A figura apresenta uma parte de uma tabela na qual cada linha e cada coluna seguem de acordo com o padrão representado.
Com relação a essa tabela de números:
a) Escolha um quadrado 3 × 3 e, exibindo a soma de seus 9 números, verifique que o resultado é múltiplo de 9.
b) Um quadrado com 16 números tem por soma de todos esses números o valor de 1.056 (mil e cinquenta e seis). Descubra o menor número desse quadrado.
c) A soma de todos os números de um quadrado menor número igual a 4, é de 108.000 (cento e oito mil). Qual é o valor de ?
a) Um quadrado qualquer nessa tabela terá o formato:
A soma de seus nove elementos é dada por:
Assim, para qualquer natural , a soma será um múltiplo de 9.
b) Um quadrado com 16 números terá 4 linhas e 4 colunas, no formato:
A soma de seus 16 elementos é dada por:
Como queremos que tal soma seja 1.056, segue que:
c) Consideremos um quadrado , com menor número igual a 4, que terá o formato:
Coluna 1 | Coluna 2 | Coluna | ||
Linha 1 | ||||
Linha 2 | ||||
Linha |
Observe que, independentemente do quadrado selecionado na tabela, ao longo de cada linha temos sempre progressões aritméticas de razão 1, e ao longo de cada coluna temos sempre progressões aritméticas de razão 7.
A soma dos elementos da primeira linha é dada por:
Para as próximas linhas, como cada elemento de uma linha aumenta 7 unidades em relação ao elemento imediatamente acima, a linha inteira deve aumentar de em comparação com a linha anterior.
Ou seja, as somas em cada linha formam por sua vez uma progressão aritmética PA de razão . A soma de todos os números do quadrado corresponderá, portanto, à soma dos termos dessa progressão aritmética:
Fazendo essa soma igual a , temos que:
O Floco de Neve de Koch (ou Estrela de Koch) é uma construção geométrica recursiva cujos primeiros passos se desenvolvem da seguinte forma:
Passo 0: começa-se com um triângulo equilátero de lados de medida 1 |
Passo 1: divide-se cada lado do triângulo de Passo 0 em 3 segmentos iguais e constrói-se um triângulo equilátero com base em cada segmento do meio. |
Passo 2: repete-se o procedimento descrito no Passo 1 em cada lado da figura obtida no passo anterior. |
Os passos seguintes (Passo 3, Passo 4, Passo 5, ...) seguem o mesmo procedimento descrito no Passo 1, em cada lado da figura obtida no passo anterior. Considerando os passos descritos e os próximos passos, responda:
a) Qual é o número de lados da figura no Passo 3?
b) Qual é o perímetro da figura no Passo 5?
c) A partir de qual Passo o número de lados da figura supera 6.000.000.000.000 (seis trilhões)?
Note e adote:
|
Observe que, em cada um dos passos, um segmento sempre dá origem a 4 novos segmentos, cada um com medida igual a da medida do segmento original. Veja na figura:
Assim, o número de lados da figura quadriplica a cada passo, isto é, aumenta em progressão geométrica de razão , enquanto o comprimento de cada lado diminui em progressão geométrica de razão . Temos que:
a) O número de lados no Passo 3 é dado por:
b) No passo 5, o número de lados da figura é dado por:
Por outro lado, o comprimento de lado é dado por:
Assim, o perímetro da figura no Passo 5, que é o produto do número de lados pelo comprimento de cada um, será igual a:
c) Temos que:
Dividindo ambos os membros da inequação por 6, o sinal da inequação se mantém:
Aplicando logaritmo na base 10 em ambos os membros da inequação, o sinal da inequação se mantém, pois a base é maior que 1 (logaritmos em base maior que 1 são funções estritamente crescentes):
Assim, a partir do Passo 21 o número de lados da figura supera 6 trilhões.
Um jogo educativo possui 16 peças nos formatos: círculo, triângulo, quadrado e estrela, e cada formato é apresentado em 4 cores: amarelo, branco, laranja e verde. Dois jogadores distribuem entre si quantidades iguais dessas peças, de forma aleatória. O conjunto de 8 peças que cada jogador recebe é chamado de coleção.
a) Quantas são as possíveis coleções que um jogador pode receber?
b) Qual é a probabilidade de que os dois jogadores recebam a mesma quantidade de peças amarelas?
c) A regra do jogo estabelece pontuações para as peças, da seguinte forma: círculo = 1 ponto, triângulo = 2 pontos, quadrado = 3 pontos e estrela = 4 pontos. Quantas são as possíveis coleções que valem 26 pontos ou mais?
