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Fuvest - 1ª fase


Questão 81 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Intertextualidade e Interdiscursividade

Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:

— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?

— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.

R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado. 


No terceiro parágrafo do texto, a expressão que indica, de modo mais evidente, o distanciamento social do segundo interlocutor em relação às pessoas a que se refere é

 



a)
“disposição para o trabalho”.
b)
“vibração empreendedora”.
c)
“feição muito particular”.
d)
“saindo para trabalhar”.
e)
“dessa gente”.
Resolução

Para resolver essa questão, era necessário que o candidato atentasse para o enunciado, que solicitava claramente uma expressão de “distanciamento social”, conhecimento este relacionado à compreensão da articulação das pessoas do discurso. As quatro primeiras alternativas são incorretas, uma vez que em nenhuma delas é possível depreender um efeito de sentido discursivo que se aproxime ou se distancie do interlocutor; bastava observar que todas abrangiam uma descrição, caracterização, das pessoas de São Paulo. Entretanto, esse mecanismo não ocorre na alternativa E, que é a única a relacionar por meio do uso do pronome “dessa” (dessa gente) os conterrâneos de São Paulo e o interlocutor. Tal relação é expressivamente distanciada, marcando que distintamente as pessoas do discurso: quem fala (interlocutor) e sobre quem se fala (os cidadãos de São Paulo). O sentido contrário (aproximação) seria obtido caso o interlocutor utilizasse o pronome “nossa” (nossa gente), que configuraria a sua inclusão entre as pessoas de São Paulo.

Questão 82 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

variante não-padrão

Já na segurança da calçada, e passando por um trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à queima-roupa:

— Você conhece alguma cidade mais feia do que São Paulo?

— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa gente.

R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado. 


Ao reproduzir um diálogo, o texto incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, caso da palavra “garra”, quanto de ordem gramatical, como, por exemplo,

 



a)
“lanço à queima-roupa”.
b)
“Agora você me pegou”.
c)
“deixa eu ver”.
d)
“Bogotá é muito feiosa”.
e)
“é algo que me toca”.
Resolução

O enunciado esclarece que as marcas de oralidade incorporadas pelo texto podem ser tanto de ordem léxica (vocabulário), quanto de ordem gramatical (nível sintático). A questão solicita que candidato identifique um fenômeno gramatical entre as alternativas. Assim, “queima-roupa”, “me pegou”, “feiosa” e “me toca” são todas marcas de oralidade lexical, pois envolvem vocabulário, escolha de palavras. Apenas na alternativa C temos uma marca de oralidade gramatical, de ordem sintática, com a falta de uniformidade de tratamento das pessoas do discurso. O interlocutor é “você” (Agora você me pegou), mas o imperativo “deixa” é válido para o uso do pronome “tu”. O correto seria “deixe”. Além disso, o uso do pronome pessoal do caso reto “eu” como complemento do verbo “deixar” não é a estrutura consagrada pela gramática normativa, que prefere o uso do pronome pessoal do caso oblíquo “me”. Assim, satisfazendo a todas as premissas sintáticas, a estrutura consagrada pela gramática normatiza neste caso seria “deixe-me ver”.

Questão 83 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Romantismo no Brasil

Neste poema,

 



a)
a referência a um acontecimento histórico, ao privilegiar a objetividade, suprime o teor lírico do texto.
b)
parte da força poética do texto provém da associação da imagem tradicionalmente positiva da rosa a atributos negativos, ligados à ideia de destruição.
c)
o caráter politicamente engajado do texto é responsável pela sua despreocupação com a elaboração formal.
d)
o paralelismo da construção sintática revela que o texto foi escrito originalmente como letra de canção popular.
e)
o predomínio das metonímias sobre as metáforas responde, em boa medida, pelo caráter concreto do texto e pelo vigor de sua mensagem.
Resolução

a) Incorreta. Embora o autor parta de um acontecimento histórico (a bomba lançada sobre Hiroshima), não privilegia a objetividade (ainda que não prescinda totalmente dela). Além disso, mesmo nos momentos em que o texto alude a circunstâncias objetivamente justificáveis (como a hereditariedade), não deixa de enfatizar o aspecto lírico.

