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Enem 2019 - dia 1 - Linguagens e Ciências Humanas


Questão 10 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Gêneros Textuais

Disponível em: www.tecmundo.com.br. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).

O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação subverte um gênero textual ao



a)

vincular áreas distintas do conhecimento.

b)

evidenciar a formação acadêmica do pesquisador.

c)

relacionar o universo lúdico a informações biográficas.

d)

especificar as contribuições mais conhecidas do pesquisador.

e)

destacar o nome do pesquisador e sua imagem no início do texto.

Resolução

a) Incorreta. O texto configura-se como uma carta de jogo que traz a biografia de um pesquisador. Dessa forma, ele contempla diferentes gêneros, e não distintas áreas do conhecimento.

b) Incorreta. Não é somente por trazer a informação acadêmica do pesquisador que a apresentação subverte o gênero em questão, mas sim pelo fato de o texto ter a forma de carta de jogo e o conteúdo de uma biografia.

c) Correta. O texto, na forma, configura-se como uma carta de jogo, associando-se, assim, ao universo lúdico. Quanto ao conteúdo, ele aborda a biografia de um cientista. Ou seja, tal texto é um exemplo de hibridismo, pois mescla, em sua composição, dois gêneros diferentes. Portanto, é por essa razão que ele subverte um gênero textual.

d) Incorreta. Não se pode afirmar que a apresentação subverte um gênero textual somente por essa razão. Essa subversão se dá pelo conteúdo global do texto, e não só por essa informação.

e) Incorreta. O que é apresentado nesta alternativa não justifica, por si só, a subversão de um gênero textual. Tal justificativa deve levar em consideração todo o conteúdo inserido nesta carta de jogo, não somente a imagem e o nome do pesquisador.

Questão 11 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Pronomes pessoais poesia e música

Toca a sirene na fábrica,

e o apito como um chicote

bate na manhã nascente

e bate na tua cama

no sono da madrugada.

Ternuras da áspera lona

pelo corpo adolescente.

É o trabalho que te chama.

Às pressas tomas o banho,

tomas teu café com pão,

tomas teu lugar no bote

no cais do Capibaribe.

Deixas chorando na esteira

teu filho de mãe solteira.

Levas ao lado a marmita,

contendo a mesma ração

do meio de todo o dia,

a carne-seca e o feijão.

De tudo quanto ele pede

dás só bom-dia ao patrão,

e recomeças a luta

na engrenagem da fiação.

MOTA, M. Canto ao meio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.

Nesse texto, a mobilização do uso padrão das formas verbais e pronominais

 



a)

ajuda a localizar o enredo num ambiente estático.

b)

auxilia na caracterização física do personagem principal.

c)

acrescenta informações modificadoras às ações dos personagens.

d)

alterna os tempos da narrativa, fazendo progredir as ideias do texto.

e)

está a serviço do projeto poético, auxiliando na distinção dos referentes.

Resolução

a) Incorreta. O texto apresenta sentido de movimento, e não de estaticidade, uma vez que descreve uma sequência de ações.

b) Incorreta. Não há elementos (altura, cor do cabelo, dos olhos...) que ajudem a caracterizar fisicamente o personagem principal.

c) Incorreta. Não é o uso de pronomes e de formas verbais que instaura a modificação das ações das personagens.

d) Incorreta. O tempo da narrativa não é, neste caso, responsável por fazer progredir as ideias do texto, uma vez que todos os verbos aparecem no tempo presente. Além disso, as formas pronominais não seriam responsáveis por demarcar a passagem do tempo.

e) Correta. O uso das formas verbais e pronominais é determinante para que seja feita a diferenciação dos referentes, uma vez que a 2ª pessoa do discurso é corretamente recuperada ao longo de todo o texto por meio dos verbos (tomas, deixas, levas etc.) e pronomes possessivos (teu, tua) para remeter à personagem principal. Paralelamente, os verbos e pronomes na 3ª pessoa do discurso (toca, bate, ele) são claramente referentes a outros elementos que não o personagem principal.  

