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Enem 2022 - dia 1 - Linguagens e Ciências Humanas


Redação Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Redação

TEXTO I

    Você sabe quais são as comunidades e os povos tradicionais brasileiros? Talvez indígenas e quilombolas sejam os primeiros que passam pela cabeça, mas, na verdade, além deles, existem 26 reconhecidos oficialmente e muitos outros que ainda não foram incluídos na legislação.

    São pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, apanhadores de flores sempre-vivas, caatingueiros, extrativistas, para citar alguns, todos considerados culturalmente diferenciados, capazes de se reconhecerem entre si.

    Para uma pesquisadora da UnB, essas populações consideram a terra como uma mãe, e há uma relação de reciprocidade com a natureza. Nessa troca, a natureza fornece "alimento, um lugar saudável para habitar, para ter água. E elas se responsabilizam por cuidar dela, por tirar dela apenas o suficiente para viver bem e respeitam o tempo de regeneração da própria natureza", diz. 

Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado).

 

TEXTO II

Disponível em: https.g1.globo.com. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado)

 

TEXTO III

Povos e comunidades tradicionais

    O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) preside, desde 2007, a Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), criada em 2006. Fruto dos trabalhos da CNPCT, foi instituída, por meio do Decreto n 6.040, de 7 de fevereiro de 2017, a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT). A PNPCT foi criada em um contexto de busca de reconhecimento e preservação de outras formas de organização social por parte do Estado.

Disponivel em: http:/mds.gov.br. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado).

 

TEXTO IV

Carta da Amazônia 2021

Aos participantes da 26 Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26)

    Não podia ser mais estratégico para nós, Povos Indígenas, Populações e Comunidades Tradicionais brasileiras, reafirmarmos a defesa da sociobiodiversidade amazônica neste momento em que o mundo volta a debater a crise climática na COP26. Uma crise que atinge, em todos os contextos, os viventes da Terra!

    Nossos territórios protegidos e direitos respeitados são as reivindicações dos movimentos sociais e ambientais brasileiros.

    Não compactuamos com qualquer tentativa e estratégia baseada somente na lógica do mercado, com empresas que apoiam legislações ambientais que ameaçam nossos direitos e com mecanismos de financiamento que não Condizem com a realidade dos nossos territórios.

    Propomos o que temos de melhor: a experiência das nossas sociedades e culturas históricas, construídas com base em nossos saberes tradicionais e ancestrais, além de nosso profundo conhecimento da natureza.

    Inovação, para nós, não pode resultar em processos que venham a ameaçar nossos territórios, nossas formas tradicionais e harmônicas de viver e produzir.

Amazônia, Brasil, 20 de outubro de 2021

Entidades signatárias: CNS; Coiab; Conaq; MIQCB; Coica; ANA Amazônia e Confrem

Disponível em https://s3.amazonaws.com. Acesso em 17 jun 2022 (adaptado)

 


PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lingua portuguesa sobre o tema "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil", apresentando proposta de intarvenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.



Comentários

O tema proposto para prova de redação ENEM 2022 foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. A discussão, como de costume, ilustra uma situação-problema que atinge a nação e que, portanto, precisa de uma intervenção. Neste ano, o exame lança luz à escassa valorização de comunidades e povos tradicionais. Diante desse cenário, é preciso que o candidato aborde quais são os desafios para que essa parcela da população seja adequadamente reconhecida.

O Texto I, veiculado pelo portal de notícias G1, contextualiza os leitores acerca do conceito de “comunidades e povos tradicionais brasileiros”, tópico essencial à discussão. De acordo com o texto, embora seja muito comum associar tal denominação apenas a indígenas e quilombolas, existem 26 grupos reconhecidos oficialmente (como “pescadores artesanais, apanhadores de flores sempre-vivas, catingueiros, extrativistas”, entre outros). Convém pontuar que, de acordo com o Ministério da Cidadania, “comunidades quilombolas são grupos com identidade cultural própria que se formaram por meio de um processo histórico que começou nos tempos da escravidão no Brasil. Elas simbolizam a resistência a diferentes formas de dominação”. O domínio de tal repertório precisaria partir do próprio candidato, uma vez que o conhecimento acerca desse conceito integra o conteúdo básico escolar – com foco no Período Colonial Brasileiro.