a) Como a ordem em que as peças são escolhidas é irrelevante para a montagem de cada coleção, o total de coleções é dado por:
b) Vamos impor que um dos jogadores receba 2 peças amarelas (das 4 existentes) e 6 peças das outras 3 cores (dentre as outras 12 peças). O total de coleções com 8 peças, sendo 2 amarelas, é dado por:
Logo, a probabilidade é dada por:
c) Veja que precisamos descobrir as quantidades de cada formato para depois escolher as cores possíveis. Desse modo, as configurações possíveis são:
(1) 4 estrelas e 4 quadrados (SOMA 28):
(2) 4 estrelas, 3 quadrados e 1 triângulo (SOMA 27):
(3) 4 estrelas, 3 quadrados e 1 círculo (SOMA 26):
(4) 3 estrelas, 4 quadrados e 1 triângulo (SOMA 26):
(5) 4 estrelas, 2 quadrados e 2 triângulos (SOMA 26):
Logo, o total de possíveis coleções é dado por:
São dados:
Determine
a) a medida de ;
b) a medidade de e ;
c) a área da região delimitada pelo trapézio ABCD.
a) Como a altura do trapézio coincide com o diâmetro da circunferência, temos:
Por trigonometria no triângulo :
.
b) Sabendo que e são pontos de tangência. Temos:
Veja que os triângulos e são congruentes pelo caso especial do triângulo retângulo. Assim, concluímos que:
(1) (segmentos tangentes são sempre congruentes);
(2)
Para determinar a medida de , precisamos determinar o valor de . Desse modo, calculemos:
(1) :
Pela relação fundamental trigonométrica:
.
Como , então . Desse modo, temos:
.
(2) :
Como , então:
.
Resolvendo a equação quadrática na variável , temos:
ou .
Se , então . Então, .
Assim, por trigonometria no triângulo , temos:
.
c) Sabendo que , , e são pontos de tangência. Então, concluímos, por segmentos tangentes, que:
(1)
(2)
(3)
(4)
Assim, temos a seguinte figura:
Veja que:
.
Logo, a área do trapézio é dada por:
.
É dada a função definida por , para todo .
a) Apresente três valores para os quais .
b) Determine os valores de para os quais .
c) Determine os valores de para os quais .
Vamos iniciar expressando a função dada de uma outra maneira. Elevando ao quadrado ambos os membros da relação fundamental da Trigonometria (), temos que:
Como , temos que:
Usaremos essa expressão para a função ao longo da resolução.
Aliado a isso, observamos ainda que:
Isto é:
a) Temos que:
Como , vem que:
Assim:
b) Temos que:
Como , vem que:
Assim:
c) Temos que:
Multiplicando a inequação toda por 8, o sinal da inequação se mantém, já que estamos multiplicando por um número positivo. Assim, ficamos com:
Fazendo a troca de variável , vem que:
Resolvendo graficamente essa inequação na variável , temos:
Logo:
No ciclo trigonométrico:
Portanto:
Assim:
Resolva os três itens abaixo:
a) Considere o conjunto formado pelos números complexos z que cumprem a condição . Cada elemento desse conjunto será objeto da transformação que leva um número complexo em seu conjugado. Represente no plano complexo (ou plano de Argand‐Gauss) da folha de respostas o conjunto resultante após essa transformação.
b) Determine o lugar geométrico dos pontos z do plano complexo tais que e para os quais é um número imaginário puro.
c) Determine as partes reais de todos os números complexos z tais que as representações de z, i ,e 1 no plano complexo sejam vértices de um triângulo equilátero.
a) Seja , com e . Pelo enunciado, temos que:
Assim, podemos reescrever da seguinte maneira:
Agora, como cada elemento desse conjunto será transformado em seu conjugado, concluímos que todos os elementos do conjunto resultante serão da forma:
Veja que os elementos resultantes podem ser representados no plano de Argand-Gauss pelos afixos :
Como os afixos tem coordenadas opostas, isso significa que os afixos pertencem à reta bissetriz dos quadrantes pares. Isto é:
Logo, a representação no plano é dada por:
b) Por propriedade dos números complexos, temos:
Assim:
Pelas propriedades de conjugado, temos a seguinte manipulação:
Desse modo:
Sendo , temos:
Ou seja, o lugar geométrico é dado por uma circunferência centrada na origem e de raio unitário, exceto pelos pontos e .
Veja que não podemos utilizar o ponto...
(1) : condição de existência da divisão. Veja que o denominador precisa ser diferente de zero, então . Assim, o lugar geométrico não passa por .
(2) : condição para ser imaginário puro. Veja que, se substituirmos no complexo dado, encontramos:
Como , então o ponto está excluído.
Desse modo, temos a seguinte representação no plano de Argand-Gauss:
c) Representando os complexos no plano de Argand-Gauss, encontramos:
Veja que os triângulos e são equiláteros e o triângulo é isósceles e retângulo, sendo a origem do plano. Desse modo, ao traçar a mediatriz de , concluímos que esta passa pela origem e contém os pontos e , que são os possíveis afixos para o complexo .
Assim, temos:
Veja que a reta , além de passar pela origem, faz ângulo de com o eixo real. Logo, a reta é a bissetriz dos quadrantes ímpares. Ou seja:
Como o ponto pertence à reta , então podemos escrever suas coordenadas como .
Considere, agora, o triângulo . Por trigonometria no triângulo retângulo:
Desse modo, temos:
Resolvendo a equação quadrática, encontramos:
ou
Logo, as partes reais de todos os complexos z são: