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Enem 2020 - dia 1 - Linguagens e Ciências Humanas


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Redação

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I

 A maior parte das pessoas, quando ouve falar em "saúde mental”, pensa em "doença mental”. Mas a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. A saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida.

Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

TEXTO II

A origem da palavra "estigma" aponta para marcas ou cicatrizes deixadas por feridas. Por extensão, em um período que remonta à Grécia Antiga, passou a designar também as marcas feitas com ferro em brasa em criminosos, escravos e outras pessoas que se desejava separar da sociedade "correta" e "honrada". Essa mesma palavra muitas vezes está presente no universo das doenças psiquiátricas. No lugar da marca de ferro, relegamos preconceito, falta de informação e tratamentos precários a pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos mentais graves.
Achar que a manifestação de um transtorno mental é "frescura" está relacionado a um ideal de felicidade que não é igual para todo mundo. A tentativa de se encaixar nesse modelo cria distância dos sentimentos reais, e quem os demonstra é rotulado, o que progressivamente dificulta a interação social. É aqui que redes sociais de enorme popularidade mostram uma face cruel, desempenhando um papel de validação da vida perfeita e criando um ambiente em que tudo deve ser mostrado em seu melhor ângulo. Fora dos holofotes da internet, porém, transtornos mentais mostram-se mais presentes do que se imagina.

http://www.abrata.org.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).

TEXTO III

Disponível em: https://zenklub.com.br.
Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado).


PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



Comentários

O tema da prova de redação ENEM 2020 foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”, ilustrando, como de costume, uma situação-problema que o candidato deveria explorar em seu texto. Nesta edição, a proposta problematizou um tema de grande relevância social, uma vez que a garantia da saúde mental tem relação estreita com o acesso à cidadania no país, como postulado pela Constituição de 1988, a qual garante a saúde como direito de todos e dever do Estado, bem como o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

O Texto I, distribuído pela Secretaria de Saúde do Governo do Paraná, esclarece o conceito de saúde mental, o que “implica muito mais que a ausência de doenças mentais”. A partir do excerto, fica claro que todos os indivíduos estão suscetíveis a desenvolver sofrimento psíquico em algum momento da vida. Essa colocação aponta para a importância da desestigmatização da saúde mental, pois tal forma de sofrimento é inerente aos humanos e, logo, precisa da atenção de todos.

O Texto II traz uma importante contextualização acerca da baliza “estigma”. Por meio de uma perspectiva histórica, o trecho da ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) salienta que estigma diz respeito à percepção negativa comumente associada à saúde mental, que vem acompanhada de preconceitos, falta de informação e tratamentos precários a pessoas que sofrem de transtornos mentais. Como consequência dessa desvalorização, ocorre a discriminação de quem é acometido por transtornos psiquiátricos. Há menção, ainda, ao impacto que as redes sociais podem gerar nesses indivíduos, uma vez que, nesses ambientes, existe um ideal de “vida perfeita” inverossímil. Segundo o texto, “a tentativa de se encaixar nesse modelo cria distância dos sentimentos reais”, o que dificulta a interação social. A partir desses apontamentos, é possível refletir sobre o impacto desse contexto em grupos sociais mais ativos nas redes, como as crianças e os adolescentes.

O Texto III apresenta o infográfico “Socorro, Brasil! Saiba mais sobre o problema de saúde que afeta mais de 1 em cada 20 pessoas, mas que continuamos ignorando!”, que ilustra uma pesquisa veiculada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nele, há dados alarmantes que apontam para o alto índice de pessoas com depressão, que somam 322 milhões em torno do mundo. Além disso, o texto informa sobre os prejuízos econômicos decorrentes de transtornos mentais causados por afastamento do trabalho e evidencia que as mulheres são 30% mais vulneráveis a quadros depressivos do que homens. A partir das estatísticas apresentadas, é relevante que o estudante selecione e organize as informações pertinentes ao seu projeto de texto.

Além das informações disponibilizados nos textos motivadores, é desejável que o candidato mobilize repertório externo que auxilie na sustentação do seu projeto de texto, seguido de uma proposta interventiva que minimize os problemas mencionados na tese.

Em suma, desestigmatizar as doenças mentais é o caminho para que os transtornos dessa natureza sejam encarados socialmente como problemas de saúde pública, não como fragilidade ou “frescura”. Tal mudança é fundamental, já que o combate aos preconceitos é uma das formas de garantia dignidade humana. Assim, essa mudança de olhar será capaz de gerar mudanças positivas para a sociedade brasileira, tanto no nível individual quanto coletivo.

Questão 1 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

poem

A Minor Bird 

I have wished a bird would fly away, 
And not sing by my house all day;

Have clapped my hands at him from the door
When it seemed as if I could bear no more.
The fault must partly have been in me.
The bird was not to blame for his key.

