Logo FUVEST

Fuvest 2022 - 2ª fase - dia 2


Questão 1 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Sequências

Uma sequência de números naturais é construída da seguinte forma: seu primeiro termo t1 é escolhido como sendo um número natural qualquer. Se t1 for par, então t2=t12 e, se t1for ímpar, então t2=3t1+1. Os termos seguintes tn são obtidos de acordo com essa mesma regra. Por exemplo, se t1=3, então t2=10, t3=5, t4=16 e assim por diante. Dessa forma, a partir de t1, para cada n, n2, a sequência tn é definida como

tn=tn-12,se tn-1 for par3tn-1+1,se tn-1 for ímpar

a) Para t1=22, determine t4.

b) Determine todos os possíveis t1 para os quais t4=10.

c) Para t1=26, determine t2022.



Resolução

a) Temos que:

  • como t1=22 é par: t2=222=11;
  • como t2=11 é ímpar: t3=3·11+1=34;
  • como t3=34 é par: t4=342=17.

b) Temos que:

t4=10t32=10  ou  3·t3+1=10

t3=20  ou  t3=3

t22=20  ou  3·t2+1=20  ou  t22=3  ou  3·t2+1=3

t2=40  ou  t2=193  ou  t2=6  ou  t2=23

Entretanto, como o enunciado deixa claro que a sequência deve ser formada apenas por números naturais, ficamos apenas com:

t2=40  ou  t2=6

Assim, abrindo novamente as opções:

t12=40  ou  3·t1+1=40  ou  t12=6  ou  3·t1+1=6

t1=80  ou  t1=13  ou  t1=12  ou  t1=53

Novamente aplicando a restrição de serem apenas números naturais, ficamos com:

t1=80  ou  t1=13  ou  t1=12

c) Temos que:

  • como t1=26 é par: t2=262=13;
  • como t2=13 é ímpar: t3=3·13+1=40;
  • como t3=40 é par: t4=402=20;
  • como t4=20 é par: t5=202=10;
  • como t5=10 é par: t6=102=5;
  • como t6=5 é ímpar: t7=3·5+1=16;
  • como t7=16 é par: t8=162=8;
  • como t8=8 é par: t9=82=4;
  • como t9=4 é par: t10=42=2;
  • como t10=2 é par: t11=22=1;
  • como t11=1 é ímpar: t12=3·1+1=4.

Observe o que acontecerá a partir desse termo na sequência. Como t11=t8, a sequência entrará num padrão de periodicidade, com ciclos da forma 4, 2, 1, 4, 2, 1, 4, 2, 1, ...

Temos a sequência:

26,13,40,20,10,5,16,8,4,2,1,4,2,1,4,2,1,4,2,1,...

Para n9, temos que:

  • tn=4, para n=9,12,15,18,..., isto é, para n que é múltiplo de 3 (resto 0 na divisão por 3);
  • tn=2, para n=10,13,16,19,..., isto é, para n que deixa resto 1 na divisão por 3;
  • tn=1, para n=11,14,17,20,..., isto é, para n que deixa resto 2 na divisão por 3.

Assim, para determinar t2022, fazemos a divisão:

202203674

Sendo 2022 múltiplo de 3 (também poderíamos utilizar diretamente o critério da divisibilidade por 3, pois 2+0+2+2=6 é múltiplo de 3), segue que:

t2022=4

Questão 2 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Função Quadrática Função Afim

Uma função 𝑓 está definida no intervalo -2,9 da seguinte forma: para x-2,2, 𝑓 leva x em x2 e, no restante do domínio, o seu gráfico é formado por dois segmentos de reta conforme mostra a figura.

a) Apresente todos os intervalos do domínio da função 𝑓 nos quais ela é crescente.

b) Determine os valores de 𝑓 nos pontos x=-32, x=72 e x=8.

c) Para cada valor de x]0, 9[ , considere o retângulo Rx com vértices nos pontos A=x,0, B=9,0, C=9,fx e D=x,fx. Escreva a expressão da área de Rx, em função de x, para x no intervalo ]0, 9[.



Resolução

a) Sabe-se que uma função é dita como crescente quando para quaisquer a e b do domínio, temos que a<bfafb. Daí, concluímos:

Logo, o intervalo é dado por 0, 9.