De acordo com a definição apresentada, tais povos e comunidades têm em comum o fato de que podem ser “considerados culturalmente diferenciados, capazes de se reconhecerem entre si”. Outra característica que integra essas populações é fato de que elas consideram “a terra como mãe”, isto é, exercem uma relação de reciprocidade com a terra.  

O Texto II apresenta um infográfico elaborado em 2019, pelo Ministério Público Federal, o qual apresenta os estados com maior concentração de famílias pertencentes a povos tradicionais do Brasil. Após análise dos dados, é notável apontar que todos os povos abarcados na pesquisa – indígenas, quilombolas, ciganos, extrativistas, pescadores, povos de terreiro e ribeirinhos – têm concentração nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Parte significativa dos territórios analisados integram a Amazônia, o maior bioma do Brasil e também um dos mais ricos em biodiversidade do mundo. São parte desse bioma os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Mato Grosso e do Maranhão.

O Texto III, produzido pelo Ministério do Desenvolvimento, apresenta a “Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), instituída em 2017 em um “contexto de busca de reconhecimento e preservação de outras formas de organização social por parte do Estado”. A Política foi fruto dos trabalhos da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades (CNPCT), a qual integra o Ministério em questão. Por meio de tais informações, é possível notar o distanciamento de 11 anos entre a criação da Comissão e a efetiva elaboração de uma legislação que reconheça e preserve os povos tradicionais, o que aponta para uma falha estatal na valorização dessa população.

No Texto IV o leitor é apresentado a uma carta destinada aos “participantes da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26)”. A carta, de outubro de 2021, foi redigida por povos indígenas, populações e comunidades tradicionais brasileiras e assinada por entidades de proteção ambiental. Nela, os rementes apontam para a importância da defesa da sociobiodiversidade amazônica frente à atual crise climática, a qual atinge a todos globalmente, mas, em especial, àqueles que constroem suas sociedades e culturas com base nos saberes "tradicionais e ancestrais, além de um profundo conhecimento da natureza”. Tal apontamento dialoga com demais textos, que também dão visibilidade à relação íntima entre os povos tradicionais e a natureza, com destaque para a região amazônica.

O documento ainda aponta para os malefícios da exploração desse bioma, o qual foi alvo de políticas governamentais variadas desde a época do Brasil Colônia e atualmente apresenta grande área desmatada, região que deu espaço principalmente à exploração mineral e ao agronegócio. Os emissores deixam claro, em tom de repúdio, que não compactuam com “qualquer tentativa e estratégia baseada somente na lógica do mercado, com empresas que apoiam legislações ambientais que ameaçam nossos direitos e mecanismos de financiamento que não condizem com a realidade de nossos territórios”. Diante de tais reivindicações, é possível afirmar que a atual lógica do mercado desafia a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil.

Além das informações disponibilizadas nos textos motivadores, é desejável que o candidato mobilize repertório externo que auxilie na sustentação do seu projeto de texto, seguido de uma proposta interventiva que minimize os problemas mencionados na tese. Estabelecendo uma relação com os aspectos apresentados ao longo dos quatro textos, é possível constatar que conhecimentos vinculados à História e à Geografia são de grande valia à discussão, uma vez que a situação-problema apresentada não é atual e persiste ao longo dos séculos.

Em suma, para que as populações tradicionais brasileiras sejam valorizadas, é preciso superar os desafios que impedem a efetivação desse quadro. Assim, será possível garantir que o proposto pela Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) seja de fato cumprido e que tais grupos culturalmente diferenciados sejam respeitados e protegidos.

Questão 1 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Text Comprehension

GAULD. Disponível em: www.tomgauld.com. Acesso em: 25 out. 2021


Nessa tirinha, o comportamento da mulher expressa



a)

revolta com a falta de sorte.

b)

gosto pela prática da leitura.

c)

receio pelo futuro do casamento.

d)

entusiasmo com os livros de terror.

e)

rejeição ao novo tipo de residência.

Resolução

Quadrinho 1: - Agora que você é a minha esposa, você nunca mais deixará este castelo!

- Uau! Sua biblioteca é incrível!

