Em Xangai, uma loja especializada em café oferece uma opção diferente para adoçar a bebida. A chamada sweet little rain consiste em uma xícara de café sobre a qual é pendurado um algodão‐doce, material rico em sacarose, o que passa a impressão de existir uma nuvem pairando sobre o café, conforme ilustrado na imagem.
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O café quente é então adicionado na xícara e, passado um tempo, gotículas começam a pingar sobre a bebida, simulando uma chuva doce e reconfortante. A adição de café quente inicia o processo descrito, pois
Note e adote: Temperatura de fusão da sacarose à pressão ambiente = 186 °C; Solubilidade da sacarose a 20 °C = 1,97 kg/L de água.
a) |
a temperatura do café é suficiente para liquefazer a sacarose do algodão‐doce, fazendo com que este goteje na forma de sacarose líquida. |
b) |
o vapor de água que sai do café quente irá condensar na superfície do algodão‐doce, gotejando na forma de água pura. |
c) |
a sacarose que evapora do café quente condensa na superfície do algodão‐doce e goteja na forma de uma solução de sacarose em água. |
d) |
o vapor de água encontra o algodão‐doce e solubiliza a sacarose, que goteja na forma de uma solução de sacarose em água. |
e) |
o vapor de água encontra o algodão-doce e vaporiza a sacarose, que goteja na forma de uma solução de sacarose em água. |
a) Incorreto. Não acontece liquefação da sacarose, pois esta interage com a água sendo solvatada. Além disso, o ponto de fusão da sacarose é acima de 160°C, logo, não seria possível passar para o estado líquido, visto que a temperatura do café seria no máximo algo em torno de 100°C.
b) Incorreto. De fato, o vapor de água ao entrar em contato com o algodão forma núcleos de condensação, mas não precipitam na forma e água pura, visto que o componente constituinte do algodão é solúvel nela.
c) Incorreto. O texto não informa se há açúcar no café, no entanto, deixa a entender que não há ("opção diferente para adoçar a bebida"). De qualquer forma, a sacarose é termicamente instável e não evaporaria, pois se decompõe antes.
d) Correto. O café quente perde moléculas de água para fase gasosa devido à pressão de vapor do solvente, de tal forma que, ao entrarem em contato com o algodão-doce, solubilizam as moléculas de sacarose, visto que essas são polares e interagem com a água por ligação de hidrogênio através dos grupos hidroxilas presentes em sua estrutura, conforme apresentado abaixo.
e) Incorreto. Conforme citado anteriormente, a sacarose não vaporiza, pois é termicamente instável.
Equipamentos domésticos chamados de vaporizadores para roupa utilizam o vapor de água gerado por um sistema de resistências elétricas a partir de água líquida. Um equipamento com potência nominal de 1.600 W foi utilizado para passar roupas por 20 minutos, consumindo 540 mL de água. Em relação ao gasto total de energia do equipamento, o gasto de energia utilizado apenas para vaporizar a água, após ela já ter atingido a temperatura de ebulição, equivale a, aproximadamente,
Note e adote:
Entalpia de vaporização da água a 100 °C = 40 kJ/mol;
Massa molar da água = 18 g/mol;
Densidade da água = 1 g/mL.
a) |
0,04%. |
b) |
0,062%. |
c) |
4,6%. |
d) |
40%. |
e) |
62%. |
Sendo a potência do aparelho igual a 1,6 kW (1600 W) e o tempo total de utilização igual a 1200 segundos (20 minutos), o gasto total de energia do vaporizador é dado por:
O gasto de energia utilzado apenas na vaporização da água pode ser obtido por:
Comparando os dois resultados, temos:
Pesquisadores (...) conseguiram controlar reações químicas de um modo inovador. Usaram feixes de laser para promover um esbarrão entre dois átomos e uni‐los, criando uma molécula. Utilizando pinças ópticas (feixes de laser altamente focados capazes de aprisionar objetos microscópicos), os pesquisadores empurraram um átomo do elemento químico césio (Cs) contra um átomo de sódio (Na) até que colidissem. Um terceiro laser foi lançado sobre ambos, fornecendo energia extra para criar a molécula NaCs. Na natureza, as moléculas formam‐se a partir da interação de átomos por acaso. Por suas características químicas, césio e sódio jamais originariam uma molécula espontaneamente. (...)
Molécula criada em laboratório. Disponível em http://revistapesquisa.fapesp.br/. Adaptado.