Questão 12 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Variação Linguística

Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri,

Irerê, meu companheiro,

Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria?

Ai triste sorte a do violeiro cantadô!

Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô,

Ah! Seu assobio é a tua flauta de irerê:

Que tua flauta do sertão quando assobia,

Ah! A gente sofre sem querê!

Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão,

Ah! Como uma brisa amolecendo o coração,

Ah! Ah!

Irerê, solta teu canto!

Canta mais! Canta mais!

Prá alembrá o Cariri!

VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e oito violoncelos (1938-1945). Disponível em: http://euterpe.blog.br. Acesso em: 23 abr. 2019.

Nesses versos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no(a)



a)

uso recorrente de pronomes.

b)

variedade popular da língua portuguesa.

c)

referência ao conjunto da fauna nordestina.

d)

exploração de instrumentos musicais eruditos.

e)

predomínio de regionalismos lexicais nordestinos

Resolução

a) Incorreta. O uso de pronomes não é determinante para criar uma ambientação linguística peculiar, uma vez que esse uso não está sendo feito de maneira incomum ou específica.

b) Correta. A ambientação linguística é claramente pautada na representação de uma variedade popular da língua portuguesa, o que pode ser notado a partir de formas como "cantadô", "amô" e "querê", por exemplo, que reproduzem uma das características da língua falada: a queda do -R final das palavras "cantador", "amor" e "querer".

c) Incorreta. Embora haja a referência à ave Irerê, não é possível afirmar que o poema se refira a um conjunto da fauna nordestina. Além disso, essa referência não pode ser lida como algo que apoie uma ambientação linguística.

d) Incorreta. A referência à viola não é suficiente para caracterizar uma exploração de instrumentos musicais eruditos no poema, além de esta não ser uma referência que esteja ligada a uma ambientação linguística.

e) Incorreta. Não há, no poema, regionalismos lexicais nordestinos, ou seja, termos que sejam empregados apenas nessa região do país.

Questão 13 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Arte Moderna

PICASSO, P. Cabeça de touro. Bronze, 33,5 cm x 43,5 cm x 19 cm Musée Picasso, Paris. França, 1945.

JANSON, H. W. Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

Na obra Cabeça de touro, o material descartado torna-se objeto de arte por meio da



a)

reciclagem da matéria-prima original.

b)

complexidade da combinação de formas abstratas.

c)

perenidade dos elementos que constituem a escultura.

d)

mudança da funcionalidade pela integração dos objetos.

e)

fragmentação da imagem no uso de elementos diversificados.

Resolução Sugerimos anulação

A obra de Pablo Picasso compõe uma cabeça de touro a partir das formas de um selim e um guidão de bicicleta. O enunciado pede o processo pelo qual o material descartado em questão se torna objeto artístico.

A questão tem uma imprecisão grave. Ela fala em "material descartado" referindo-se à versão da obra de 1942, feita de fato de um selim e guidão de bicicleta reaproveitados e rearranjados pelo artista. No entanto, a legenda afirma que o material é bronze, indicando tratar-se de uma versão esculpida a partir da obra inicial. Assim, a legenda apresenta de forma equivocada o material da obra, que era essencial para resolução da questão. 

Desse modo, embora fique claro que o Enem esperava a escolha da alternativa D como correta pelos estudantes, acreditamos que a questão deva ser anulada.

a) Incorreta. É possível reciclar materiais sem necessariamente criar objetos artísticos, de modo que não é a reciclagem da matéria-prima original que torna o material descartado obra de arte, ao contrário do que afirma a alternativa.

b) Incorreta.  O que torna a obra de Picasso um objeto artístico não é a complexidade do arranjo dos elementos, que é bastante simples.

c) Incorreta. No período considerado, a perenidade, ou seja, a longa durabilidade dos elementos da escultura  não constitui  uma característica necessária para que algo seja considerado um objeto artístico

d) Correta (desconsiderando-se a grave falha do enunciado). A modificação do sentido original de objetos cotidianos (selim e guidão de bicicleta viram escultura de cabeça de touro) através de um rearranjo feito pelo artista pode ser observada na obra em questão, um ready-made de Picasso.

e) Incorreta. A observação da obra a partir do enunciado  mostra que não há fragmentação da imagem.