Agora, se considerarmos uma função estritamente crescente, para quaisquer a e b do domínio, temos que a<bfa<fb. Daí, concluímos que:

Portanto, os intervalos são: 0, 2 e 5, 9.

 

b) Pelas informações do enunciados, temos que a função f é definida em partes. E, em cada parte, temos:

(1) -2x2: a lei de formação foi dita no enunciado e, então, y=fx=x2.

(2) 2x5: o gráfico é dado por um segmento de reta paralelo ao eixo x. Logo, concluímos que a lei de formação é dada por y=fx=4.

(3) 5x9: o gráfico é dado por um segmento de reta crescente. Daí, temos que a lei de formação é dada por y=ax+b

Como (5, 4) e (9, 6) pertencem ao gráfico, então:

4=a·5+b6=a·9+ba=12 e b=32

Daí, a lei de formação é dada por y=fx=x+32.

Desse modo, concluímos:

y=fx={x2, se -2x24, se 2x5x+32, se 5x9

Assim, calcularemos os valores numéricos de acordo com o intervalo do domínio:

(1) f-32=-322f-32=94

(2) f72=4

(3) f8=8+32f8=112

 

c) Perceba que, para calcular a área do retângulo, temos a dependência da abscissa do ponto A e, ainda, dependemos da lei de formação da função em determinados intervalos do domínio. Por isso, precisamos separar em situações para determinar a área do retângulo:

(1° caso): 0<x2 e fx=x2

Os pontos são Ax, 0B9, 0C9, x2 e Dx, x2. Como a base é dada por AB=9-x e altura é dada por BC=x2, então:

Rx=9-x·x2Rx=-x3+9x2

(2° caso): 2<x5 e fx=4

Os pontos são Ax, 0B9, 0C9, 4 e Dx, 4. Como a base é dada por AB=9-x e altura é dada por BC=4, então:

Rx=9-x·4Rx=-4x+36

(3° caso): 5<x<9 e fx=x+32

Os pontos são Ax, 0B9, 0C9, x+32 e Dx, x+32. Como a base é dada por AB=9-x e altura é dada por BC=x+32, então:

Rx=9-x·x+32Rx=-x2+6x+272

Questão 3 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Probabilidade Divisibilidade

Considere o conjunto C de pontos do plano cartesiano da forma m,n, com m e n pertencentes a 3,4,5,6,7,8,9.

a) Apresente todos os pontos m,n de C para os quais o produto m·n é maior do que 60.

b) Sorteando-se um ponto m,n de C, com iguais probabilidades para todos os pontos, qual é a probabilidade de que a fração mnseja redutível?

c) Sorteando-se, com iguais probabilidades, dois pontos distintos de C, qual é a probabilidade de que a distância entre eles seja igual a 13?

Note e Adote:

Uma fração mn é redutível quando m e n possuem um divisor natural em comum, além do 1



Resolução

Considere todas as possibilidades:

a)  Perceba que o maior valor do produto m·n é dado por 9·9 e o menor valor é dado por 3·3. Desse modo, como números maiores 60 são mais próximos do maior valor dos produtos, podemos encontrar as seguintes situações:

Portanto, os pares ordenados pedidos são (7,9), (8,8), (8,9), (9,7), (9,8) e (9, 9).

b) Como temos 7 possibilidades para cada coordenada (abscissa ou ordenada), então o espaço amostral é dado por:

nE=7·7=49

Sabe-se que o evento é dado por "o ponto m, n se tornar a fração mn redutível". Lembre-se que para termos uma fração redutível, precisamos que tanto o numerador quanto o denominador tenham pelo menos um fator primo em comum. Isto é: que dê para simplificar a fração.

Analisando todos os casos possíveis, conseguimos encontrar os seguintes pontos:

Desse modo, temos 19 pares ordenados que se tornam frações redutíveis. 

Portanto, a probabilidade pedida é dada por p=1949.

c) Como agora serão sorteados dois pares ordenados (e sabemos, pelo item b, que temos 49 pares no total), então o número de elementos do espaço amostral é dado por:

nE=C49,2=49!2!·47!=1176

Agora, para determinar o evento, podemos considerar dois pontos quaisquer: Ax1, y1 e Bx2, y2 de tal modo que a distância seja 13. Veja que:

dA,B=x1-x22+y1-y22=13x2+y2=13

Como as coordenadas são inteiras, perceba que x e y são inteiros também. As únicas maneiras de obtermos 13 como soma de quadrados de dois números inteiros são quando:

 

(1) x=±3y=±2:

(i) possibilidades para x: 6 e 3, 7 e 4, 8 e 5, 9 e 6.