b) Correta. De fato, parte da expressividade do texto se baseia na ressignificação da rosa. Tradicionalmente associada à positividade: beleza, delicadeza, vida, juventude; foi no texto de Vinícius de Moraes identificada com o cogumelo atômico. Não é demais comentar que Vinícius de Moraes conseguir inovar (surpreendentemente) retomando uma temática muito antiga que é o da ‘caducidade da rosa’ ou também chamado tempus fugit a partir da qual se discorre acerca da brevidade da vida.

c) Incorreta. Embora se trate de um texto, de fato, politicamente engajado; não se pode dizer que apresente despojamento formal. Na verdade, pode-se dizer que neste caso, a poesia de Vinícius de Moraes apresente semelhança com a obra de João Cabral (que sempre procurou conciliar preocupação social e preocupação formal) e a poesia do Drummond da obra A Rosa do Povo, de 1945 – que escreveu que, em decorrência da 2ª grande guerra, A poesia fugiu dos livros, agora está nos jornais. Mas não deixava de convidar/convocar o leitor: chega mais perto e contempla as palavras/cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra.

d) Incorreta. Embora exista uma versão musicada do referido poema, tal versão foi criada pela banda Secos e molhados (sucesso na década de 70). Portanto, a música fez sucesso cerca de 25 anos depois do poema ter sido escrito por Vinícius de Moraes.

e) Incorreta. Praticamente não há metonímias no texto, enquanto que há várias metáforas, a começar pelo título.

Questão 84 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

aliteração sinestesia

A ROSA DE HIROXIMA
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas                            

Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam        

Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida        

A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.


Dentre os recursos expressivos presentes no poema, podem-se apontar a sinestesia e a aliteração, respectivamente, nos versos

 



a)
2 e 17.
b)
1 e 5.
c)
8 e 15.
d)
9 e 18.
e)
14 e 3.
Resolução

a) Incorreta. Não há sinestesia (simultaneidade de sensações ligadas a diferentes órgãos) no verso 2; além disso, a figura de sonoridade presente no verso 17 seria melhor classificada como eco (repetição do morfema sem) e não aliteração (repetição intencional de fonema consonantal).

b) Incorreta. Tanto o verso 1 quanto o verso 5 estão em linguagem denotativa.

c) Correta. O verso 8 como rosas cálidas (lido como continuação do verso anterior) pode ser interpretado como uma comparação entre ‘feridas’ e ‘rosas’. A associação mais provável entre ferida e rosa dar-se-ia no plano imagético. O termo ‘cálido’, por sua vez, pode ser entendido como ‘quente’. Portanto, a simultaneidade de imagem (percepção visual) e temperatura (percepção táctil) é indicativa da sinestesia. Além disso, o verso 15 (a rosa com cirrose) tem sonoridade marcada pela repetição do fonema consonantal ‘r’. Logo, apresenta aliteração.

d) Incorreta. Pois, embora o verso 18 apresente uma aliteração (repetição do fonema ‘s’), o verso 9 está em linguagem denotativa.

e) Incorreta. Pois, o verso 14 apresenta assonância (repetição do ‘i’) e não sinestesia; além disso, o verso 3 não apresenta figura de linguagem.

Questão 85 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Funções da Linguagem

A ROSA DE HIROXIMA
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas                            

Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam        

Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida        

A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Vinicius de Moraes, Antologia poética.


Os aspectos expressivo e exortativo do texto conjugam-se, de modo mais evidente, no verso:

 



a)
“Mudas telepáticas”. (V. 2)
b)
“Mas oh não se esqueçam”. (V. 9)
c)
“Da rosa da rosa”. (V. 10)
d)
“Estúpida e inválida”. (V. 14)
e)
“A antirrosa atômica”. (V. 16)
Resolução

a) Incorreta. Embora o verso 2 (mudas telepáticas) represente bem a expressividade do poema, não representa seu caráter exortativo (persuasivo).

b) Correta. De fato, o verso 9 (Mas oh não se esqueçam) tanto poderia ser relacionado à função emotiva/expressiva (expressividade) quanto à função conativa/apelativa (aspecto exortativo).

c) Incorreta. O verso 10 (Da rosa da rosa) representa de modo mais direto o cuidado com a forma (mais especificamente com a sonoridade) do que com o conteúdo (expressividade).

d) Incorreta. O verso 14 (estúpida e inválida) pode ser entendido como bom exemplo da expressividade do poema mas não de seu aspecto exortativo.

e) Incorreta. Conforme o mesmo motivo apresentado na opção (d).

