômetros, chamada luz UVC, que é especialmente útil por sua capacidade de destruir bactérias e vírus.
        Para eliminar a necessidade do mercúrio para geração da luz UVC, Ida Hoiaas, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, montou um diodo pelo seguinte procedimento: inicialmente, depositou uma camada de grafeno (uma variedade cristalina do carbono) sobre uma placa de
vidro. Sobre o grafeno, dispôs nanofios de um semicondutor chamado nitreto de gálio-alumínio (AlGaN). Quando o diodo é energizado, os nanofios emitem luz UV, que brilha através do grafeno e do vidro.

(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)

 

Uma das principais razões que levam o mercúrio a ser considerado “pouco amigável ao meio ambiente” é o fato de esse elemento



a)

ser altamente volátil, poluindo o ar das grandes metrópoles e intensificando o efeito estufa.

b)

interagir com compostos orgânicos de seres vivos, acumulando-se nas cadeias alimentares.

c)

interagir com compostos de enxofre, formando sulfeto de mercúrio (HgS), um composto insolúvel em água.

d)

ocorrer na crosta terrestre sob forma de um metal líquido de baixa densidade.

e)

ser inerte nas condições ambientais, acumulando-se no solo e no leito dos rios.

Resolução

a) Incorreta. O mercúrio é um metal líquido na temperatura ambiente e pode volatilizar com facilidade formando vapor de mercúrio. Este metal não influencia no efeito estufa, o qual depende dos gases CO2, NOx e CH4, dentre outros presentes na atmosfera.

b) Correta. O mercúrio no estado fundamental pode ser oxidado na atmosfera formando o íon Hg2+. Este íon forma compostos que são solúveis em água e, desta forma, acabam sendo metabolizados por bactérias formando o composto dimetilmercúrio, Hg(CH3)2, que é um composto extremamente tóxico e biocumulativo em tecidos apolares e, portanto, pode passar de uma espécie para através da alimentação.

Obs: Um dos problemas mais agravantes da utilização de mercúrio, principalmente em locais de garimpo de ouro, é a contaminação de peixes por dimetilmercúrio e sua posterior acúmulo/contaminação em seres humanos que se alimentam deles.

c) Incorreta. O sulfeto de mercúrio é o constituinte do minério cinábrio, que é a forma natural do mercúrio na natureza. Este composto é um sal insolúvel em água e nesta forma não agride diretamente o ambiente.

d) Incorreta. Na crosta terrestre o mercúrio é encontrado principalmente na forma de sulfeto, constituindo o minério cinábrio. Para obtê-lo na forma metálica é necessário um processo denominado ustulação, que é o aquecimento em presença de oxigênio, conforme a equação:

HgS + O2 → Hg + SO2

e) Incorreta. O mercúrio não é inerte, pois pode sofrer reações químicas oxidando aos seus íons bivalentes (Hg22+ e Hg2+), ou ainda formando compostos organometálicos como o dimetilmercúrio.

Questão 75 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Íons Ligação Iônica Nox e carga formal

Leia o texto para responder às questões 74 e 75.


Lâmpadas sem mercúrio

        Agora que os LEDs estão jogando para escanteio as lâmpadas fluorescentes compactas e seu conteúdo pouco amigável ao meio ambiente, as preocupações voltam-se para as lâmpadas ultravioletas, que também contêm o tóxico mercúrio.
        Embora seja importante proteger-nos de muita exposição à radiação UV do Sol, a luz ultravioleta também tem propriedades muito úteis. Isso se aplica à luz UV com comprimentos de onda curtos, de 100 a 280 nanômetros, chamada luz UVC, que é especialmente útil por sua capacidade de destruir bactérias e vírus.
        Para eliminar a necessidade do mercúrio para geração da luz UVC, Ida Hoiaas, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, montou um diodo pelo seguinte procedimento: inicialmente, depositou uma camada de grafeno (uma variedade cristalina do carbono) sobre uma placa de
vidro. Sobre o grafeno, dispôs nanofios de um semicondutor chamado nitreto de gálio-alumínio (AlGaN). Quando o diodo é energizado, os nanofios emitem luz UV, que brilha através do grafeno e do vidro.