 

 

Questão 14 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

textos científicos e de divulgação científica

Emagracer sem exercício?

Hormônio aumenta a esperança de perder gordura sem sair do sofá. A solução viria em cápsulas.

    O sonho dos sedentários ganhou novo aliado. Um estudo publicado na revista científica Nature, em janeiro, sugere que é possível modificar a gordura corporal sem fazer exercício. Pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute e da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, isolaram em laboratório a irisina, hormônio naturalmente produzido pelas células musculares durante os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou pedalada. A substância foi aplicada em ratos e agiu como se eles tivessem se exercitado, inclusive com efeito protetor conta o diabetes.

    O segredo foi a conversão de gordura branca - aquela que estoca energia inerte e estraga nossa silhueta - em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente inexistente em adultos, esse tipo de gordura serve para nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia tremenda. Como efeito colateral, afinaria nossa silhueta.

    A expectativa é que, se o hormônio funcionar da mesma forma em humanos, surja em breve um novo medicamente para emagrecer. Mas ele estaria longe de substituir por completo os benefícios da atividade física. "Possivelmente existem muitos outros hormônios musculares liberados durante o exercício e ainda não descobertos", diz o fisiologista Paul Coen, professor assistente da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. E para ficar com aquele tríceps de fazer inveja só o levantamento de controle remote não daria conta.

LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012.

Para convencer o leitor de que o exercício físico é importante, o autor usa a estratégia de divulgar que

 



a)

a falta de exercício fisíco não emagrece e desenvolve doenças.

b)

se trata de uma forma de transformar a gordura branca em marrom e de emagrecer.

c)

a irisina é um hormônio que apenas é produzido com o exercício fisíco.

d)

o exercício é uma forma de afinar a silhueta por eliminar a gordura branca.

e)

se produzem outros hormônios e há outros benefícios com o exercício.

Resolução

a) Incorreta. Em nenhum momento do texto, o autor anuncia a ideia de que a falta de exercício físico não emagrece e desenvolve doenças. Ele aponta, apenas, para os benefícios da prática de atividades físicas.

b) Incorreta. De acordo com o texto, não é a prática de exercícios físicos que impulsiona a transformação da gordura branca em marrom, mas o isolamento e aplicação do hormônio irisina em organismos de ratos.

c) Incorreta. A irisina, hormônio produzido naturalmente durante a prática de atividades físicas, pôde ser isolada em laboratório, ou seja, não é apenas por meio do exercício físico que se produz tal substância.

d) Incorreta. De acordo com o texto, o benefício de afinar a silhueta e eliminar a gordura branca é alcançado pela transformação da gordura branca e marrom, mas não pela prática de exercício físico.

e) Correta. Segundo o fisiologista Paul Coen, citado no texto, “possivelmente existem outros hormônios musculares liberados durante o exercício e ainda não descobertas”. Além disso, ainda de acordo com o texto, “a irisina não fortalece os músculos”, ou seja, há outros benefícios trazidos pela prática de atividades físicas.

 

Questão 15 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Raul Pompeia

    Inverno! Inverno! Inverno!

    Inverno! Inverno! Inverno!

Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva escapa-nos sempre, desesperadamente, para lá do horizonte, pérpetua solidão inóspita, onde apenas se ouve a voz do vento que passa uivando como uma legião de lobos, através da cidade de catedrais e túmulos de cristal na planíce, fantasmas que a miragem povoam e animam, tudo isto: decepções, obscuridade, solidão, desespero, e a hora invisível que passa como o vento, tudo isto é o frio inverno da vida.

Há no espírito o luto profundo daquele céu de bruma dos lugares onde a natureza dorme por meses, à espera do sol avaro que não vem.

POMPEIA, R. Canções sem metro. Campinas; Unicamp, 2013.