And of course there must be something wrong
In wanting to silence any song.

FROST, R. West-running Brook. New York: Henry Holt and Company, 1928.

No poema de Robert Frost, as palavras "fault" e "blame" revelam por parte do eu lírico uma



a)

culpa por não poder cuidar do pássaro.

b)

atitude errada por querer matar o pássaro.

c)

necessidade de entender o silêncio do pássaro.

d)

sensibilização com relação à natureza do pássaro.

e)

irritação quanto à persistência do canto do pássaro.

Resolução

Um Pássaro Pequeno

Eu desejei que um pássaro voasse para longe,
E não cantasse pela minha casa o dia todo;

Bati palmas para ele da porta.
Quando parecia que eu não podia suportar mais.
A culpa deve ter sido em parte minha.
O pássaro não era culpado por sua clave.

E é claro que deve haver algo errado
Em querer silenciar qualquer música.

a) Incorreta. Não há uma culpa do eu lírico por não poder cuidar do pássaro. Ao observarmos a tradução do poema, podemos perceber que não há nenhuma menção em cuidar do pássado. E a culpa (blame) mencionada é devido ao fato de o eu lírico se irritar com o canto do pássaro.

b) Incorreta. No trecho do poema: I have wished a bird would fly away, / And not sing by my house all day; / Have clapped my hands at him from the door, podemos ver que o eu lírico bateu palmas para o pássaro da porta para que ele parasse de cantar e voasse para longe e não mais cantasse em sua casa o dia todo. O eu lírico não demonstrou nenhuma atitude que indicasse que ele queria matar o pássaro.

c) Incorreta. As palavras "fault" e "blame" revelam por parte do eu lírico uma necessidade de entender a natureza do pássaro, que é cantar, não o silêncio dele.

d) Correta. As palavras "fault" e "blame", neste poema de Robert Frost, revelam por parte do eu lírico uma sensibilização com relação à natureza do pássaro. O eu lírico afirma que a culpa deve ter sido dele e que o pássaro não era culpado por sua clave (música). O eu lírico se sensibiliza ao perceber que a natureza do pássaro é cantar, e que deveria ter algo de errado com ele em querer silenciar qualquer música.

e) Incorreta. No início do poema podemos perceber uma irritação do eu lírico quanto à persistência do canto do pássaro; I have wished a bird would fly away,  And not sing by my house all day; Have clapped my hands at him from the door When it seemed as if I could bear no more., mas logo depois ele afirma que a culpa é dele por não perceber que a natureza do pássaro é cantar; The fault must partly have been in me.The bird was not to blame for his key. E que havia algo de errado em querer silenciar qualquer música.

Questão 2 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Text Comprehension

Finally, Aisha finished with her customer and asked what colour Ifemelu wanted for her hair attachments.

"Colour four." 

"Not good colour," Aisha said promptly. 

"That's what I use." 

"It look dirty. You don't want colour one?"

"Colour one is too black, it looks fake," Ifemelu said, loosening her headwrap. "Sometimes I use colour two, but colour four is closest to my natural colour."

[...]

She touched Ifemelu's hair. "Why you don't have relaxer?"

"I like my hair the way God made it."

"But how you comb it? Hard to comb," Alsha said.

Ifemelu had brought her own comb. She gently combed her hair, dense, soft and tightly coiled, until it framed her head like a halo. "It's not hard to comb if you moisturize it properly," she said, slipping into the coaxing one of the proselytizer that she used whenever she was trying to convince other black women about the merits of wearing their hair natural. Aisha snorted; she clearly could not understand why anybody would choose to suffer through combing natural hair, instead of simply relaxing it. She sectioned out Ifemelu's hair, plucked a little attachment from the pile on the table and began deftly to twist.

ADICHIE, C. Americanah: A novel. New York: Anchor Books, 2013. 

A passagem do romance da escritora nigeriana traz um diálogo entre duas mulheres negras: a cabeleireira, Aisha, e a cliente, Ifemelu. O posicionamento da cliente é sustentado por argumentos que



a)

reforçam um padrão de beleza.

b)

retratam um conflito de gerações.

c)

revelam uma atitude de resistência.

d)

demonstram uma postura de imaturidade.

e)

evidenciam uma mudança de comportamento.

Resolução

Finalmente, Aisha terminou com seu cliente e perguntou que cor Ifemelu queria para seus acessórios de cabelo.

"Cor quatro".

"Não é uma boa cor", disse Aisha prontamente.

"Isso é o que eu uso."

"Parece sujo. Você não quer a cor um?"

"A cor um é muito preta, parece falsa", disse Ifemelu, soltando seu prendedor de cabeça. "Às vezes uso a cor dois, mas a cor quatro é mais próxima da minha cor natural."