(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)

 

No nitreto de gálio-alumínio, os números de oxidação do nitrogênio e do par Al-Ga são, respectivamente,



a)

0 e 0.

b)

+6 e –6.

c)

+1 e +1.

d)

–3 e +3.

e)

–2 e +2.

Resolução

O nitreto de gálio-alumínio é utilizado como uma liga ternária formada por nitrôgenio, alumínio e gálio, onde na estrutura cristalina existe uma alternância entre os elementos do grupo 13, o Aℓ e o Ga. Tais metais apresentam configuração eletrônica do estado fundamental terminada em ns2np1, portanto, possuem 3 elétrons de valência.

13Aℓ = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1

31Ga = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p1

Para adquirirem estabilidade, segundo à regra do octeto, devem apresentar ao menos oito elétrons na camada de valência. Por serem metais, possuem alta eletropositividade e, portanto, tendem a perder elétrons. Para ficarem com o octeto completo, é necessário a perda de três elétrons, apresentando as seguintes configurações eletrônicas:

13Aℓ3+ = 1s2 2s2 2p6       (8 elétrons de valência)

31Ga3+ = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10     (18 elétrons de valência)

Sendo assim, os elementos Aℓ e Ga apresentam números de oxidação +3.

O nitrogênio apresenta cinco elétrons na camada de valência, tendo a seguinte configuração eletrônica no estado fundamental:

7N = 1s2 2s2 2p3

Para completar o octeto, os átomos de nitrogênio recebem os elétrons provenientes dos metais, formando um ânion trivalente:

7N3- = 1s2 2s2 2p6     (8 elétrons de valência)

Portanto, o elemento N apresenta número de oxidação -3

Questão 76 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Propriedades Gráficas do M.U.V.

O gráfico representa a velocidade escalar de um nadador em função do tempo, durante um ciclo completo de braçadas em uma prova disputada no estilo nado de peito, em uma piscina.


(www.if.ufrj.br. Adaptado.)


Considerando que, em um trecho de comprimento 36 m, o nadador repetiu esse ciclo de braçadas e manteve o ritmo de seu nado constante, o número de braçadas completas dadas por ele foi em torno de



a)

20.

b)

35.

c)

15.

d)

30.

e)

25.

Resolução

A distância percorrida pelo nadador durante uma braçada pode ser estimada pela área sob a curva do gráfico de sua velocidade em função do tempo. A área sob a curva do gráfico pode ser aproximada pela área de um retângulo menos a área de um triângulo, como mostrado na figura abaixo.

Seu deslocamento em uma braçada será, então,

Δsbraçada=NAretângulo-Atriângulo

Δsbraçada=1·1,8-(0,8-0,4)·1,82

Δsbraçada=1,8-0,36

Δsbraçada=1,44 m.

Com isso, para percorrer 36 metros, serão necessárias N braçadas:

Δs=N·Δsbraçada

36=N·1,44

N=25.

Questão 77 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

3ª Lei de Kepler

    Para completar minha obra, restava uma última tarefa: encontrar a lei que relaciona a distância do planeta ao Sol ao tempo que ele leva para completar sua órbita.

    Por fim, já quase sem esperanças, tentei T2/D3. E funcionou! Essa razão é igual para todos os planetas! No início, pensei que se tratava de um sonho. Essa é a lei que tanto procurei, a lei que liga cosmo e mente, que demonstra que toda a Criação provém de Deus. Minha busca está encerrada.

(Apud Marcelo Gleiser. A harmonia do mundo, 2006. Adaptado.)