Questão 86 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Health

 

 

The perils of counterfeit drugs go way beyond being ripped off by dubious online pill-pushers. The World Health Organization (WHO) estimates that 50 per cent of all medicines sold online are worthless counterfeits. In developing nations fake pills may account for as much as 30 per cent of all drugs on the market. Even in the developed world, 1 per cent of medicines bought over the counter are fakes.

Some key events illustrate the risk these pose. In Nigeria, 2500 children died in 1995 after receiving fake meningitis vaccines. In Haiti, Bangladesh and Nigeria, around 400 people died in 1998 after being given paracetamol that had been prepared with diethylene glycol – a solvent used in wallpaper stripper. The fakers are nothing if not market-aware: in the face of an outbreak of H5N1 bird flu in 2005, they began offering fake Tamiflu.

What can be done? The WHO coordinates an umbrella body called the International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), an industry initiative that issues alerts when it finds anomalies in the medicine supply chain. Such events include sudden drops in wholesale prices, hinting at fakes coming onto the market, or the mimicking of anti-counterfeiting features on packaging, such as holograms or barcodes, says Nimo Ahmed, head of intelligence at the UK’s Medicine and Healthcare Products Regulatory Agency.

New Scientist, 10 July 2010, p. 18. Adaptado.

De acordo com o texto, medicamentos falsificados, em geral,

 



a)
são consumidos apenas em países pobres e de pouco acesso à internet.
b)
encontram dificuldade de comercialização com o aparecimento de novas doenças.
c)
são ineficazes e contêm elementos danosos à saúde em sua composição.
d)
possuem embalagens atraentes que ludibriam o consumidor.
e)
vêm sendo criteriosamente apreendidos pela Organização Mundial da Saúde.
Resolução

a) Incorreta. Segundo o texto, medicamentos falsificados são vendidos tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento, embora em maior número nos últimos. O primeiro parágrafo do texto fornece as seguintes informações: “A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 50 por cento de todos os medicamentos vendidos online são falsificações ineficazes. Em nações em desenvolvimento, as pílulas falsas podem chegar a 30 por cento de todas os medicamentos no mercado. Até mesmo no mundo desenvolvido, 1 por cento dos remédios comprados em balcões são falsificados.” (The World Health Organization estimates that 50 per cent of all medicines sold online are worthless counterfeits. In developing nations fake pills may account for as much as 30 per cent of all drugs on the market. Even in the developed world, 1 per cent of medicines bought over the counter are fakes.)

b) Incorreta. O texto informa que os falsificadores de remédios têm conhecimento de mercado (o que se evidencia pelo termo market-aware), aproveitando o surgimento de picos de doenças para lançarem falsificações, como no caso da gripe aviária de 2005 (In the face of an outbreak of H5N1 bird flu in 2005, they began offering fake Tamiflu). Portanto, não é coerente dizer que os medicamentos falsos encontram dificuldade de comercialização com o aparecimento de novas doenças que, ao contrário, significam oportunidades maiores de venda.

c) Correta. No primeiro parágrafo do texto, os medicamentos falsificados são descritos como worthless, que podemos traduzir como “ineficazes”. Além disso, o segundo parágrafo traz exemplos de danos à saúde causados por tais medicamentos: na Nigéria, 2500 crianças morreram em 1995 depois de receberem vacinas falsas de meningite. No Haiti, Bangladesh e na Nigéria, por volta de 400 pessoas morreram em 1998 depois de receberem paracetamol que havia sido preparado com dietilenoglicol – um solvente usado para remover papéis de parede. (In Nigeria, 2500 children died in 1995 after receiving fake meningitis vaccines. In Haiti, Bangladesh and Nigeria, around 400 people died in 1998 after being given paracetamol that had been prepared with diethylene glycol – a solvent used in wallpaper stripper”).