Com base nas informações do texto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que
a) |
o Cs é um elemento químico radioativo e, devido a essa característica química, a molécula de NaCs não se formaria sem esse modo inovador (L.2), que estabiliza o decaimento. |
b) |
o raio atômico do Na é maior que o do Cs, portanto, a sua energia de ionização também é maior. O esbarrão (L.3) entre os átomos retira um elétron do Na, permitindo a ligação. |
c) |
o terceiro laser (L.8) usado no experimento serviu para retirar um nêutron do Cs, tornando‐o um cátion e possibilitando a reação com o Na. |
d) |
na natureza, com esses elementos se esbarrando por acaso (L.10‐11), a tendência seria formar CsNa, e não NaCs, justificando o caráter inovador do experimento. |
e) |
o Cs e o Na não formariam uma molécula espontaneamente (L.11‐12), uma vez que ambos têm grande tendência a formarem cátions e ligações iônicas. |
a) Incorreta. O césio (Cs) possui isótopos que podem ser radioativos (césio-137) ou não (césio-133). A molécula de NaCs não se formaria, pois esses dois elementos são metais e não conseguiriam se ligar por compartilhamento de elétrons (ligação covalente) para formar moléculas.
b) Incorreta. O raio atômico do Na é menor que o do Cs uma vez que ambos estão na mesma família da Tabela Periódica, o Na está localizado no 3o período tendo 3 camadas com elétrons, enquanto o Cs está no 6o período com 6 camadas eletrônicas. Assim, a energia de ionização do Na é maior que a do Cs, tornando a retirada de elétrons do Na mais difícil.
c) Incorreta. A retirada de nêutrons seria um fenômeno nuclear e não formaria íons. Para formar um cátion seria necessária a retirada de um elétron.
d) Incorreta. Na natureza, os átomos desses dois elementos não se ligariam formando moléculas ou compostos iônicos, pois trata-se de elementos que tendem a formar cátions, perdendo elétrons, já que apresentam baixas energias de ionização.
e) Correta. Os elementos Na e Cs não se ligam espontaneamente, pois apresentam tendência a perder elétrons (cátions) e por isso formam ligações iônicas.
Ao se preparar molho de tomate (considere apenas a fervura de tomate batido com água e azeite), é possível observar que a fração aquosa (fase inferior) fica vermelha logo no início e a fração oleosa (fase superior), inicialmente com a cor característica do azeite, começa a ficar avermelhada conforme o preparo do molho. Por outro lado, ao se preparar uma sopa de beterraba (considere apenas a fervura de beterraba batida com água e azeite), a fração aquosa (fase inferior) fica com a cor rosada e a fração oleosa (fase superior) permanece com sua coloração típica durante todo o processo, não tendo sua cor alterada.
Considerando as informações apresentadas no texto e no quadro, a principal razão para a diferença de coloração descrita é que a fração oleosa
a) |
fica mais quente do que a aquosa, degradando a betanina; o mesmo não é observado com o licopeno, devido à sua cadeia carbônica longa. |
b) |
está mais exposta ao ar, que oxida a betanina; o mesmo não é observado com o licopeno, devido à grande quantidade de duplas ligações. |
c) |
é apolar e a betanina, polar, havendo pouca interação; o mesmo não é observado com o licopeno, que é apolar e irá interagir com o azeite. |
d) |
é apolar e a aquosa, polar, mantendo‐se separadas; o licopeno age como um surfactante misturando as fases, colorindo a oleosa, enquanto a betanina não. |
e) |
tem alta viscosidade, facilitando a difusão do licopeno, composto de menor massa molar; o mesmo não é observado para a betanina, com maior massa. |
a) Incorreta. Não é possível determinar qual das fases (oleosa ou aquosa) se encontra em maior temperatura. Entretanto, deve-se notar que a betanina, composto polar que faz ligações de hidrogênio com a água, encontra-se na fase aquosa (polar) e não na fase oleosa (apolar), dessa forma, a betanina não sofreria degradação na fase oleosa. Além disso, dependendo da temperatura, tanto a betanina quanto o licopeno poderiam sofrer degradação.
b) Incorreta. Apesar da fração oleosa estar mais exposta ao ar e a betanina poder sofrer oxidação (as hidroxilas poderiam ser oxidadas), a betanina, por ser polar, está presente na fase aquosa (polar) e não na fase oleosa (apolar), que está mais exposta ao ar. Além disso, o licopeno também poderia sofrer oxidação devido à grande quantidade de duplas ligações.
c) Correta. A fração oleosa é apolar e a betanina, molécula que possui vários grupos polares (principalmente hidroxilas e grupos carboxílicos), é polar, de tal forma que a interação entre elas é pequena. Já o licopeno é um alceno, molécula apolar, portanto, interage bem com a fase oleosa (azeite, constituído majoritariamente por ácidos graxos) que também é apolar.
d) Incorreta. De fato, a fase oleosa é apolar e a fase aquosa é polar, mantendo-se separadas. Todavia, o licopeno, que é apolar, não atua como um surfactante, o qual deve possuir um grupo (cabeça) polar e uma cadeia (cauda) apolar.
e) Incorreta. Apesar da fase oleosa ter maior viscosidade que a fase aquosa, sua alta viscosidade dificultaria a difusão do licopeno ao invés de facilitá-la.