[...]

Ela tocou no cabelo de Ifemelu. "Por que você não tem relaxamento?"

"Eu gosto do meu cabelo do jeito que Deus fez."

"Mas como você o penteia? Difícil de pentear." Alsha disse.

Ifemelu tinha trazido seu próprio pente. Ela gentilmente penteou o cabelo, denso, macio e bem enrolado, até que o emoldurou em sua cabeça como uma auréola. "Não é difícil pentear se você hidratá-lo corretamente", disse ela, se resvalando para a persuasão de um dos proselitismos que ela usava sempre que tentava convencer outras mulheres negras sobre os méritos de usar seus cabelos naturais. Aisha bufou; ela claramente não conseguia entender por que alguém escolheria sofrer penteando cabelos naturais, em vez de simplesmente relaxá-lo. Ela separou o cabelo de Ifemelu, arrancou um pouco do acessório da pilha sobre a mesa e começou habilmente a torcer.

a) Incorreta. O posicionamento da cliente não é sustentado por argumentos que reforçam um padrão de beleza, uma vez que o padrão de beleza, segundo a cabelereira, seria o de fazer relaxamento em seu cabelo e não usar acessórios de determinadas cores.

b) Incorreta.  Não temos um conflito de gerações aqui, o que temos é um conflito em relação ao cabelo de Ifemelu, pois a cabelereira tenta convencê-la de que seu cabelo ficaria melhor com um acessório da cor preta e com relaxamento.

c) Correta. O posicionamento da cliente é sustentado por argumentos que revelam sua resistência, pois ela não aceita a sugestão de relaxamento e de cores de acessórias da cabelereira e afirma:  "Eu gosto do meu cabelo do jeito que Deus fez." Ela tem uma posição de enfrentamento e de resistência, assumindo totalmente sua origem negra e seu cabelo enrolado, não aceitando o que seria o padrão de beleza, segundo a cabelereira.

d) Incorreta.  A postura de Ifemelu demonstra muita maturidade e personalidade, uma vez que ela não aceita as sugestões da cabelereira.

e) Incorreta.  O posicionamento da cliente não é sustentado por argumentos que evidenciam uma mudança de comportamento, mesmo porque ela não muda seu comportamento, mesmo diante das sugestões da cabelereira.

 

Questão 3 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

poem

A Mother in a Refugee Camp

No Madonna and Child could touch
Her tenderness for a son
She soon would have to forget...
The air was heavy with odors of diarrhea,
Of unwashed children with washed-out ribs
And dried-up bottoms waddling in labored steps
Behind blown-empty bellies. Other mothers there
Had long ceased to care, but not this one:
She held a ghost-smile between her teeth,
and in her eyes the memory
Of a mother's pride... She had bathed him
And rubbed him down with bare palms.
She took from their bundle of possessions
A broken comb and combed
The rust-colored hair left on his skull
And then - humming in her eyes-began carefully
[to part it.
In their former life this was perhaps
A little daily act of no consequence
Before his breakfast and school; now she did it
Like putting flowers on a tiny grave.

ACHEBE, C. Collected Poems. New York: Anchor Books, 2004.

O escritor nigeriano Chinua Achebe traz uma reflexão sobre a situação dos refugiados em um cenário pós-guerra civil em seu país. Essa reflexão é construída no poema por meio da representação de uma mãe, explorando a(s)



a)

demonstração de orgulho por não precisar pedir doações.

b)

descrições artísticas detalhadas de uma obra conhecida.

c)

aceitação de um diagnóstico de doença terminal do filho.

d)

consternação ao visitar o túmulo do filho recém-falecido.

e)

impressões sensoriais experimentadas no ambiente.

Resolução

Uma mãe em um campo de refugiados

Nenhuma mãe e criança poderia tocar
Sua ternura por um filho
Ela logo teria que esquecer...
O ar estava pesado com odores de diarreia,
De crianças não lavadas com costelas adoecidas
E nádegas secas cambaleando em passos difiíceis
Atrás de barrigas vazias e inchadas. Outras mães lá
Tinham deixado de se importar, mas não esta:
Ela segurou um sorriso fantasma entre os dentes,
e em seus olhos a memória
Do orgulho de uma mãe... Ela tinha banhado-o
E esfregou-o com as palmas das mãos nuas.
Ela tirou de sua trouxa de pertences
Um pente quebrado e penteou
O cabelo cor de ferrugem que restou em seu crânio
E então - cantarolando em seus olhos-começou cuidadosamente
[a separá-lo.
Em sua vida anterior isso era talvez
Um pequeno ato diário sem consequência
Antes de seu café da manhã e escola; agora ela fez isso
Como colocar flores em uma pequena cova.