d) Incorreta. Não é mencionado que os medicamentos falsificados sejam colocados em embalagens atraentes. Temos, ao contrário, a informação de que eles tentam copiar as características anti-falsificação nas embalagens, como hologramas e códigos de barra (trecho do terceiro parágrafo: “mimicking of anti-counterfeiting features on packaging, such as holograms or barcodes...”)

e) Incorreta. O texto não fornece informações quanto à apreensão dos medicamentos falsificados. Apenas informa que a OMS coordena uma iniciativa industrial (International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce – IMPACT) que alerta quando encontra anomalias na cadeia de fornecimento de remédios (trecho do terceiro parágrafo: “The WHO coordinates an umbrella body called the International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), an industry initiative that issues allerts when it finds anomalies in the medicine supply chain”)

Questão 87 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Health

 

The perils of counterfeit drugs go way beyond being ripped off by dubious online pill-pushers. The World Health Organization (WHO) estimates that 50 per cent of all medicines sold online are worthless counterfeits. In developing nations fake pills may account for as much as 30 per cent of all drugs on the market. Even in the developed world, 1 per cent of medicines bought over the counter are fakes.

Some key events illustrate the risk these pose. In Nigeria, 2500 children died in 1995 after receiving fake meningitis accines. In Haiti, Bangladesh and Nigeria, around 400 people died in 1998 after being given paracetamol that had been prepared with diethylene glycol – a solvent used in wallpaper stripper. The fakers are nothing if not market-aware: in the face of an outbreak of H5N1 bird flu in 2005, they began offering fake Tamiflu.

What can be done? The WHO coordinates an umbrella body called the International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), an industry initiative that issues alerts when it finds anomalies in the medicine supply chain. Such events include sudden drops in wholesale prices, hinting at fakes coming onto the market, or the mimicking of anti-counterfeiting features on packaging, such as holograms or barcodes, says Nimo Ahmed, head of intelligence at the UK’s Medicine and Healthcare Products Regulatory Agency.

New Scientist, 10 July 2010, p. 18. Adaptado.

O texto informa que os falsificadores



a)
atuam na venda de remédios no mercado atacadista.
b)
b) roubam o selo de qualidade da Organização Mundial da Saúde.
c)
utilizam placebo nos medicamentos.
d)
d) apresentam-se como representantes oficiais da indústria farmacêutica.
e)
e) estão sempre alertas à demanda do mercado.
Resolução

a) Incorreta. O texto sequer menciona o mercado atacadista, informando que os remédios falsificados são vendidos pela internet (“sold online”) ou adquiridos em balcões de drogarias (“bought over the counter”.

b) Incorreta. Segundo o texto, os falsificadores não roubam, mas tentam copiar as características anti-falsificação nas embalagens dos remédios, como hologramas e códigos de barra (trecho do terceiro parágrafo: “mimicking of anti-counterfeiting features on packaging, such as holograms or barcodes...”).

c) Incorreta. Não foi citado em momento algum do texto que os remédios falsificados utilizam placebo. É interessante lembrar que placebo em inglês é, também, “placebo”.

d) Incorreta. Em nenhum momento o texto informa que os falsificadores se apresentam como representantes da indústria farmacêutica.

e) Correta. Segundo o texto, os falsificadores de remédios têm conhecimento de mercado (são “market-aware”), aproveitando o surgimento de picos de doenças para lançarem falsificações, como no caso da gripe aviária de 2005 (In the face of an outbreak of H5N1 bird flu in 2005, they began offering fake Tamiflu).

Questão 88 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Health

 

The perils of counterfeit drugs go way beyond being ripped off by dubious online pill-pushers. The World Health Organization (WHO) estimates that 50 per cent of all medicines sold online are worthless counterfeits. In developing nations fake pills may account for as much as 30 per cent of all drugs on the market. Even in the developed world, 1 per cent of medicines bought over the counter are fakes.