Numa determinada condição experimental e com o catalisador adequado, ocorre uma reação, conforme representada no gráfico, que relaciona porcentagem do composto pelo tempo de reação.
Uma representação adequada para esse processo é:
a) |
limoneno p-cimeno -terpineno |
b) |
limoneno -terpineno |
c) |
limoneno + p-cimeno -terpineno |
d) |
limoneno p-cimeno |
e) |
limoneno -terpineno p-cimeno |
Pela leitura do gráfico, temos que apenas o limoneno tem uma quantidade de 100% presente no tempo 0 (início da reação) e vai dimunuiindo sua quantidade com o tempo, sendo o único reagente usado no processo. O -terpineno e o p-cimeno têm suas quantidades iniciais iguais a 0 e vão aumentando com o tempo, o que indica que serão formados na reação. Como o -terpineno, após um tempo tem sua concentração diminuída, conclui-se que ele é um intermediário da reação. Assim, podemos representar o processo como:
Obs.: O processo não pode ser equilíbrio (processo reversível), pois a quantidade de limoneno final é nula. Também não há catalisador já que esse teria que estar presente no início da reação e no final a sua quantidade deveria ser igual a inicial.
Os chamados “remédios homeopáticos” são produzidos seguindo a farmacotécnica homeopática, que se baseia em diluições sequenciais de determinados compostos naturais. A dosagem utilizada desses produtos é da ordem de poucos mL.Uma das técnicas de diluição homeopática é chamada de diluição centesimal (CH), ou seja, uma parte da solução é diluída em 99 partes de solvente e a solução resultante é homogeneizada (ver esquema).
Alguns desses produtos homeopáticos são produzidos com até 200 diluições centesimais sequenciais (200CH).
Considerando uma solução de partida de 100 mL com concentração 1 mol/L de princípio ativo, a partir de qual diluição centesimal a solução passa a não ter, em média, nem mesmo uma molécula do princípio ativo?
Note e adote: Número de Avogadro =
a) |
12ª diluição (12CH). |
b) |
24ª diluição (24CH). |
c) |
51ª diluição (51CH). |
d) |
99ª diluição (99CH). |
e) |
200ª diluição (200CH). |
Considerando a concentração inicial , ao tomarmos 1 mL dessa solução e diluirmos em 99 mL de água teremos um total de 100 mL de solução. Dessa forma, a concentração final () diminuirá 100 vezes a cada etapa, pois:
Para a segunda dilução e concentração final C2, teremos:
É possível observar que as concetrações formam uma progressão geométrica de razão . Desse modo, temos o termo geral da PG:
onde n representa o número de diluições.
Considerando que a concentração inicial é de 1 mol/L, temos o equivalente a 6×1023 moléculas por litro (). Sendo assim, para sobrar apenas 1 molécula (), teremos no mínimo:
Visto que o , ou seja, , temos que, ao dividir esta inequação por 2, chegaremos em:
Considerando a relação anterior para o resultado de n, teremos que:
Assim, serão necessárias pelo menos 12 diluições centesimais para que sobre ao menos 1 molécula ao final.
Como o objetivo é que não se tenha nem ao mesmo uma molécula, então, o número de diluições deverá ser a partir de 12.
O gás hélio disponível comercialmente pode ser gerado pelo decaimento radioativo, sobretudo do urânio, conforme esquematizado pela série de decaimento. Desde a formação da Terra, há 4,5 bilhões de anos, apenas metade do 238U decaiu para a formação de He.