A lei mencionada no texto refere-se ao trabalho de um importante pensador, que viveu



a)

na Idade Média, período influenciado pelo pensamento da Igreja católica, e que buscava explicar os fenômenos da natureza por meio da intervenção divina.

b)

na Europa posteriormente a Isaac Newton e que, sob forte influência deste filósofo e cientista, estabeleceu as bases da mecânica celeste.

c)

em uma época de exacerbados conflitos religiosos, que culminariam na Contrarreforma católica, opondo-se ao modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico.

d)

no período do Renascimento científico e que formulou três leis fundamentais do movimento planetário, baseando-se em observações do planeta Marte.

e)

no fim da era medieval e início da Idade Moderna, período de triunfo da fé sobre a razão, o que facilitou seus trabalhos na tentativa de compreender a natureza.

Resolução

Johannes Kepler (1571 - 1630) formula suas leis sobre o movimento dos planetas ao redor do Sol entre 1609 e 1619. Sua terceira lei, diz que a razão entre o quadrado do período (T) da óbita de um planeta e o cubo do raio médio (D) da órbita é constante para o movimento de todos os planetas. Esta lei foi concebida a partir dos dados obtidos por Tycho Brahe (1546 - 1601) sobre a órbita de Marte, e é a ela que a questão se refere. Além desta lei, Kepler estabeleceu duas leis anteriores:

- a primeira lei, baseando-se no modelo heliocêntrico, assim como Copérnico (1473 - 1543), afirma que a órbita de um planeta não é uma circunferêcia perfeita, mas uma elipse, na qual o Sol ocupa um de seus focos;

- a segunda lei diz respeito ao aumento da velocidade de um planeta quando este se aproxima do Sol, e afirma que o vetor posição do planeta em relação à estrela varre áreas iguais em tempos iguais.

Posterior a Kepler, Newton (1643 - 1727) formula sua Teoria da Gravitação Universal, publicada em 1687 como parte de sua obra Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica, a qual oferece uma explicação a partir de primeiros princípios para as três leis formuladas por Kepler, e abriu caminho para o estudo do movimento de outros corpos celestes.

Kepler viveu em uma Europa marcada pelo humanismo e pelo movimento conhecido como Renascimento. Em sua vertente científica, o Renascimento valorizou o conhecimento da Antiguidade e também a experimentação e a observação da natureza, buscando explicações calcadas na razão para fenômenos naturais. A partir da aplicação dessas técnicas, é possível observar constantes e tendências naturais e, a partir disso, propor fórmulas e leis. Esse método de investigação científica divergia de alguns pressupostos defendidos pela Igreja católica durante a Idade Média e Moderna, atribuindo apenas à vontade divina a ocorrência desses fenômenos naturais. O pensamento de figuras como Kepler e Newton foi essencial para a mudança de todo um paradigma na forma como se pretende entender, explicar e questionar o mundo.

Questão 78 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Sistemas Conservativos na Dinâmica

A figura representa o perfil, em um plano vertical, de um trecho de uma montanha-russa em que a posição de um carrinho de dimensões desprezíveis é definida pelas coordenadas x e y, tal que, no intervalo 0x2π, y=cos(x).

Nessa montanha-russa, um carrinho trafega pelo segmento horizontal A com velocidade constante de 4 m/s. Considerando g=10 m/s2, 2=1,4  e desprezando o atrito e a resistência do ar, a velocidade desse carrinho quando ele passar pela posição de coordenada x=5π4 m será



a)

10 m/s.

b)

9 m/s.

c)

6 m/s.

d)

8 m/s.

e)

7 m/s.

Resolução

Como a ordenada y do carrinho indica sua altura, temos que, em A, yA=1 m, ponto em que sua velocidade é vA=4 m/s. Quando o carrinho passar por B, cuja abscissa é xB=5π/4 m, com velocidade vB sua altura será:

yB=cos5π4=-22 m.