(ii) possibilidades para y: 5 e 3; 6 e 4; 7 e 5; 8 e 6; 9 e 7.

Portanto, temos a seguinte quantidade de pares ordenados:

  4  pares de x·  5  pares de y·  2  criação do par ordenado=40

 

(2) x=±2y=±3: é análogo ao caso anterior. Ou seja, totalizamos 40 possibilidades.

 

Daí, a probabilidade é dada por:

p=40+401176=801176=10147

Portanto, p=10147

Questão 4 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Teorema de Pitágoras Volume (Pirâmide)

Uma pirâmide P tem base quadrada A0B0C0D0 de lado medindo 1u.m.,, apoiada em um plano Π, e quatro faces que são triângulos equiláteros, ligando a base ao ápice E0 de 𝐏. Os dezesseis pontos A1, A2, A3, B1, B2, B3, C1, C2, C3, D1, D2, D3, E1, E2, E3 e E4, indicados na figura, dividem cada aresta da pirâmide em três segmentos de igual medida.

Um novo sólido S, em destaque na figura, é produzido subtraindo-se de P as cinco pirâmides A0A1A2A3, B0B1B2B3, C0C1C2C3, D0D1D2D3, E0E1 E2E3E4. Determine:

a) o perímetro da face de 𝐒 que se apoia em Π, cujos vértices são A1, A3, B1, B3, C1, C3, D1 e D3.

b) o volume de S.

c) a distância entre A1 e E2.



Resolução

a) Conforme o enunciado, os pontos A1, D3, A3 e B1 dividem as arestas A0D0¯ e A0B0¯ em três segmentos de igual medida, então A0A1=A0A3=13 u.m., conforme podemos observar na figura a seguir.

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo A0A1A3, temos que:

x2=132+132.

Logo, como x>0, então x=23 u.m.

Ou seja, A1A3=B1B3=C1C3=D1D3=23 u.m.

Portanto o perímetro do octógono A1A3B1B3C1C3D1D3 é 

4·23+4·13=41+23 u.m.

 

 

b) Primeiramente calculamos o volume da pirâmide P. Seu apótema mede 32  e o apótema da base 12, então para determinar sua altura, fazemos:

322=h2+122.

Temos h>0, então h=22 u.m.

Portanto, o volume da pirâmide P é VP=13·12·22=26 u.v.

 

Para determinar o volume de S, devemos subtrair os volumes das pirâmides A0A1A2A3B0B1B2B3C0C1C2C3D0D1D2D3 e E0E1E2E3.

Seja V1 o volume da pirâmide A0A1A2A3. Assim, temos que:

V1=13·13·132·13·22V1=13·118·26V1=2324 u.v.

 

Chamemos por V2 o volume da pirâmide E0E1E2E3. Note que esta é semelhante à pirâmide P, cuja razão de semelhança é 13, então a razão entre seus volumes é 133=127, ou seja:

V2=127·26V2=2162 u.v.

 

Portanto o volume do sólido S pode ser calculado por:

VS=VP-4·V1-V2VS=26-4·2324-2162VS=4227 u.v.

 

c) Sejam  E0' e E2' as projeções ortogonais dos pontos E0 e E2, respectivamente, sobre o plano Π, como na figura a seguir.

Por semelhança, o segmento E2E2' mede 23 da altura da pirâmide, ou seja, E2E2'=23·22=23 u.m.

Observe a figura a seguir.

O segmento A1N mede a metade do lado do quadrado, ou seja, 12 u.m. Já o segmento E2'N¯ mede 13 desta medida, conforme a semelhança entre os triângulos E0'E2'N e E0'B0M, então E2'N=13·12=16 u.m.

Ou seja, A1E2'=12+16=23 u.m.

 

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo A1E2E2', encontramos:

A1E22=232+232A1E22=49+29A1E22=69

 

A1E2>0, portanto A1E2=63 u.m.