a) Incorreta. O poema demonstra o sofrimento de uma mãe ao cuidar de seu filho em um campo de refugiados, não há absolutamente nada de demonstração de orgulho por não precisar pedir doações e nem há menção alguma no texto a doações.

b) Incorreta. Podemos perceber uma descrição detalhada  do ambiente neste campo de refugiados, como os odores e a desnutrição das crianças; esta mãe, especificamente, que diferente das outras mães já desacreditadas, cuidava do filho banhando-o e penteando seu cabelo, mas não há como afirmar que estas descrições sejam artísticas e detalhadas de uma obra conhecida.

c) Incorreta. Não há uma aceitação por parte da mãe de um diagnóstico de doença terminal do filho, primeiro porque não há um diagnóstico especificamente e segundo porque, mesmo com toda a stiuação nefasta em que esta mãe e seu filho se encontram no campo de refugiados, ela não aceita que seu filho possa estar partindo, ela cuida dele, assim como cuidava antes de ele ir para a escola.

d) Incorreta. Apesar de o final do poema mencionar uma pequena cova, o que podemos perceber é uma mãe dando banho em seu filho, penteando seu cabelo, lembrando de como fazia em sua vida anterior. Um pequeno ato diário sem consequência e que agora ela faz isso
como colocar flores em uma pequena cova
, ou seja, com a mesma tristeza de uma mãe ao colocar flores em uma pequena cova. Além disso, no trecho: She soon would have to forget... podemos perceber que talvez em breve esta mãe terá que esquecer a ternura de tocar um filho, o que nos leva a enteder que talvez este menino estivesse quase morrendo, mas que ainda não havia, de fato, falecido. 

e) Correta. O poema nos traz inúmeras impressões sensoriais experimentadas no ambiente, como a ternura de tocar um filho, o ar que estava pesado com odores de diarreia, das crianças não lavadas com costelas adoecidas, de nádegas secas cambaleando em passos difíceis atrás de barrigas vazias e inchadas. Ou da mãe que tinha banhado seu filho e esfregou-o com as palmas das mãos nuas, que tirou de sua trouxa de pertences um pente quebrado e penteou o cabelo cor de ferrugem que restou em seu crânio e então - cantarolando em seus olhos - começou cuidadosamente a separá-lo.

 

Questão 4 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Modal Notes / Leaflets

Disponivel em: https://sites.psu.edu. Acesso em 12 jun. 2018.

Os recursos usados nesse poster de divulgação de uma campanha levam o leitor a refletir sobre a necessidade de



a)

criticar o tipo de tratamento dado à mulher.

b)

rever o desempenho da mulher no trabalho.

c)

questionar a sobrecarga de atribuições da mulher.

d)

analisar as pesquisas acerca dos direitos da mulher.

e)

censurar a mulher pelo uso de determinadas palavras.

Resolução

No pôster temos a imagem de uma mulher com uma tarja branca em sua boca representando uma busca no google:

Women shouldn´t  I

Women shouldn´t have rights

Women shouldn´t vote

Women shouldn´t work

Women shouldn´t box

 

Traduzindo:

As mulheres não deveriam

As mulheres não deveriam ter direitos.

As mulheres não deveriam votar.

As mulheres não deveriam trabalhar.

As mulheres não deveriam lutar.

 

E logo abaixo a frase:

Women shouldn´t suffer from discrimination anymore

As mulheres não deveriam mais sofrer discriminação.

 

A ONU Mulheres, um grupo de membros da ONU que se concentram apenas nos direitos das mulheres, queria destacar a grande questão global da igualdade de gênero, criando uma poderosa campanha publicitária que teve um grande impacto.

Os cartazes são uma declaração de como a idade moderna se sente verdadeiramente sobre as mulheres, através do uso de termos populares de pesquisa do Google para mulheres, que são fortemente machistas e discriminantes.

Temas como:

As mulheres não deveriam...

As mulheres não podem...

As mulheres não devem... 

Percceba que a caixa de busca está estratégicamente colocadas sobre a boca da mulher como se fosse uma mordaça, mostrando a maneira que as mulheres são tolidas, sem direito de expressar suas opiniões.