Some key events illustrate the risk these pose. In Nigeria, 2500 children died in 1995 after receiving fake meningitis accines. In Haiti, Bangladesh and Nigeria, around 400 people died in 1998 after being given paracetamol that had been prepared with diethylene glycol – a solvent used in wallpaper stripper. The fakers are nothing if not market-aware: in the face of an outbreak of H5N1 bird flu in 2005, they began offering fake Tamiflu.

What can be done? The WHO coordinates an umbrella body called the International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), an industry initiative that issues alerts when it finds anomalies in the medicine supply chain. Such events include sudden drops in wholesale prices, hinting at fakes coming onto the market, or the mimicking of anti-counterfeiting features on packaging, such as holograms or barcodes, says Nimo Ahmed, head of intelligence at the UK’s Medicine and Healthcare Products Regulatory Agency.

New Scientist, 10 July 2010, p. 18. Adaptado.

Segundo o texto, para conter a venda de medicamentos falsificados, a Organização Mundial da Saúde



a)
estimula a venda promocional de medicamentos importantes sempre que necessário.
b)
coordena o trabalho de uma organização que acompanha o fornecimento de remédios no mercado farmacêutico, alertando para possíveis irregularidades.
c)
exige que todos os medicamentos exibam o holograma da organização e o código de barras.
d)
d) controla o lançamento de novos medicamentos no mercado, a exemplo do Tamiflu.
e)
autoriza apenas a comercialização de medicamentos que passaram pelo crivo das agências sanitárias internacionais.
Resolução

a) Incorreta. O texto não menciona a venda promocional de medicamentos importantes.

b) Correta. No terceiro parágrafo do texto encontramos a informação de que a OMS coordena uma iniciativa industrial (International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce – IMPACT) que alerta quando encontra anomalias na cadeia de fornecimento de remédios (trecho do terceiro parágrafo: “The WHO coordinates an umbrella body called the International Medical Products Anti-Counterfeiting Taskforce (IMPACT), an industry initiative that issues allerts when it finds anomalies in the medicine supply chain”).

c) Incorreta. No terceiro parágrafo, o texto afirma que existem características anti-falsificação na embalagem dos medicamentos, tais como hologramas e códigos de barra (“anti-counterfeiting features on packaging, suck as holograms and barcodes”), mas não menciona se a OMS exige que todos os medicamentos exibam o holograma da organização e o código de barras.

d) Incorreta. O texto menciona a falsificação de Tamiflu no Segundo parágrafo, mas não informa se a OMS controla o lançamento de novos medicamentos (além disso, se há falsificação, pode-se concluir que não há controle).

e) Incorreta. Não há qualquer menção às agências sanitárias internacionais no texto.

Questão 89 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Politics

TEXTO PARA AS QUESTÕES 89 E 90

Europe’s economic distress could be China’s opportunity. In the past, the country has proved a hesitant investor in the continent, but figures show a 30 percent surge in new Chinese projects in Europe last year. And these days Europe looks ever more tempting. Bargains proliferate as the yuan strengthens and cashstrapped governments forget concerns over foreign ownership of key assets. On a recent visit to Greece, Vice Premier Zhang Dejiang sealed 14 deals, reportedly the largest Chinese investment package in Europe, covering a range of sectors from construction to telecoms.

Meanwhile, Irish authorities have opened talks with Chinese promoters to develop a 240-hectare industrial park in central Ireland where Chinese manufacturers could operate inside the European Union free of quotas and costly tariffs. In time, that could bring 10,000 new jobs. “It’s good business,” says Vanessa Rossi, an authority on China at the Royal Institute of International Affairs in London. “There’s big mutual benefit here.” Europe needs money; China needs markets.

Newsweek, July 19, 2010, p. 6. Adaptado.