Questão 5 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Função Quadrática Estudo Analítico da Circunferência

Considere, no plano cartesiano, a circunferência com centro no ponto 0,3 e com raio 2 e, para cada a, a0, a parábola cuja equação é y=ax2+1.

a) Para a=-1, encontre o ponto comum entre a circunferência e a parábola.

b) Para a=1, apresente 3 pontos em comum entre a circunferência e a parábola.

c) Encontre todos os valores de a para os quais a circunferência e a parábola possuam exatamente 3 pontos em comum.



Resolução

Lembramos que a circunferência de centro 0,3 e raio 2 tem equação reduzida dada por:

x-02+y-32=22

Na forma geral, o que pode ser útil para algumas contas a seguir, temos:

x2+y2-6y+9=4x2+y2-6y+5=0

a) Para a=-1, temos o sistema:

y=-x2+1x2+y-32=4x2=1-yx2+y2-6y+5=0

Substituindo a primeira equação na segunda, vem que:

1-y+y2-6y+5=0y2-7y+6=0

y=1  ou  y=6

Substituindo em x2=1-y, ficamos com:

  • para y=1x2=1-1=0x=0;
  • para y=6x2=1-6=-5, equação que não tem solução em .

Assim, para a=-1, só há um ponto em comum entre a circunferência e a parábola, que é o ponto 0,1.

Também é possível chegar a essa conclusão através da análise dos gráficos das duas curvas no plano cartesiano:

Pelo desenho, inclusive, podemos observar algo mais geral: como as parábolas de expressão y=ax2+1 têm vértice fixo no ponto 0,1, qualquer a<0 faria o ponto 0,1 ser o único ponto em comum entre a parábola e a circunferência.

b) Para a=1, temos o sistema:

y=x2+1x2+y-32=4x2=y-1x2+y2-6y+5=0

Substituindo a primeira equação na segunda, vem que:

y-1+y2-6y+5=0y2-5y+4=0

y=1  ou  y=4

Substituindo em x2=y-1, ficamos com:

  • para y=1x2=1-1=0x=0;
  • para y=4x2=4-1=3x=±3.

Assim, para a=1, a circunferência e a parábola terão 3 pontos em comum: 0,1-3,4 e 3,4.

Representando essa situação no plano cartesiano:

c) Vamos analisar o sistema:

 y=a·x2+1x2+y-32=4y-1=a·x2x2=22-y-32

Substituindo a segunda equação na primeira, vem que:

y-1=a·22-y-32

Observando que o lado direito dessa igualdade admite uma fatoração, já que é uma diferença de quadrados, temos que:

y-1=a·2+y-3·2-y-3y-1=a·y-1·5-y

Dessa igualdade, e sendo a0, ficamos com:

y=1  ou  1=a·5-yy=5-1a

Para que a a circunferência e a parábola tenham 3 pontos em comum, devemos impor duas coisas:

  • a deve ser positivo, pois caso contrário, como já observamos no final do item (a), só haveria um ponto em comum, que seria o ponto 0,1;
  • a ordenada comum dos outros dois pontos de intersecção, dada por y=5-1a deve ser tal que 1<y<5. Isso ocorre porque a circunferência não tem pontos com ordenada y<1 ou y>5. Além disso, tal ordenada também não pode ser 1, pois senão voltaríamos ao caso do ponto 0,1 como único ponto em comum, e não pode ser 5, pois a parábola não pode ter um segundo ponto sobre o eixo das ordenadas além do ponto 0,1.

Assim, impomos:

a>01<5-1a<5

Na segunda inequação, podemos multiplicar todos os membros por a mantendo os sinais de inequação, já que a>0. Portanto:

a>0a<5a-1<5aa>01<4a-1<0a>014<aa>14

Questão 6 Visualizar questão Compartilhe essa resolução

Sistemas Lineares

Uma empresa distribuidora de alimentos tem latas de ervilha (E) e latas de milho (M), em dois pesos, 1 kg e 2kg, totalizando 4 (quatro) tipos de latas: E1 e E2 (ervilha, em pesos de 1kg e 2kg, respectivamente) e M1 e M2 (milho, em pesos de 1kg e 2kg, respectivamente). Essas latas são agrupadas em pacotes para envio aos comerciantes. Dois pacotes de latas são considerados iguais se contiverem a mesma quantidade de latas de cada tipo, independentemente da maneira como são organizadas no pacote.

a) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 200kg (duzentos quilos) podem ser montados usando-se apenas latas dos tipos E1 e E2? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1 tipo dessas latas.

b) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 200kg (duzentos quilos) podem ser montados usando-se apenas latas dos tipos E1, E2 e M1? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1 ou 2 tipos dessas latas.

c) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 20kg (vinte quilos) podem ser montados usando-se latas dos tipos E1, E2, M1 e M2? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1, 2 ou 3 tipos dessas latas.