Quadrinho 2: - Para além do castelo existe um muro alto sem portão, e além dele há uma floresta profunda e escura sem nenhum caminho.

- Eu suponho que esta biblioteca também é minha, agora que somos casados.

Quadrinho 3: - A floresta está cheia de lobos vorazes, pássaros malignos e espíritos de viajantes mortos há muito tempo.

- Tantos livros! Não posso acreditar na minha sorte!

Quadrinho 4: - Quando o sol se põe, eu me transformo em uma fera selvagem e voo pela noite, tomado por uma terrível sede de sangue!

- Ok, eu vou ficar por aqui e ler. Vejo você pela manhã.

Resolução:

a) Incorreta. Em nenhum momento a mulher demonstra revolta ou demonstra acreditar ter falta de sorte, já que está focada na biblioteca e quantidade de livros disponíveis.

b) Correta. Todas as falas e atenção da mulher demonstram seu ávido interesse pela biblioteca e livros, o que expressa seu gosto pela prática da leitura.

c) Incorreta. Em nenhuma de suas falas ou ações a mulher demonstra receio pelo futuro do casamento.

d) Incorreta. Apesar de demonstrar entusiasmo pelos livros e biblioteca, em nenhum momento a mulher especifica o gênero dos livros.

e) Incorreta. A mulher não demonstra rejeição alguma à residência. Pelo contrário, demonstra entusiasmo ao conhecer a biblioteca.

Questão 2 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Text Comprehension

A Teen's View of Social Media


    lnstagram is made up of all photos and vídeos. There is the home page that showcases the posts from people you follow, an explore tab which offers posts from accounts all over the world, and your own page, with a notification tab to show who likes and comments on your posts.
    lt has some downsides though. lt is known to make many people feel insecure or down about themselves because the platform showcases the highlights of everyone's lives, while rarely showing the negatives. This can make one feel like their life is not going as well as others, contributing to the growing rates of anxiety or depression in many teens today. There is an underlying desire for acceptance through the number of likes or followers one has.


Disponivel em: https://cyberbullying .org. Acesso em: 29 out 2021.


O termo "downsides" introduz a ideia de que o lnstagram é responsável por
 



a)

oferecer recursos de fotografia.

b)

divulgar problemas dos usuários.

c)

estimular aceitação dos seguidores.

d)

provocar ansiedade nos adolescentes.

e)

aproximar pessoas ao redor do mundo.

Resolução

                    Uma visão adolescente da mídia social

    O Instagram é todo feito de fotos e vídeos. Há a página inicial que mostra as postagens das pessoas que você segue, uma aba que mostra postagens de contas de todo o mundo e a sua própria página, com uma aba de notificação para mostrar quem gosta e comenta nas suas postagens.

     Mas tem algumas desvantagens. Ele é conhecido por fazer muitas pessoas se sentirem inseguras ou para baixo sobre si mesmas porque a plataforma mostra os destaques positivos da vida de todos, enquanto raramente mostra os negativos. Isso pode fazer com que alguém sinta que sua vida não está indo tão bem quanto a dos outros, contribuindo para as taxas crescentes de ansiedade ou depressão em muitos adolescentes hoje. Existe um desejo subjacente de aceitação nos número de curtidas ou de seguidores que se tem.

Resolução:

a) Incorreta. Os recursos de fotografia oferecidos não são tratados no texto e também não representam uma desvantagem ou um lado negativo do uso do Instagram.

b) Incorreta. De acordo com o texto, as postagens mostram os destaques positivos da vida das pessoas, e raramente os negativos ou os problemas destes usuários.

c) Incorreta. O termo "downsides"(desvantagens) não está ligado ao estímulo da aceitação dos seguidores e sim ao fato de que as pessoas se sentem inseguras sobre si, e têm a sensação de que suas vidas não estão indo tão bem quanto a dos outros, o que provoca ansiedade e/ou depressão em muitos adolescentes.

d) Correta. De acordo com o texto, a desvantagen ou "downside" da plataforma é fazer com que as pessoas se sintam inseguras sobre si, e tenham a sensação de que suas vidas não estão indo tão bem quanto a dos outros, o que provoca ansiedade e/ou depressão em muitos adolescentes.

e) Incorreta. O texto aborda a interação entre pessoas ao redor do mundo através da plataforma, e, portanto, não a coloca como uma desvantagem ou "downside" do uso do Instagram.