Text Comprehension

Segundo o texto, a China

 



a)
aproveitou o momento da crise mundial e fez vários investimentos no próprio país.
b)
teve problemas econômicos similares aos dos países europeus, mas conseguiu superá-los.
c)
hesitava em investir em países asiáticos e perdeu boas oportunidades na região.
d)
aumentou seus investimentos na Europa no ano passado.
e)
ressurgiu como potência mundial após vários anos de isolamento.
Resolução

a) Incorreta. O texto afirma que a China aproveitou o momento de crise na Europa para fazer investimentos nesse continente, e não na própria China. (“Europe’s economic distress could be China’s opportunity [...] figures show a 30 percent surge in new Chinese projects in Europe last year”).

b) Incorreta. O texto não menciona se a China passou por problemas econômicos similares aos dos países europeus.

c) Incorreta. Como citado na resolução da alternativa (a), o texto fala a respeito dos investimentos chineses na Europa, e não na Ásia. Em relação à Europa, a China de fato hesitou no passado (“In the past, the country has proved a hesitant investor in the continent...”).

d) Correta. Como informado na resolução da alternativa (a), a China de fato aumentou seus investimentos em solo europeu no ano passado (“...figures show a 30 percent surge in new Chinese projects in Europe last year”).

e) Incorreta. O texto não afirma em momento algum que a China ressurgiu como potência mundial após vários anos de isolamento.

Questão 90 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Politics

Texto para as questões 89 e 90

Europe’s economic distress could be China’s opportunity. In the past, the country has proved a hesitant investor in the continent, but figures show a 30 percent surge in new Chinese projects in Europe last year. And these days Europe looks ever more tempting. Bargains proliferate as the yuan strengthens and cashstrapped governments forget concerns over foreign ownership of key assets. On a recent visit to Greece, Vice Premier Zhang Dejiang sealed 14 deals, reportedly the largest Chinese investment package in Europe, covering a range of sectors from construction to telecoms.

Meanwhile, Irish authorities have opened talks with Chinese promoters to develop a 240-hectare industrial park in central Ireland where Chinese manufacturers could operate inside the European Union free of quotas and costly tariffs. In time, that could bring 10,000 new jobs. “It’s good business,” says Vanessa Rossi, an authority on China at the Royal Institute of International Affairs in London. “There’s big mutual benefit here.” Europe needs money; China needs markets.

Newsweek, July 19, 2010, p. 6. Adaptado.

 

Afirma-se, no texto, que a Irlanda



a)
a) negocia com a China o desenvolvimento de um parque industrial que trará benefícios à Europa e à própria China.
b)
b) possui um plano de desenvolvimento que exime os investidores de pagamento de impostos.
c)
c) enfrenta sérios problemas de desemprego, que já afetaram dez mil trabalhadores.
d)
d) deseja fechar acordos que envolvam outros países da União Europeia.
e)
e) planeja as mudanças que pretende implementar junto à Câmara Real de Negócios Internacionais, em Londres.
Resolução

a) Correta. Essa informação é fornecida no segundo parágrafo do texto: autoridades irlandesas abriam diálogo com empreendedores chineses para desenvolver um parque industrial de 240 hectares na Irlanda central, onde os produtores chineses poderiam operar dentro da União Européia livres de cotas e tarifas custosas. Com o tempo, isso poderia trazer 10.000 novos empregos. (“…Irish authorities have opened talks with Chinese promoters to develop a 240-hectare industrial park in central Ireland where Chinese manufacturers could operate inside the EU free of quotas and costly tariffs. In time, that could bring 10,000 new jobs”).

b) Incorreta. Como afirmado na resolução da alternativa (a), existe um plano na Irlanda de oferecer condições de isenção tarifária à empreendedores chineses, mas o texto não menciona o caso de outros investidores.

c) Incorreta. O texto não menciona problemas de desemprego na Irlanda, apenas afirmando que o projeto de desenvolvimento de um parque industrial chinês poderia gerar 10.000 novos empregos para o país.

d) Incorreta. Acordos que envolvam outros países da União Europeia não são citados.

e) Incorreta. A Câmara Real de Negócios Internacionais em Londres é citada no texto como local de trabalho de Vanessa Rossi, uma especialista em China que foi ouvida pela Newsweek a respeito do plano de desenvolvimento do parque industrial citado na resolução da alternativa (a).