 

a) Correta. Os recursos usados nesse pôster levam o leitor a refletir sobre a necessidade de criticar o tipo de tratamento dado à mulher, pois o que temos hoje são pessoas afirmando que as mulheres não deveriam ter direitos, não deveriam votar, não deveriam trabalhar e nem deveriam lutar por seus direitos. O pôster nos mostra mulheres sendo amordaçadas por ideais machistas e discriminatórios.

b) Incorreta. O intuito deste pôster não é o de rever o desempenho da mulher no trabalho. Na verdade, o pôster faz uma crítica às pessoas que acham que as mulheres não deveriam trabalhar.

c) Incorreta. A divulgação desta campanha não leva o leitor a refletir sobre a sobrecarga de atribuições da mulher. O pôster quer trazer uma discussão sobre a mulher ter direito de ter as mesmas atribuições que os homens. 

d) Incorreta. O pôster mostra uma tarja branca, que é uma caixa de pesquisas, sobre a boca da mulher, representando uma mulher amordaçada, sem direito de se expressar. O pôster tenta trazer uma crítica às pesquisas acerca das mulheres usando palavras como shouldn´t = não deveriam, e have rights = ter direitos, work = trabalhar... mostrando o que as pessoas acham que as mulheres não deveriam fazer. O propósito da campanha não é o de analisar as pesquisas acerca dos direitos da mulher, e sim de analisar as pesquisas machistas e discriminatórias em relação às mulheres.

e) Incorreta. O propósito do pôster não é o de censurar a mulher pelo uso de determinadas palavras, na verdade o pôster traz uma mulher censurada, sem o direito de se expressar.

Questão 5 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Notes / Leaflets

Disponivel em www.csuchico.edu. Acesso em: 11 dez. 2017.

Nesse pôster de divulgação de uma campanha que aborda a diversidade e a inclusão, a interação dos elementos verbais e não verbais faz referência ao ato de



a)

estereotipar povos de certas culturas.

b)

discriminar hábitos de grupos minoritários.

c)

banir imigrantes de determinadas origens.

d)

julgar padrões de beleza de diversas etnias.

e)

desvalorizar costumes de algumas sociedades.

Resolução

Nesse pôster de divulgação de uma campanha que aborda a diversidade e a inclusão, temos os seguintes elementos verbais:

We´re a culture, not a costume.

Nós somos uma cultura, não uma fantasia.

This is NOT Who We Are, and this is NOT OK.

Isso NÃO é quem somos e isso NÃO está OK.

Além dos elementos verbais, temos também os elementos não verbais, que são quatro pessoas segurando imagens de fantasias.

A primeira é uma mulher negra segurando uma imagem de pessoas fantasiadas de black power, ou seja, fantasiados de “negros”.

A segunda é uma moça de origem oriental segurando uma foto de uma mulher fantasiada de “japonesa”.

A terceira imagem é um rapaz, possivelmente de origem mexicana, segurando uma imagem de um casal fantasiado de “mexicanos”.

E a quarta mulher, possivelmente de origem indígena, segurando uma imagem de um casal fantasiado de “índios”.

a) Correta. Podemos perceber que a interação de elementos verbais e não verbais faz referência ao ato de estereotipar povos de certas culturas, utilizando fantasias que fazem referências as estas culturas.

b) Incorreta. Não podemos afirmar, ao analisar os elementos verbais e não verbais, que o pôster faz referência à discriminação de hábitos de grupos minoritários.

c) Incorreta. Aos observamos os seguintes elementos verbais: We´re a culture, not a costume.This is not who we are and this is not ok, podemos perceber que o intuito do pôster é alertar as pessoas que se fantasiar de negro, japonês, mexicano ou índio não está ok, pois cultura não é fantasia. O propósito do pôster não é banir imigrantes de determinadas origens.

d) Incorreta. Podemos perceber que a interação de elementos verbais e não verbais não está fazendo referência ao ato de julgar padrões de beleza de diversas etnias. Não há nada que faz referência sobre padrões de beleza, mas sim sobre a cultura de diversas etnias.

e) Incorreta. Os elementos verbais e não verbais do pôster não fazem referência ao ato de desvalorizar costumes de algumas sociedades. Observe que temos um falso cognato na frase: We´re a culture, not a costume (Nós somos uma cultura, não uma fantasia); o falso cognato costume significa fantasia, e não um costume, um hábito. Costume ou hábito, em inglês, seria habit.

Questão 6 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Linguagem e Língua linguagem verbal e não verbal

Slam do Corpo é um encontro pensado para surdos e ouvintes, existente desde 2014, em São Paulo. Uma iniciativa pioneira do grupo Corposinalizante, criado em 2008. (Antes de seguirmos, vale a explicação: o termo slam vem do inglês e significa - numa nova acepção para o verbo geralmente utilizado para dizer "bater com força" - a "poesia falada nos ritmos das palavras e da cidade"). Nos saraus, o primeiro objetivo foi o de botar os poemas em Libras na roda, colocar os surdos para circular e entender esse encontro entre a poesia e a língua de sinais, compreender o encontro dessas duas línguas. Poemas de autoria própria, três minutos, um microfone. Sem figurino, nem adereços, nem acompanhamento musical. O que vale é modular a voz e o corpo, um trabalho artesanal de tornar a palavra "visível", numa arena cujo objetivo maior é o de emocionar a plateia, tirar o público da passividade, seja pelo humor, horror, caos, doçura e outras tantas sensações.