Com base nessas informações e em seus conhecimentos, é correto afirmar:
a) |
O decaimento de um átomo de 238U produz, ao final da série de decaimento, apenas um átomo de He. |
b) |
O decaimento do 238U para 234U gera a mesma quantidade de He que o decaimento do 234U para 230Th. |
c) |
Daqui a 4,5 bilhões de anos, a quantidade de He no planeta Terra será o dobro da atual. |
d) |
O decaimento do 238U para 234U gera a mesma quantidade de He que o decaimento do 214Pb para 214Po. |
e) |
A produção de He ocorre pela sequência de decaimento a partir do 206Pb. |
a) Incorreta. No decaimento do 238U há emissões de partículas que podem ser consideradas núcleos de átomos de He por possuírem 2 prótons e 2 nêutrons. No deciamento todo são formadas 8 partículas , ou seja, 8 núcleos de He.
b) Correta. No decaimento de 238U para 234U temos a emissão de 1 partícula (ou 1 núcleo de He), mesma quantidade emitida na transformação de 234U para 230Th.
c) Incorreta. Pelo enunciado em 4,5 bilhões de anos (desde a formação da Terra), apenas metade do 238U decaiu, ou seja, a meia vida do 238U é 4,5 bilhões de anos. Assim, daqui a 4,5 bilhões de anos, metade da quantidade de 238U presente hoje irá decair formando He. Teremos, então, uma quantidade de He igual a atual mais 25%, considerando apenas esse processo para a formação de He:
d) Incorreta. O decaimento de 238U para 234U gera 1 partícula (ou 1 núcleo de He) enquanto que o decaimento do 214Pb para 214Po não emite partícula .
e) Incorreta. A formação de He ocorre a partir do decaimento de 238U, pois é a primeira emissão da partícula .
Obs.: Nas emissões de partícula , temos a formação de núcleos de átomos de He, que posteriormente se transformarão em átomos de He na natureza ao "pegar" elétrons da matéria ao redor.
Os movimentos das moléculas antes e depois de uma reação química obedecem aos princípios físicos de colisões. Para tanto, cada átomo é representado como um corpo pontual com uma certa massa, ocupando uma posição no espaço e com uma determinada velocidade (representada na forma vetorial). Costumeiramente, os corpos pontuais são representados como esferas com diâmetros proporcionais à massa atômica. As colisões ocorrem conservando a quantidade de movimento. Considerando um referencial no qual as moléculas neutras encontram‐se paradas antes e após a colisão, a alternativa que melhor representa o arranjo de íons e moléculas instantes antes e instantes depois de uma colisão que leva à reação
é
Note e adote: Massas atômicas: H = 1 u.m.a., C = 12 u.m.a., F = 19 u.m.a. e Cl = 35 u.m.a.
Considere que apenas o isótopo de cloro Cl = 35 u.m.a. participa da reação.
a) |
Antes da colisão Após a colisão |
b) |
Antes da colisão Após a colisão |
c) |
Antes da colisão Após a colisão |
d) |
Antes da colisão Após a colisão |
e) |
Antes da colisão Após a colisão |
No enunciado é informado que os diâmetros dos corpos são proporcionais às massas atômicas. Assim, ao representar os átomos como esferas, tem-se a seguinte ordem crescente de diâmetro para os átomos neutros: d(H) < d(C) < d(F) < d(Cl). Deve-se lembrar também que um ânion sempre tem um raio (e, consequentemente, um diâmetro) maior do que seu átomo neutro. A partir disso, são feitas as análises das alternativas:
a) Incorreta. De acordo com a equação, nota-se que, nos produtos, deveria ocorrer a formação de apenas uma esfera, que representaria o íon cloro (monoatômico), e, na colisão representada, nos produtos existe uma espécie diatômica e uma poliatômica, o que não é coerente com a equação química.
b) Incorreta. Explicação análoga à explicação da alternativa A.
c) Correta. Ao analisar a situação após a colisão, nota-se a presença de uma espécie poliatômica (molécula neutra), que está em repouso, e de uma espécie monoatômica (que seria o íon cloro), o que é coerente com a equação química. Além disso, nota-se também que os vetores velocidade para as espécies monoatômicas antes e após a colisão (íons flúor e cloro, respectivamente) têm intensidades diferentes, o que é coerente com os valores de suas massas e com a conservação da quantidade de movimento: notando que a espécie poliatômica (neutra) permanece em repouso antes e após a colisão, o íon flúor, por ter uma massa menor, teria uma maior velocidade e o íon cloro, por ter uma massa maior, teria uma menor velocidade.
d) Incorreta. Após a colisão, a espécie poliatômica, que representaria a molécula neutra, está se movendo, conforme indicado pelo vetor velocidade, o que é incoerente com a informação dada no enunciando de que as moléculas neutras se encontram em repouso antes e após a colisão.
e) Incorreta. A espécie monoatômica antes da colisão, que seria o íon flúor, está representado com diâmetro maior do que a espécie monoatômica após a colisão, que seria o íon cloro, e isso não é coerente, uma vez que o diâmetro do átomo neutro de flúor é menor o diâmetro do átomo neutro de cloro, e como ambos ganham um elétron para formar os ânions, esperar-se-ia que os raios iônicos obedecessem a mesma ordem, sendo o diâmetro do íon flúor menor que o do íon cloro.