Questão 3 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Text Comprehension

I tend the mobile now
like an injured bird


We text, text, text
our significant words.


I re-read your first,
your second, your third,


Look for your small xx,
feeling absurd.


The codes we send
arrive with a broken chord.


I try to picture your hands,
their image is blurred.


Nothing my thumbs press
will ever be heard.


DUFFY, C. Dtsponlvel em: www.independentco.uk. Acesso em: 27 oul 2021


Nesse poema, o eu lírico evidencia um sentimento de



a)

contentamento com a interação virtual.

b)

zelo com o envio de mensagens.

c)

reocupação com a composição de textos.

d)

mágoa com o comportamento de alguém.

e)

insatisfação com uma forma de comunicação.

Resolução

Tradução do poema:

Eu cuido do celular agora

como um pássaro ferido

Nós mandamos mensagens, mensagens, mensagens,

nossas palavras significativas.

Eu releio a sua primeira,

sua segunda, sua terceira,

Procuro o seu pequeno xx,

sentindo-me ridículo.

Os códigos que enviamos

chegam como um acorde quebrado.

Eu tento imaginar suas mãos,

a imagem delas está borrada.

Nada do que meus polegares clicam

será jamais ouvido.

Nota: "xx" ou "xoxo" é uma gíria para enviar "beijos" por mensagens.

Resolução:

a) Incorreta. Apesar de o eu-lírico enfatizar que a relação ocorre através da interação virtual, ele não demonstra o sentimento de contentamento e sim de insatisfação com a forma de comunicação usada, como se evidencia em "Os códigos que enviamos / chegam como um acorde quebrado." ou "Procuro o seu pequeno xx, / sentindo-me ridículo.".

b) Incorreta.  O eu-lírico não evidencia o sentimento de zelo com o envio de mensagens, e sim que houve uma grande quantidade de troca de mensagens ("Nós mandamos mensagens, mensagens, mensagens").

c) Incorreta. O eu-lírico não demonstra preocupação com a composição de textos. Na verdade, ele acaba por evidenciar trocas de mensagens coloquiais e informais, como gírias ("xx") e até fotos borradas.

d) Incorreta. Em nenhum momento o eu-lírico crítica ou se mostra magoado com o comportamento ou mensagens enviadas por alguém, mas sim com a forma de comunicação utilizada - através de mensagens virtuais.

e) Correta. Durante todo o poema, o eu-lírico evidencia sua insatisfação com a forma de comunicação utilizada, conforme se verifica em "Os códigos que enviamos / chegam como um acorde quebrado." ou "Procuro o seu pequeno xx, / sentindo-me ridículo." ou ainda em "Nada do que meus polegares clicam / será jamais ouvido.", portanto, esta é a alternativa correta.

Questão 4 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Text Comprehension

    Two hundred years ago, Jane Austen lived in a world where single men boasted vast estates; single ladies were expected to speak several languages, sing and play the piano. In both cases, it was, of course, advantageous if you looked good too. So, how much has - or hasn't - changed? Dating apps opaquely outline the demands of today's relationship market; users ruminate long and hard over their choice of pictures and what they write in their biographies to hook in potential lovers, and that's just your own profile. What do you look for in a future partner's profile - potential signifiers of a popular personality, a good job, a nice car? These apps are a poignant reminder of the often classist attitudes we still adopt, as well as the financial and aesthetic expectations we demand from potential partners.

 

GALER, S. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).


O texto aborda relações interpessoais com o objetivo de



a)

problematizar o papel de gênero em casamentos modernos.

b)

apontar a relevância da educação formal na escolha de parceiros.

c)

comparar a expectativa de parceiros amorosos em épocas distintas.

d)

discutir o uso de aplicativos para proporcionar encontros românticos.

e)

valorizar a importância da aparência física na seleção de pretendentes.

Resolução

Traduzindo o texto, temos:      

     Duzentos anos atrás, Jane Austen viveu em um mundo onde homens solteiros ostentavam/gabavam-se/vangloriavam-se (boasted) de suas vastas propriedades; das senhoritas solteiras era esperado que elas falassem várias línguas, cantassem e tocassem piano. Em ambos os casos, era, é claro, vantajoso se você parecesse bem também, ou seja, se você tivesse uma boa aparência. Então, quanto - ou não - mudou? Aplicativos de namoro delineiam de maneira opaca, sem brilho (opaquely) as demandas do mercado de relacionamento atual; os usuários ruminam muito sobre sua escolha de fotos e o que escrevem em suas biografias para fisgar (to hook) potenciais amantes, e esse é apenas o seu próprio perfil. O que você procura no perfil de um futuro parceiro - potenciais significadores de uma personalidade popular, um bom trabalho, um bom carro? Esses aplicativos são um lembrete comovente/pungente (poignant) das atitudes muitas vezes classistas que ainda adotamos, bem como das expectativas financeiras e estéticas que exigimos de potenciais parceiros.

a) Incorreta. Observando a tradução do texto acima, podemos perceber que o objetivo do texto não é problematizar o papel de gênero em casamentos modernos, e sim comparar como eram as expectativas de parceiros há duzentos anos e nos dias de hoje.

b) Incorreta. Como podemos verificar no texto acima, não havia relevância da educação formal na escolha de parceiros; das senhoritas solteiras, era esperado que elas falassem várias línguas, cantassem e tocassem piano.

c) Correta. O texto compara como eram as expectativas de parceiros amorosos na época de Jane Austen, duzentos anos atrás, e nos dias de hoje. Podemos perceber, pela tradução do texto, que, apesar de serem épocas distintas, as expectativas continuam as mesmas, demonstrando atitudes muitas vezes classistas que ainda adotamos, bem como expectativas financeiras e estéticas que exigimos de potenciais parceiros.

d) Incorreta. O propósito do texto não é discutir o uso de aplicativos para proporcionar encontros românticos, e sim comparar a expectativa de parceiros amorosos em épocas distintas.

e) Incorreta. O texto menciona que, em ambos os casos, era, é claro, vantajoso se você parecesse bem também, ou seja, se você tivesse uma boa aparência, mas o propósito do texto não é o de valorizar a importância da aparência física na seleção de pretendentes.

Questão 5 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Text Comprehension

    As my official bio reads, I was made in Cuba, assembled in Spain, and imported to the United States - meaning my mother, seven months pregnant, and the rest of my family arrived as exiles from Cuba to Madrid, where I was born. Less than two months later, we emigrated once more and settled in New York City, then eventually in Miami, where I was raised and educated. Although technically we lived in the United States, the Cuban community was culturally insular in Miami during the 1970s, bonded together by the trauma of exile. What's more, it seemed that practically everyone was Cuban: my teachers, my classmates, the mechanic, the bus driver. I didn't grow up feeling different or treated as a minority. The few kids who got picked on in my grade school were the ones with freckles and funny last names like Dawson and O'Neil.


BLANCO, R. Disponível em: http://edition.cnn.com. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).


Ao relatar suas vivências, o autor destaca o(a)



a)

qualidade da educação formal em Miami.

b)

prestígio da cultura cubana nos Estados Unidos.

c)

oportunidade de qualificação profissional em Miami.

d)

cenário da integração de cubanos nos Estados Unidos.

e)

fortalecimento do elo familiar em comunidades estadunidenses.

Resolução

Traduzindo o texto, temos:

   Como diz minha biografia oficial, fui feito em Cuba, "montado" (assembled) na Espanha e importado para os Estados Unidos - o que significa que minha mãe, grávida de sete meses, e o resto da minha família chegaram como exilados de Cuba a Madri, onde nasci. Menos de dois meses depois, emigramos mais uma vez e nos estabelecemos em Nova York, e, então, finalmente em Miami, onde fui criado e educado. Embora tecnicamente vivêssemos nos Estados Unidos, a comunidade cubana era culturalmente fechada (insular) em Miami durante a década de 1970, unida pelo trauma do exílio. Além do mais, parecia que praticamente todos eram cubanos: meus professores, meus colegas de classe, o mecânico, o motorista de ônibus. Eu não cresci me sentindo diferente ou tratado como minoria. As poucas crianças que eram zoadas/atazanadas (picked on) na minha escola primária eram aquelas com sardas e sobrenomes engraçados como Dawson e O'Neil.