NOVELLI, G. Poesia incorporada. Revista Continente, n. 189, set. 2016 (adaptado).

Na prática artística mencionada no texto, o corpo assume papel de destaque ao articular diferentes linguagens com o intuito de



a)

imprimir ritmo e visibilidade à expressão poética.

b)

redefinir o espaço de circulação da poesia urbana.

c)

estimular produções autorais de usuários de Libras.

d)

traduzir expressões verbais para a lingua de sinais.

e)

proporcionar performances estéticas de pessoas surdas.

Resolução

a) Correta. O texto menciona o Slam do Corpo, prática artística que explora a poesia “falada nos ritmos das palavras e da cidade" e proporciona um encontro entre a linguagem verbal e a linguagem corporal. De acordo com o texto, “o que vale é modular a voz e o corpo, um trabalho artesanal de tornar a palavra ‘visível’”; portanto, há uma união entre ritmo e visibilidade, cujo “objetivo maior é o de emocionar a plateia, tirar o público da passividade”, ou seja, explorar a expressividade poética.

b) Incorreta. O Slam do Corpo não redefine o espaço de circulação da poesia urbana, uma vez que já havia outros tipos de manifestações poéticas que exploravam o espaço urbano (como o próprio slam e a chamada “poesia marginal”).

c) Incorreta. Embora o texto aponte que os poemas são de autoria própria, esse não é o intuito do Slam do Corpo ao relacionar as diferentes linguagens (verbal e corporal).

d) Incorreta. O objetivo do Slam do Corpo não é uma mera tradução da linguagem verbal para a língua de sinais, mas a exploração das diferentes linguagens como forma de manifestação poética.

e) Incorreta. O texto indica que “o primeiro objetivo foi o de botar os poemas em Libras na roda, colocar os surdos para circular”. Porém, o intuito do movimento vai além da inserção de pessoas surdas no ambiente artístico.

Questão 7 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

expressões idiomáticas

É possível afirmar que muitas expressões idiomáticas transmitidas pela cultura regional possuem autores anônimos, no entanto, algumas delas surgiram em consequência de contextos históricos bem curiosos. "Aquele é um cabra da peste" é um bom exemplo dessas construções.
Para compreender essa expressão tão repetida no Nordeste brasileiro, faz-se necessário voltar o olhar para o século 16. "Cabra" remete à forma com que os navegadores portugueses chamavam os indios. Já "peste" estaria ligada à questão da superação e resistência, ou mesmo uma associação com o diabo. Assim, com o passar dos anos, passou-se a utilizar tal expressão para denominar qualquer indivíduo que se mostre corajoso, ou mesmo insolente, já que a expressão pode ter caráter positivo ou negativo. Aliás, quem já não ficou de "nhe-nhe-nhém" por aí? O termo, que normalmente tem significado de conversa interminável, monótona ou resmungo, tem origem no tupi-guarani e "nhém" significa "falar".

Disponível em: http://eiturasdahistoria.uol.com.br. Acesso em: 13 dez 2017.

A leitura do texto permite ao leitor entrar em contato com



a)

registros do inventário do português brasileiro.

b)

justificativas da variedade linguística do país.

c)

influências da fala do nordestino no uso da lingua.

d)

explorações do falar de um grupo social especifico.

e)

representações da mudança linguística do português

Resolução

a) Correta. As expressões idiomáticas “cabra da peste” e “nhe-nhe-nhém” são patrimônios da cultura brasileira, e o texto permite que o leitor entre em contato com as histórias de formação de tais expressões. Desse modo, essa alternativa é correta, pois o inventário do português brasileiro é um documento que registra expressões pertencentes ao idioma, as quais simbolizam a cultura do povo brasileiro.

b) Incorreta. Apesar de o texto mostrar que as expressões idiomáticas “cabra da peste” e “nhe-nhe-nhém” são originadas de contextos históricos bastante particulares, o foco do texto não é justificar as variedades linguísticas do país, mas sim fazer com que o leitor entre em contato com expressões próprias do povo brasileiro e mostrar a ele a origem de tais expressões.

c) Incorreta. O texto não traz influências da fala do nordestino em relação ao uso da língua. Há uma passagem do texto em que é mostrada a origem de uma expressão idiomática bastante utilizada pelo nordestino, mas não  há menções sobre a influência que a fala do nordestino exerce na língua portuguesa.

d) Incorreta. Apesar de a expressão “cabra da peste” ser comumente falada pelos nordestinos, não é possível afirmar que tal expressão pertence a um grupo social específico, pois há, no nordeste, diferentes grupos que utilizam essa mesma expressão. Além disso, a expressão “nhe-nhe-nhém” não é atrelada, no texto, a um grupo social determinado.

e) Incorreta. A expressão “cabra da peste” é originada do português europeu e, levando isso em consideração, pode-se afirmar que o texto apresenta uma mudança linguística do português, visto que duas palavras do português europeu foram ressignificadas para formarem, juntas, uma expressão idiomática do português brasileiro. Entretanto, o mesmo não se pode dizer da expressão “nhe-nhe-nhém”, pois ela tem origem no tupi-guarani. Dessa forma, esta alternativa torna-se inválida, visto que o segundo caso não representa uma mudança linguística do português.