Reconhecido pela linguagem impressionista, Raul Pompeia desenvolveu-a na prosa poética, em que se observa a



a)

Imprecisão no sentido dos vocábulos.

b)

dramaticidade como elemento expressivo.

c)

subjetividade em oposição à verossimilhança.

d)

valorização da imagem com efeito persuasivo.

e)

plasticidade verbal vinculada à cadência melódica.

Resolução

a) Incorreta. Não é correto afirmar que há uma imprecisão no sentido dos vocábulos. Além disso, mesmo se houvesse, não seria essa uma característica da linguagem impressionista de Raul Pompeia.

b) Incorreta. O fato de o texto apresentar certa dramaticidade, na escolha de termos como "desesperadamente" ou "luto profundo", não é suficiente para associar essa estratégia a uma linguagem impressionista, uma vez que esse movimento, orignal das artes plásticas, preza mais pela descrição de paisagens e elementos visuais, baseada nas impressões do autor, que pela interpretação destes.

c) Incorreta. Embora a subjetividade possa, de fato, ser verificada no texto, esta não aparece em oposição à verossimilhança, uma vez que o narrador não demonstra a intenção de estabelecer qualquer tipo de comparação entre a sua percepção do mundo e a percepção real desse mundo.

d) Incorreta. Não há, no texto, nenhum indício da construção de um efeito persuasivo, apenas a enunciação das impressões do narrador.

e) Correta. A plasticidade verbal, ou seja, a capacidade de um termo poder ser usado de forma conotativa, não literal, garante ao texto a possibilidade de a descrição trazida por ele se beneficiar também de elementos que conferem cadência melódica, como o ritmo alcançado pela pontuação na primeira linha do texto ou as aliterações presentes ao longo dele (Tristes nevoeiros, frios negrumes da longa treva boreal... / se ouve a voz do vento que passa uivando...). Esses elementos se associam a uma linguagem impressionista na medida em que contribuem para enunciar a impressão do narrador a respeito do ambiente que descreve, o inverno.

Questão 16 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

textos científicos e de divulgação científica

    Antes de Roma ser fundada, as colinas de Alba eram ocupadas por tribos latinas que dividiam o ano de acordo com seus deuses. Os romanos adaptaram essa estrutura. No princípio dessa civilização o ano tinha dez meses e começava por Martius (atual março). Os outros dois teriam sido acrescentados por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma.

    Até Júlio César reformar o calendário local, os meses eram lunares, mas as festas em homenagem aos deuses permaneciam designadas pelas estações. O descompasso de dez dias por ano fazia com que, em todos os triênios, um décimo terceiro mês, o intercalaris, tivesse que ser enxertado. Com a ajuda de matemáticos do Egito emprestados por Cleópatra, Júlio César acabou com a bagunça ao estabelecer o seguinte calendário solar: januarius, februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. Quase igual ao nosso com as diferenças de que Quinctilis e Sextilis deram origem aos meses de julho e agosto.

Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br. Acesso em: 8 dez. 2018.

Considerando as informações no texto e aspectos históricos da formação da língua, a atual escrita dos meses do ano em português



a)

reflete a origem latina de nossa língua.

b)

decorre de uma língua falada no Egito antigo.

c)

tem como base um calendário criado por Cleópatra.

d)

segue a reformulação da norma da língua proposta por Júlio César.

e)

resulta da padronização do calendário antes da fundação de Roma.

Resolução

a) Correta. A partr da leitura do texto e do enunciado, é possível notar que os meses do ano como conhecemos hoje são resultado de uma apropriação feita pelos romanos, especialmente na figura de Júlio César, da divisão proposta pelas tribos latinas que ocupavam o que viria a ser Roma. Com os ajustes feitos ao longo do tempo, chegamos à formulação atual, que guarda, então, vestígios dessa origem latina.

b) Incorreta. A reformulação do calendário foi feita com a ajuda de matemáticos egípcios, o que não significa que os meses do ano como conhecemos hoje são resultado de uma língua falada no Egito.   

c) Incorreta. A única menção à Cleópatra, no texto, é a respeito de ela ter possibilitado que os matemáticos egípcios auxiliassem Júlio César na reformulação do calendário. Não é possível dizer, então, que foi Cleópatra quem criou o calendário atual.

d) Incorreta. Não é correto afirmar que a escrita atual dos meses do ano em português segue a reformulação proposta por Júlio César, uma vez que há alterações sutis na escrita de todos os meses e alterações significativas na escrita de dois deles (Quinctilis e Sextilis passaram a ser julho e agosto).

e) Incorreta. O texto aponta que a alteração do calendário foi feita por Júlio César, ou seja, já depois da fundação de Roma.