a) Incorreta. Como podemos verificar na tradução do texto acima, não há nada no texto sobre a qualidade da educação formal em Miami.

b) Incorreta. No trecho: Although technically we lived in the United States, the Cuban community was culturally insular in Miami during the 1970s, bonded together by the trauma of exile. What´s more, it seemed that practcally everyone was Cuban: my teachers, my classmates, the mechanic, the bus driver. I didn´t grow up feeling different or treated as minority. The few kids who got picked on in my grade school were the ones with freckles and funny last names like Dawson and O´Neil, cuja tradução é: Embora tecnicamente vivêssemos nos Estados Unidos, a comunidade cubana era culturalmente fechada (insular) em Miami durante a década de 1970, unida pelo trauma do exílio. Além do mais, parecia que praticamente todos eram cubanos: meus professores, meus colegas de classe, o mecânico, o motorista de ônibus. Eu não cresci me sentindo diferente ou tratado como minoria. As poucas crianças que eram zoadas/atazanadas (picked on) na minha escola primária eram aquelas com sardas e sobrenomes engraçados como Dawson e O'Neil. Podemos perceber que não se trata de prestígio da cultura cubana nos Estados Unidos. O que temos é uma cultura fechada, onde cubanos viviam como se não estivessem nos EUA, não se misturando com os americanos.

c) Incorreta. Como podemos verificar na tradução do texto acima, não há nada sobre oportunidade de qualificação profissional em Miami.

d) Correta. O texto nos mostra um cenário da integração de cubanos nos Estados Unidos, em uma comunidade culturalmente fechada, unida pelo trauma do exílio, onde parecia que praticamente todos eram cubanos, apesar de estarem vivendo em Miami.

e) Incorreta. O fortalecimento do elo familiar apresentado no texto é na comunidade cubana, não em comunidades estadunidenses.

 

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Educação Física

    A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, no skate street nos Jogos Olímpicos, é exemplo da representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do jornal da rede de televisão da CNN. A apresentadora, que também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira que entrou para a história como a atleta mais nova a subir num pódio defendendo o Brasil. "Essa representatividade do esporte nos Jogos faz pensarmos que não temos que ficar nos encaixando em nenhum lugar. Posso gostar de passar notícia e, mesmo assim, gostar de skate, subir montanha, mergulhar, andar de bike, fazer yoga. Temos que parar de ficar enquadrando as pessoas dentro de regras. A gente vive num padrão no qual a menina ganha boneca, mas por que também não fazer um esporte de aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de joelhos, e a menina tem que estar sempre lindinha dentro de um padrão? Acabamos limitando os talentos das pessoas", afirmou a jornalista, sobre a prática do skate por mulheres.

Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 31 out 2021 (adaptado).


O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a relação da conquista da skatista com a



a)

conciliação do jornalismo com a prática do skate.

b)

inserção das mulheres na modalidade skate street.

c)

desconstrução da noção do skate como modalidade masculina.

d)

vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio olímpico.

e)

conquista de medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Resolução

a) Incorreta. O questionamento da apresentadora concilia o jornalismo com a prática do skate, uma vez que a própria jornalista é praticante da modalidade.
b) Incorreta. O texto aborda a inserção de mulheres no skate e a representatividade feminina no esporte. 
c) Correta. Conforme o texto, a apresentadora, ao retratar a conquista de Rayssa Leal no Skate e ao mencionar que há um padrão de como vive uma menina - no qual se ganha boneca, mas não é incentivada à prática de atividade de aventura - tenta desconstruir a noção do skate como modalidade masculina.    
d) Incorreta. Não há menção no texto referente a sua idade. 
e) Incorreta. O texto nos traz além de uma menção da conquista de uma medalha olímpica, mas um questionamento de mulheres praticando skate frente à sociedade. 

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Educação Física

    Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões, vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no asfalto após ser atropelado nas imediações do estádio do Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também de como a violência social se embrenha pelo esporte mais popular do país. Em 2017, foram registrados 104 episódios de violência no futebol brasileiro, que resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995, quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu, autoridades têm focado as ações de enfrentamento à violência no futebol em grupo uniformizados, alguns proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura meramente repressiva contra torcidas organizadas é ineficaz em uma sociedade que registra mais de 61 000 homicídios por anos. "É impossível dissociar a escalada de violência no futebol do panorama de desordem pública, social, econômica e política vivida pelo país", de acordo com um doutor em sociologia do esporte.

Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).


Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada como um(a)



a)

problema social localizado numa região do país.

b)

desafio para as torcidas organizadas dos clubes.

c)

reflexo da precariedade da organização social no país.

d)

inadequação de espaço nos estádios para receber o público.

e)

consequeência da insatisfação dos clubes com a organização dos jogos.

Resolução

a) Incorreta. O texto nos mostra que a violência no futebol é um problema social em várias regiões do país. 
b) Incorreta. A violência no futebol não está caracterizada como um desafio para as torcidas organizadas de clube, uma vez que, como consta no texto, mesmo as torcidas proibidas de frequentar os estádios não resolveram o problema.  
c) Correta. Conforme o texto, a violência no futebol está caracterizada como um reflexo da precariedade da organização social no país, pois é impossível separar a violência no futebol com a desordem pública, social, econômica e política vivida pelo Brasil. 
d) Incorreta. O texto não aborda o espaço dos estádios como característica de violência no futebol. 

e) Incorreta. O texto não relata a insatisfação dos clubes com a organização dos jogos.  
 

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Educação Física

    Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais não praticam esporte ou atividade física. São mais de 100 milhões de sedentários. Esses são os dados do estudo Práticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015, realizada pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são os principais motivos apontados para o sedentarismo. Paralelamente, 73.3% das pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o poder público deveria investir em esporte ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta entre escolaridade e renda na realização de esportes ou atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não tinham instrução realizavam diversas práticas corporais, esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com superior completo. Entre as pessoas que têm práticas de esporte e atividade física regulares, o percentual de praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais. A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta, com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar esporte, declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando que a não prática estaria menos associada à infraestrutura disponível.

Disponível em: www.esporte.gov.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).


Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de saúde, para a prática regular de exercícios ter influência significativa na saúde dos brasileiros. é necessário o desenvolvimento de estratégias que


 



a)

promovam a melhoria da aptidão física da população, dedicando-se mais tempo aos esportes.

b)

combatam o sedentarismo presente em parcela significativa da população no território nacional.

c)

facilitem a adoção da prática de exercícios, com ações relacionadas à educação e à distribuição de renda.

d)

auxiliem na construção de mais instalações esportivas espaços adequados para a prática de atividades físicas e esportes.

e)

estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada destinar verbas aos programas nacionais de promoção da saúde pelo esporte.

Resolução

a) Incorreta. A pesquisa não proporciona aspectos da aptidão física da população, uma vez que este fator é muito específico de cada organismo. Além disso, não só a dedicação ao esporte é necessária, mas também às diversas práticas corporais. 
b) Correta. Conforme o texto, o número de pessoas sedentárias passa de 100 milhões, e, para alterar esta realidade, é necessário o desenvolvimento de estratégias neste âmbito.   
c) Incorreta. Os critérios relacionados à educação e à distribuição de renda são utilizados para caracterizar os praticantes e não praticantes de atividades físicas, não indicando as razões do sedentarismo. 
d) Incorreta. Conforme a pesquisa, a falta de instalação esportiva e espaço adequado para a prática de atividade física foi um motivo pouco citado, ou seja, demonstra que a não prática estaria menos associada à infraestrutura disponível. 
e) Incorreta. O texto não aborda sobre incentivo fiscal e nem programas nacionais de promoção da saúde pelo esporte, apenas os motivos pelos quais a população jovem e adulta pratica ou não pratica alguma atividade física e esportiva. 
 

Questão 9 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Educação Física

    Criado há cerca de 20 anos na Califórnia, o mountainboard  é um esporte de aventura que utiliza uma espécie de skate off-road para realizar manobras similares às das modalidades de snowboard, surf e do próprio skate. A atividade chegou ao Brasil em 1997 e hoje possui centenas de praticantes, um circuito nacional respeitável e mais de uma dezena de pistas espalhadas pelo país. Segundo consta na história oficial, o mountainboard foi criado por praticantes de snowboard que sentiam falta de praticar o esporte nos períodos sem neve. Para isso, eles desenvolveram um equipamento bem simples: uma prancha semelhante ao modelo utilizado na neve (menor e um pouco menos flexível), com dois eixos bem resistentes, alças para encaixar os pés e quatro pneus com câmaras de ar para regular a velocidade que pode ser alcançada em diferentes condições. Com essa configuração, o esporte se mostrou possível em diversos tipos de terreno: grama, terra, pedras, asfalto e areia. Além desses pisos, também é possível procurar pelas próprias trilhas para treinar as manobras.