Na ausência de resistência do ar e de atrito, conserva-se a energia mecânica, logo a soma das energias potencial e cinética em A e B são iguais. Usando que 2=1,4, vem que:

EMEC,A=EMEC,B      m·g·yA+12m·vA2=m·g·yB+12m·vB2   ÷m2      2·10·1+42=2·10·-22+vB2      vB2=50      vB=52=5·1,4=7 m/s.

Questão 79 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Calor Específico Latente na Calorimetria Entalpia Padrão de Formação

Para obter energia térmica, com a finalidade de fundir determinada massa de gelo, produziu-se a combustão de um mol de gás butano (C4H10), a 1 atm e a 25 ºC. A reação de combustão desse gás é:

C4H10 (g)+132O24CO2 (g)+5H2O (l)

As entalpias-padrão de formação (ΔH) das substâncias citadas estão indicadas na tabela:

Considerando que a energia térmica proveniente dessa reação foi integralmente absorvida por um grande bloco de gelo a 0 ºC e adotando 320 J/g para o calor latente de fusão do gelo, a massa de água líquida obtida a 0 ºC, nesse processo, pelo derretimento do gelo foi de, aproximadamente,



a)

7 kg.

b)

5 kg.

c)

3 kg.

d)

10 kg.

e)

9 kg.

Resolução

A entalpia da reação de combustão do butano (ΔHc) pode ser calculada com base nas entalpias de formação das espécies envolvidas. A entalpia de formação (ΔHf) indica a energia liberada/absorvida na síntese de 1 mol do composto nas condições padrão. Sendo assim, o ΔHc será dado pela soma das energias de formação dos produtos menos as energias de formação dos reagentes (visto que não estão sendo formados mas, sim, "consumidos").

HC=5×Hf(H2O)+4×Hf(CO2)                             -132×Hf(O2)-1×Hf(C4H10)

HC=5×(-286)+4×(-393)-132×0-1×(-126)

HC=-1430-1572-0+126

HC=-2876 kJ·mol-1.

Como a energia térmica proveniente da reação foi integralmente absorvida pelo gelo, a quantidade de calor trocada é de Q=2876 kJ, pois 1 mol de butano foi consumido. Logo, a massa m de gelo que se funde a 0°C pode ser determinada usando seu calor latente de fusão Lfusão=320 J/g:

Q=m·Lfusão   

2876·103=m·320

m9·103 g=9 kg.

Questão 80 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Estudo Analítico das Lentes

Em uma atividade de sensoriamento remoto, para fotografar determinada região da superfície terrestre, foi utilizada uma câmera fotográfica constituída de uma única lente esférica convergente. Essa câmera foi fixada em um balão que se posicionou, em repouso, verticalmente sobre a região a ser fotografada, a uma altura h da superfície.


Considerando que, nessa atividade, as dimensões das imagens nas fotografias deveriam ser 5000 vezes menores do que as dimensões reais na superfície da Terra e sabendo que as imagens dos objetos fotografados se formaram a 20 cm da lente da câmera, a altura h em que o balão se posicionou foi de



a)

1 000 m.

b)

5 000 m.

c)

2 000 m.

d)

3 000 m.

e)

4 000 m.

Resolução

Segundo o enunciado, a imagem conjugada pela lente da câmera sobre seu filme ou seu CCD¹ se forma a 20 cm desta; sendo a imagem real, temos que p'=20 cm=0,2 m. Além disso, esta imagem, também por ser real, é invertida, de modo que seu aumento linear transversal deve ser um número negativo:

A=-15000.

Indicando por p a distância entre a lente da câmera e o objeto, temos que:

A=-p'p-15000=-0,2pp=1000 m.

Como a distância entre a lente e o objeto corresponde à altura do balão, este deve se posicionar a 1.000 m do solo.

¹CCD: charge-coupled device (dispositivo de carga acoplada) é o componente fotossensível para captura de imagens em câmeras digitais, satélites, equipamentos médico-hospitalares, e outros instrumentos.