Questão 8 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Pontuação metáfora conotação

O ouro do século 21

Cério, gadolínio, lutécio, promécio e érbio; sumário, térbio e disprósio; hólmio, túlio e itérbio. Essa lista de nomes esquisitos e pouco conhecidos pode parecer a escalação de um time de futebol, que ainda teria no banco de reservas lantânio, neodímio, praseodímio, európio, escândio e ítrio. Mas esses 17 metais, chamados de terras-raras, fazem parte da vida de quase todos os humanos do planeta. Chamados por muitos de "ouro do século 21", "elementos do futuro" ou "vitaminas da indústria", eles estão nos materiais usados na fabricação de lâmpadas, telas de computadores, tablets e celulares, motores de carros elétricos, baterias e até turbinas eólicas. Apesar de tantas aplicações, o Brasil, dono da segunda maior reserva do mundo desses metais, parou de extraí-los e usá-los em 2002. Agora, volta a pensar em retomar sua exploração.

SILVEIRA, E. Disponivel em: www.revistaplaneta.com.br
Acesso em: 6 dez. 2017 (adaptado).

As aspas sinalizam expressões metafóricas empregadas intencionalmente pelo autor do texto para



a)

imprimir um tom irônico à reportagem.

b)

incorporar citações de especialistas à reportagem.

c)

atribuir maior valor aos metais, objeto da reportagem.

d)

esclarecer termos científicos empregados na reportagem.

e)

marcar a apropriação de termos de outra ciência pela reportagem.

Resolução

a) Incorreta. Ironia consiste em se dizer o contrário do que, de fato, é pensado pelo enunciador. Não há, nas metáforas construídas, ironia, visto que elas se relacionam a itens valiosos (ouro e vitaminas, por exemplo), e o texto, no geral, afirma que os 17 metais possuem, realmente, muito valor.

b) Incorreta. Não há como afirmar que as expressões entre aspas são falas de especialistas. O autor do texto mostra que os 17 metais são chamados por muitos de “ouro do século 21”, “elementos do futuro” ou “vitaminas da indústria”, mas não é possível concluir que essas expressões são falas de especialistas.

c) Correta. As metáforas “ouro do século 21”, "elementos do futuro” e “vitaminas da indústria” são utilizadas para atribuir valor aos 17 metais, visto que todas elas se relacionam a itens de conotação bastante positiva e contribuem para fortalecer a importância desses metais.

d) Incorreta. As metáforas que estão entre aspas não são construídas para esclarecer termos científicos, mas sim para representar tais termos. Não é possível afirmar que uma expressão metafórica pode ser usada para esclarecer o sentido de um termo, visto que ela trabalha com a função poética da linguagem e não tem, portanto, objetivo de informar.

e) Incorreta. As palavras que constituem as metáforas que estão entre aspas não pertencem a um campo científico, visto que estão em sentido figurado, o que, portanto, invalida esta alternativa.

Questão 9 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Figuras de Linguagem textos literários

Na sua imaginação perturbada sentia a natureza toda agitando-se para sufocá-la. Aumentavam as sombras. No céu, nuvens colossais e túmidas rolavam para o abismo do horizonte... Na várzea, ao clarão indeciso do crepúsculo, os seres tomavam ares de monstros... As montanhas, subindo ameaçadoras da terra, perfilavam-se tenebrosas... Os caminhos, espreguiçando-se sobre os campos, animavam-se quais serpentes infinitas... As árvores soltas choravam ao vento, como carpideiras fantásticas da natureza morta... Os aflitivos pássaros noturnos gemiam agouros com pios fúnebres. Maria quis fugir, mas os membros cansados não acudiam aos ímpetos do medo e deixavam-na prostrada em uma angústia desesperada.

ARANHA, J. P. G. Canaã, São Paulo: Ática, 1997.

No trecho, o narrador mobiliza recursos de linguagem que geram uma expressividade centrada na percepção da



a)

relação entre a natureza opressiva e o desejo de libertação da personagem.

b)

confluência entre o estado emocional da personagem e a configuração da paisagem.

c)

prevalência do mundo natural em relação à fragilidade humana.

d)

depreciação do sentido da vida diante da consciência da morte iminente.

e)

instabilidade psicológica da personagem face à realidade hostil.