Disponível em: www.webventure.com.br. Acesso em: 19 Jun. 2019.


A história da prática do mountainboard representa uma das principais marcas das atividades de aventura, caracterizada pela



a)

competitividade entre seus praticantes.

b)

atividade com padrões técnicos definidos.

c)

modalidade com regras predeterminadas.

d)

criatividade para adaptações a novos espaços.

e)

ecessidade de espaços definidos para a sua realização.

Resolução

a) Incorreta. A competitividade entre os participantes das atividades de aventura não é uma de suas principais características. Como vemos no texto, o mountainboard foi criado por praticantes de snowboard, porque sentiam falta da prática no período sem neve, e não de uma competição.  
b) Incorreta. Os padrões técnicos definidos não se tratam das principais marcas da atividade de aventura, uma vez que se podem utilizar técnicas de diferentes modalidades, como o snowboard, surf e skate no mountainboard
c) Incorreta. A predeterminação de regras não se enquadra nas principais marcas de atividade de aventura, como no texto aponta que há diferentes tipos de terrenos onde o esporte mountainboard se tornou possível. 
d) Correta. A criatividade para adaptações a novos espaços representa as principais marcas da atividade de aventura, como é o exemplo do moutainboard, que foi criado por praticantes de snowboard.
e) Incorreta. A necessidade de espaços definidos para a realização das práticas de atividade de aventura não corresponde as suas principais marcas, pois é própria dos esportes de aventura a adaptação a diferentes espaços, por exemplo, além dos pisos mencionados no texto, também é possível procurar pelas próprias trilhas para treinar as manobras no mountainboard.

Questão 10 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

textos híbridos

Ser cronista

    Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.
   Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos. 
    E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.

LISPECTOR. C. ln: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.


No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora questiona características do gênero crônica, como



a)

relação distanciada entre os interlocutores.

b)

articulação de vários núcleos narrativos.

c)

brevidade no tratamento da temática.

d)

descrição minuciosa dos personagens.

e)

público leitor excluviso.

Resolução

a) Correta. Vemos como a autora reflete sobre a atividade de cronista tomando por base a escrita de romances e contos, o que ela havia feito até o momento. Partindo desse pressuposto, é possível identificar a preferência da autora pela ligação que ela consegue estabelecer com seus leitores em seus romances e contos. Neles, que atraem leitores realmente interessados naquilo que ela escreve, Clarice Lispector consegue ser profunda e, nesse sentido, ter uma proximidade ou intimidade maior com os leitores. Nas crônicas, a autora parece sentir que deve se manter mais distante, não consegue estabelecer uma “comunicação profunda” com ela mesmo e com o leitor. Sendo assim, é possível afirmar que, a partir da reflexão sobre a escrita de crônicas, a autora questiona esse distanciamento presente numa escrita para um jornal, que se destina a leitores genéricos, com todo tipo de perfil e interesse.

b) Incorreta. Não é possível identificar, no texto apresentado, uma referência a vários núcleos narrativos. Ainda que a autora destaque a fluidez do gênero crônica (relato, conversa, resumo), não há elementos que apontem para núcleos narrativos especificamente.

c) Incorreta. O elemento da crônica que parece incomodar a autora não está associado à temática necessariamente, mas à relação que ela é capaz de estabelecer com quem a lê.

d) Incorreta. Não há nenhuma menção à descrição minuciosa de personagens, e essa não é, de fato, uma característica determinante do gênero crônica.

e) Incorreta. O público leitor da crônica, segundo a autora, é o público que se interessa pelos textos de um jornal, ou seja, é um público formado por pessoas que não têm uma ligação com a escrita dela. Nesse sentido, o público leitor da crônica não é exclusivo.