Quando o nosso corpo é lesionado por uma pancada, logo se cria um hematoma que, ao longo do tempo, muda de cor. Inicialmente, o hematoma torna‐se avermelhado pelo acúmulo de hemoglobina. Em seguida, surge uma coloração azulada, decorrente da perda do O2 ligado ao Fe do grupo heme. Essa coloração torna‐se, então, esverdeada (biliverdina) e, após isso, surge um tom amarelado na pele (bilirrubina). Essa sequência de cores ocorre pela transformação do grupo heme da hemoglobina, como representado a seguir:
Com base nas informações e nas representações, é correto afirmar:
a) |
A conversão da biliverdina em bilirrubina ocorre por meio de uma redução. |
b) |
A biliverdina, assim como a hemoglobina, é capaz de transportar O2 para as células do corpo, pois há oxigênio ligado na molécula. |
c) |
As três estruturas apresentadas contêm o grupo funcional amida. |
d) |
A degradação do grupo heme para a formação da biliverdina produz duas cetonas. |
e) |
O grupo heme, a biliverdina e a bilirrubina são isômeros. |
a) Correta. Na transformação da biliverdina para a bilirrubina há hidrogenação numa ligação dupla e uma alteração na posição de uma outra ligação dupla em um dos ciclos. Com isso, há alteração de NOX em dois átomos de carbono, diminuindo o valor do NOX desses dois átomos no processo (redução).
b) Incorreta. O transporte de oxigênio ocorre pelo átomo de Fe presente apenas no grupo Heme.
c) Incorreta. A função amida é caracterizada pela presença de nitrogênio ligado à carbonila, ou seja, pela presença do seguinte grupo funcional:
Observa-se a presença da função amida apenas na Biliverdina e na Bilirrubina, conforme destacado nas estruturas a seguir:
d) Incorreta. A degradação do grupo heme produz duas amidas na biliverdina, conforme destacado na imagem anterior.
e) Incorreta. Isômeros são moléculas que apresentam fórmulas moleculares iguais, mas estruturas diferentes. A oxidação do grupo heme implica na adição de oxigênio na molécula, portanto, tal molécula difere ao menos na quantidade de átomos de oxigênio, dentre outros elementos, em relação às duas outras moléculas. A biliverdina ao reduzir ganha hidrogênios, portanto, difere na quantidade de H em relação à bilirrubina.
Desse modo, as moléculas não podem ser isômeras, pois apresentam diferentes fórmulas moleculares. Especificamente, temos:
Grupo Heme: C34H36N4O4Fe
Biliverdina: C33H34N4O6
Bilirrubina: C33H36N4O6
A reação de cetonas com hidrazinas, representada pela equação química
pode ser explorada para a quantificação de compostos cetônicos gerados, por exemplo, pela respiração humana. Para tanto, uma hidrazina específica, a 2,4‐dinitrofenilhidrazina, é utilizada como reagente, gerando um produto que possui cor intensa.
Considere que a 2,4‐dinitrofenilhidrazina seja utilizada para quantificar o seguinte composto:
Nesse caso, a estrutura do composto colorido formado será:
a) |
|
b) |
|
c) |
|
d) |
|
e) |
|
Com base no esquema de reação apresentado como exemplo, podemos concluir que o nitrogênio proveniente de um grupo -NH2 se ligará com o carbono carbonílico (carbono ligado ao oxigênio por ligação dupla) e, portanto, perderá os dois hidrogênios ao passo que o carbono perderá o oxigênio, levando à formação de água no processo.
Sendo assim, ao reagir o composto 2,4-dinitrofenilhidrazina (reagente em vermelho) com a molécula 5-metilexan-3-ona (reagente em azul), teremos o acoplamento do carbono da carbonila ao nitrogênio do grupo amino e consequente eliminação de água:
Observação: Esta reação é uma adição nucleofílica de hidrazina à carbonila, que ocorre sob catálise básica, sendo o produto denominado hidrazona, pois possui o grupo funcional –C=N–N–. O mecanismo reacional ocorre a partir do ataque nucleofílico do nitrogênio (que é uma base de Lewis) à carbonila formando um intermediário com grupo hidroxila, o qual é eliminado na forma de OH- regenerando a base que atua como catalisador :