Resolução

a) Incorreta. Não é possível afirmar que a natureza é opressiva, mas o modo como ela é apresentada, considerando a “imaginação perturbada” da personagem. Nesse sentido, o narrador utiliza recursos de linguagem que traduzem na paisagem os sentimentos de Maria.

b) Correta. A natureza é descrita pelo narrador sob uma perspectiva subjetiva, espelhando o estado emocional da personagem. Maria sente-se cansada, angustiada, tem medo; os elementos que compõem a paisagem, por sua vez, são personificados e, “na sua imaginação perturbada”, reforçam esses sentimentos. Ela vê seres monstruosos, montanhas que a ameaçam, caminhos que parecem serpentes, árvores que choram, pássaros que gemem. Enfim, “sentia a natureza toda agitando-se para sufocá-la”.

c) Incorreta. O texto enfatiza o mundo natural como modo de expressar o estado emocional da personagem no momento narrado. Sendo assim, não é possível afirmar que haja uma prevalência da natureza e tampouco que esta se sobreponha à fragilidade enquanto estado atribuído a toda a humanidade.

d) Incorreta. Embora a personagem esteja perturbada, cansada e angustiada, não se pode afirmar que haja uma consciência de morte iminente; além disso, apesar de seu estado fragilizado, “Maria quis fugir”, manifestou um desejo de reagir a essa condição, ou seja, não há uma depreciação do sentido da vida.

e) Incorreta. Maria parece estar psicologicamente abalada na cena narrada, no entanto, tal desequilíbrio não pode ser atribuído ao ambiente descrito pelo narrador e os recursos de linguagem por ele utilizados; em outras palavras, a “realidade hostil” delineada pela forma como a natureza é apresentada seria uma consequência, e não uma causa de seu abalo psíquico.

 

 

Questão 10 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Pressupostos e Subentendidos

O suor para estar em competições nacionais e internacionais de alto nível é o mesmo para homens e mulheres, mas não raramente as remunerações são menores para elas. Se no tênis, um dos esportes mais equânimes em termos de gênero, todos os principais torneios oferecem prêmios idênticos nas disputas femininas e masculinas, no futebol a desigualdade atinge seu ápice. Neymar e Marta são dois expoentes dessa paixão nacional. Ela já foi eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa. Ele conquistou o terceiro lugar na última votação para melhor do mundo. Mas é na conta bancária que a diferença entre os dois se sobressai.

Disponivel em: http://apublica.org. Acesso em: 9 ago 2017 (adaptado).

O esporte é uma manifestação cultural na qual se estabelecem relações sociais. Considerando o texto, o futebol é uma modalidade que



a)

apresenta proximidades com o tênis, no que tange às relações de gênero entre homens e mulheres.

b)

se caracteriza por uma identidade masculina no Brasil, conferindo maior remuneração aos jogadores.

c)

traz remunerações, aos jogadores e jogadoras, proporcionais aos seus esforços no treinamento esportivo.

d)

resulta em melhor eficiência para as mulheres e, consequentemente, em remuneração mais alta às jogadoras.

e)

possui jogadores e jogadoras com a mesma visibilidade, apesar de haver expoentes femininas de destaque, como Marta.

Resolução

a) Incorreta. O texto mostra que, no tênis, há equidade entre atletas de ambos os gêneros, visto que os principais torneios oferecem prêmios idênticos nas disputas femininas e masculinas. Já em relação ao futebol, o texto diz que “a desigualdade atinge seu ápice” e comprova essa afirmação mostrando que Neymar possui remuneração maior se comparada à da atleta Marta.

b) Correta. O texto mostra que, apesar de Marta ter sido eleita pela Fifa a melhor jogadora do mundo por 5 vezes, ela ganha menos que Neymar, que não tem, em seu currículo, título de melhor do mundo. Desse modo, observando a desigualdade salarial existente entre os dois atletas, pode-se concluir que o futebol é uma modalidade esportiva que se caracteriza por uma identidade masculina, visto que o atleta, mesmo não possuindo as mesmas premiações que a jogadora, tem remuneração maior.

c) Incorreta.  O texto mostra que Marta, mesmo tendo premiações e desempenho melhores que Neymar, possui um salário muito menor que o do atleta.

d) Incorreta. O texto mostra que Marta, mesmo sendo uma atleta com excelente performance, ganha bem menos que Neymar, o que invalida esta alternativa.

e) Incorreta. O texto deixa claro que a visibilidade dos jogadores é maior que a das jogadoras, visto que estas não possuem remuneração condizente à sua performance. Marta, por exemplo, possui melhor desempenho em campo que Neymar (número de gols pela seleção), mas ganha bem menos que ele.