Resolução

a) Seja x a quantidade de latas E2 e y a quantidade de latas E1. Assim:

2·x+1·y=200

Lembre-se que as quantidades são números de contagem, isto é, números naturais. Portanto, para determinar a quantidade de pacotes, precisamos contar quantas soluções inteiras não negativas tem a equação 2x+y=200

Perceba que ao escolher um valor para x, imediatamente já encontramos o valor de y:

  • se x=02·0+y=200y=200
  • se x=12·1+y=200y=198
  •  se x=22·2+y=200y=194

...

  • se x=1002·100+y=200y=0

Daí, encontramos os pares (0, 200), (1, 198), (2, 196), ..., (100, 0). Logo, são 101 possibilidades.

 

b) Seja x a quantidade de latas E2, y a quantidade de latas E1 e z a quantidade de latas M1. Assim:

2·x+1·y+1·z=200

Lembre-se que as quantidades são números de contagem, isto é, números naturais. Portanto, para determinar a quantidade de pacotes, precisamos contar quantas soluções inteiras não negativas tem a equação 2x+y+z=200

Perceba que, agora, ao escolher um valor para x, precisaremos escolher os possíveis valores entre y e z:

(1) caso x=0:  y+z = 200: {(0, 200)(1, 199)...(200, 0)          201 soluções

(2) caso x=1:  y+z = 198: {(0, 198)(1, 197)...(198, 0)          199 soluções

(3) caso x=2:  y+z = 196: {(0, 196)(1, 195)...(196, 0)          197 soluções

e assim consecutivamente, até chegar em:

(101) caso  x=100:  y+z = 0: {0,0       1 solução

Portanto, a quantidade de soluções é dada por:

t=201+199+197+...+1

Isto é, uma soma de P.A. de razão 2 com 101 termos. 

Logo, temos:

t=201+199+197+...+1=201+1·1012t=10201 possibilidades

 

c) Seja x a quantidade de latas E2, y a quantidade de latas M2, z a quantidade de latas E1 e w a quantidade de latas M1. Assim:

2·x+2·y+1·z+1·w=20

Lembre-se que as quantidades são números de contagem, isto é, números naturais. Portanto, para determinar a quantidade de pacotes, precisamos contar quantas soluções inteiras não negativas tem a equação 2x+2y+z+w=20

Perceba que, agora, ao escolher um valor para x, precisaremos escolher os possíveis valores entre y , z e w:

(1° caso): x=0

  •  x=0 e y=0 :  z+w = 20: {(0, 20)(1, 19)...(20, 0)          21 soluções
  •  x=0 e y=1:  z+w = 18: {(0, 18)(1, 17)...(18, 0)          19 soluções

...

  • x=0 e y=10:  z+w = 0: {0, 0          1 solução

Do mesmo raciocínio do item b, conseguimos concluir que a quantidade total de soluções é dada por:

t1=21+19+...+1=21+1·112t1=121

 

(2° caso): x=1

  •  x=1 e y=0 :  z+w = 18: {(0, 18)(1, 17)...(18, 0)          19 soluções
  •  x=1 e y=1:  z+w = 16: {(0, 16)(1, 15)...(16, 0)          17 soluções

...

  • x=1 e y=9:  z+w = 0: {0, 0          1 solução

Do mesmo raciocínio do item b, conseguimos concluir que a quantidade total de soluções é dada por:

t2=19+17+...+1=19+1·102t2=100

Repetindo esse mesmo procedimento até o 11° caso (em que x=10), encontramos a seguinte quantidade de soluções:

T=t1+t2+...+t11=   =121+100+81+64+49+36+25+16+9+4+1    =506 possibilidades