Questão 17 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

textos científicos e de divulgação científica

    No Brasil, a disseminação de uma expectativa de corpo com base na estética da magreza é bastante grande e apresenta uma enorme repercussão, especialmente, se considerada do ponto de vista da realização pessoal. Em pesquisa feita na cidade de São Paulo, aparecem os percentuais de 90% entre as mulheres pesquisadas que se dizem preocupadas com seu peso corporal, sendo que 95% nse sentem insatisfeitas com "seu próprio corpo".

SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados; Florianópolis: UFSC, 2001.

A preocupação excessiva com o "peso" corporal pode provocar o desenvolvimento de distúrbios associados diretamente à imagem do corpo, tais como



a)

anorexia e bulimia.

b)

ortorexia e vigorexia.

c)

ansiedade e depressão.

d)

sobrepeso e fobia social.

e)

sedentarismo e obesidade.

Resolução

O texto menciona que a preocupação com o “peso” corporal pode provocar distúrbios ligados à imagem do corpo, ou seja, é necessário reconhecer qual das alternativas aponta somente distúrbios desse tipo.

a) Correta. Anorexia (transtorno alimentar caracterizado por severas restrições alimentares) e bulimia (transtorno alimentar caracterizado por compulsão alimentar seguida de indução de vômito ou uso excessivo de laxantes) são distúrbios ligados à imagem do corpo, uma vez que, em ambos os casos, a percepção corporal se mostra deturpada, sendo que a forma como a pessoa que apresenta um dos distúrbios se enxerga não corresponde à realidade.

b) Incorreta. A ortorexia (vício no hábito de alimentação saudável) não é caracterizada por uma alteração da percepção corporal, ou seja, não está ligada à imagem do corpo. A vigorexia (vício na prática exagerada de exercícios físicos), no entanto, é um distúrbio relacionado à imagem do corpo.

c) Incorreta. Nem a ansiedade (sentimento extremo de antecipação de alguma ameaça futura) nem a depressão (sensação extrema de tristeza, desânimo, cansaço) são caracterizadas como distúrbios relacionados à imagem do corpo.

d) Incorreta. Nem o sobrepeso (condição daquele cujo Índice de Massa Corpórea (IMC) está calculado entre 25 e 30 kg/m2 aproximadamente) nem a fobia social (ansiedade relacionada à exposição e/ou avaliação social) são caracterizados como distúrbios relacionados à imagem do corpo.

e) Incorreta. Nem o sedentarismo (ausência de atividades físicas) nem a obesidade (condição daquele cujo Índice de Massa Corpórea (IMC) está calculado acima de 30 kg/m2 aproximadamente) são caracterizados como distúrbios relacionados à imagem do corpo.

 

Questão 18 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Arte Contemporânea

Texto I

Fotografia de Jackson Pallock pintando em seu ateliê, realizada por Hans Namuth em 1951.

CHIPP, H. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Texto II

MUNIZ, V. Action Photo (segundo Hans Namuth em Pictures in Chocolate). Impressão fotográfica, 152,4 cm x 121,92 cm, The Museum of Modern Art, Nova Iorque, 1977.

NEVES, V. História da arte 4. Vitória: Ufes - Nead, 2011.

 


Utilizando chocolate derretido como matéria-prima, essa obra de Vick Muniz reproduz a célebre fotografia do processo de criação de Jackson Pollock. A originalidade dessa releitura reside na



a)

apropriação parodísta das técnicas e materiais utilizados.

b)

reflexão acerca dos sistemas de circulação da arte.

c)

simplificação dos traços da composição pictórica.

d)

contraposição de linguagens artísticas distintas.

e)

crítica ao advento do abstracionismo.

Resolução

A questão pede o que torna a obra de Vik Muniz original.

a) Correta. Podemos dizer que há um sentido de paródia na obra de Muniz. O artista imita a fotografia de Hans Namuth, porém a imitação tem um efeito humorístico e surpreendente. Esse efeito é causado pela quebra de expectativa do observador, que vê de início um desenho mimético muito competente tecnicamente para depois descobrir que foi feito com calda de chocolate. O material é doméstico, inusitado e perecível, dando à obra uma forte efemeridade.  

b) Incorreta. Não há na obra de Vik Muniz uma reflexão específica sobre os sistemas de circulação de arte, ou seja, os circuitos internacionais de exposições, feiras, leilões, museus, galerias.

c) Incorreta. A composição, ou seja, o arranjo dos  vários elementos que formam a imagem, não é simplificado na versão de Vik Muniz. Pelo contrário, ele mantém a composição da foto original.  

d) Incorreta. Embora haja contraposição de linguagens artísticas - no texto I temos uma fotografia de um artista produzindo e no texto II temos uma foto feita a partir de um desenho feito com choolate -, não é essa contraposição que torna a obra de Muniz original 

e) Incorreta. Não há na obra de Vik Muniz crítica visível ao abstracionismo de Polllock. Pelo contrário, o artista só trabalha com imagens que considera icônicas, consagradas, portanto, ao escolher a foto, Pollock está reconhecendo a sua importância. 

Questão 19 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

textos jornalísticos

    Na semana passada, os alunos do colégio do meu filho se mobilizaram, através do Twitter, para não comparecerem na cantina da escola naquele dia, pois acharam o preço do pão de queijo abusivo. São adolescentes. Quase senhores das novas tecnologias, transitam nas redes sociais, varrem o mundo através dos teclados dos celulares, iPads e se organizam para fazer um movimento pacífico de não comprar lanches por um dia. Foi parar na TV e em muitas páginas da internet.

GOMES, A. A revolução silenciosa e o impacto na sociedade das redes sociais. Disponível em: www.hsm.com.br.

Acesso em: 31 jul. 2012.


O texto aborda a temática das tecnologias da informação e comunicação, especificamente o uso de redes sociais. Muito se debate acerca dos benefícios e malefícios do uso desses recursos e, nesse sentido, o texto



a)

aborda a discriminação que as redes sociais sofrem de outros meios de comunicação.

b)

mostra que as revindicações feitas nas redes sociais não têm impacto fora da internet.

c)

expõe a possibilidade de as redes sociais favorecerem comportamentos e manifestações violentos dos adolescentes que nelas de relacionam.

d)

trata as redes sociais como modo de agregar e empoderar grupos de pessoas, que se unem em prol de causas próprias ou de mudanças sociais.

e)

evidencia que as redes sociais são usadas inadequadamente pelos adolescentes, que, imaturos, não utilizam a ferramenta como forma de mudança social.

Resolução

a) Incorreta. Em nenhum momento do texto há o indício de que as redes sociais sofrem algum tipo de discriminação de outros meios de comunicação.

b) Incorreta. O fato de a mobilização dos adolescentes descrita no texto ter extrapolado os limites da internet justifica exatamente o oposto do que afirma a alternativa: as reivindicações feitas nas redes sociais têm impacto no mundo real.

c) Incorreta. Não há, no texto, nenhuma menção à possibilidade de as redes sociais favorecerem comportamentos violentos de adolescentes que as utilizam; ao contrário, o movimento de que trata o texto foi pacífico.

d) Correta. O fato de o movimento mencionado, iniciado na rede social Twitter, ter ultrapassado os limites da internet (chegando a ser noticiado na TV e em diversas páginas da internet) comprova como as redes sociais têm o poder de agregar pessoas empoderá-las para que possam lutar por uma causa comum.

e) Incorreta. O uso que os adolescentes mencionados no texto fazem das redes sociais não é imaturo, pelo contrário, é um uso bastante significativo e que pode promover mudanças sociais.