Uma sequência de números naturais é construída da seguinte forma: seu primeiro termo é escolhido como sendo um número natural qualquer. Se for par, então e, se for ímpar, então . Os termos seguintes são obtidos de acordo com essa mesma regra. Por exemplo, se , então , , e assim por diante. Dessa forma, a partir de , para cada , , a sequência é definida como
a) Para , determine .
b) Determine todos os possíveis para os quais .
c) Para , determine .
a) Temos que:
b) Temos que:
Entretanto, como o enunciado deixa claro que a sequência deve ser formada apenas por números naturais, ficamos apenas com:
Assim, abrindo novamente as opções:
Novamente aplicando a restrição de serem apenas números naturais, ficamos com:
c) Temos que:
Observe o que acontecerá a partir desse termo na sequência. Como , a sequência entrará num padrão de periodicidade, com ciclos da forma 4, 2, 1, 4, 2, 1, 4, 2, 1, ...
Temos a sequência:
Para , temos que:
Assim, para determinar , fazemos a divisão:
Sendo 2022 múltiplo de 3 (também poderíamos utilizar diretamente o critério da divisibilidade por 3, pois é múltiplo de 3), segue que:
Uma função 𝑓 está definida no intervalo da seguinte forma: para , 𝑓 leva em e, no restante do domínio, o seu gráfico é formado por dois segmentos de reta conforme mostra a figura.
a) Apresente todos os intervalos do domínio da função 𝑓 nos quais ela é crescente.
b) Determine os valores de 𝑓 nos pontos , e .
c) Para cada valor de , considere o retângulo com vértices nos pontos Escreva a expressão da área de , em função de , para no intervalo .
a) Sabe-se que uma função é dita como crescente quando para quaisquer e do domínio, temos que . Daí, concluímos:
Logo, o intervalo é dado por .
Agora, se considerarmos uma função estritamente crescente, para quaisquer e do domínio, temos que . Daí, concluímos que:
Portanto, os intervalos são: e .
b) Pelas informações do enunciados, temos que a função f é definida em partes. E, em cada parte, temos:
(1) : a lei de formação foi dita no enunciado e, então, .
(2) : o gráfico é dado por um segmento de reta paralelo ao eixo x. Logo, concluímos que a lei de formação é dada por .
(3) : o gráfico é dado por um segmento de reta crescente. Daí, temos que a lei de formação é dada por .
Como (5, 4) e (9, 6) pertencem ao gráfico, então:
Daí, a lei de formação é dada por .
Desse modo, concluímos:
Assim, calcularemos os valores numéricos de acordo com o intervalo do domínio:
(1)
(2)
(3)
c) Perceba que, para calcular a área do retângulo, temos a dependência da abscissa do ponto A e, ainda, dependemos da lei de formação da função em determinados intervalos do domínio. Por isso, precisamos separar em situações para determinar a área do retângulo:
(1° caso): e
Os pontos são , , e . Como a base é dada por e altura é dada por , então:
(2° caso): e
Os pontos são , , e . Como a base é dada por e altura é dada por , então:
(3° caso): e
Os pontos são , , e . Como a base é dada por e altura é dada por , então:
Considere o conjunto de pontos do plano cartesiano da forma , com e pertencentes a .
a) Apresente todos os pontos de para os quais o produto é maior do que 60.
b) Sorteando-se um ponto de , com iguais probabilidades para todos os pontos, qual é a probabilidade de que a fração seja redutível?
c) Sorteando-se, com iguais probabilidades, dois pontos distintos de , qual é a probabilidade de que a distância entre eles seja igual a ?
Note e Adote: Uma fração é redutível quando e possuem um divisor natural em comum, além do 1 |
Considere todas as possibilidades:
a) Perceba que o maior valor do produto é dado por e o menor valor é dado por . Desse modo, como números maiores são mais próximos do maior valor dos produtos, podemos encontrar as seguintes situações:
Portanto, os pares ordenados pedidos são (7,9), (8,8), (8,9), (9,7), (9,8) e (9, 9).
b) Como temos 7 possibilidades para cada coordenada (abscissa ou ordenada), então o espaço amostral é dado por:
Sabe-se que o evento é dado por "o ponto se tornar a fração redutível". Lembre-se que para termos uma fração redutível, precisamos que tanto o numerador quanto o denominador tenham pelo menos um fator primo em comum. Isto é: que dê para simplificar a fração.
Analisando todos os casos possíveis, conseguimos encontrar os seguintes pontos:
Desse modo, temos 19 pares ordenados que se tornam frações redutíveis.
Portanto, a probabilidade pedida é dada por .
c) Como agora serão sorteados dois pares ordenados (e sabemos, pelo item b, que temos 49 pares no total), então o número de elementos do espaço amostral é dado por:
Agora, para determinar o evento, podemos considerar dois pontos quaisquer: e de tal modo que a distância seja . Veja que:
Como as coordenadas são inteiras, perceba que e são inteiros também. As únicas maneiras de obtermos 13 como soma de quadrados de dois números inteiros são quando:
(1)
(i) possibilidades para : 6 e 3, 7 e 4, 8 e 5, 9 e 6.
(ii) possibilidades para : 5 e 3; 6 e 4; 7 e 5; 8 e 6; 9 e 7.
Portanto, temos a seguinte quantidade de pares ordenados:
(2) é análogo ao caso anterior. Ou seja, totalizamos 40 possibilidades.
Daí, a probabilidade é dada por:
Portanto,
Uma pirâmide tem base quadrada de lado medindo , apoiada em um plano , e quatro faces que são triângulos equiláteros, ligando a base ao ápice de 𝐏. Os dezesseis pontos , indicados na figura, dividem cada aresta da pirâmide em três segmentos de igual medida.
Um novo sólido , em destaque na figura, é produzido subtraindo-se de as cinco pirâmides . Determine:
a) o perímetro da face de 𝐒 que se apoia em , cujos vértices são .
b) o volume de .
c) a distância entre .
a) Conforme o enunciado, os pontos e dividem as arestas e em três segmentos de igual medida, então u.m., conforme podemos observar na figura a seguir.
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo , temos que:
.
Logo, como , então u.m.
Ou seja, u.m.
Portanto o perímetro do octógono é
b) Primeiramente calculamos o volume da pirâmide P. Seu apótema mede e o apótema da base , então para determinar sua altura, fazemos:
.
Temos , então u.m.
Portanto, o volume da pirâmide P é u.v.
Para determinar o volume de S, devemos subtrair os volumes das pirâmides , , , e .
Seja o volume da pirâmide . Assim, temos que:
Chamemos por o volume da pirâmide . Note que esta é semelhante à pirâmide P, cuja razão de semelhança é , então a razão entre seus volumes é , ou seja:
Portanto o volume do sólido S pode ser calculado por:
c) Sejam e as projeções ortogonais dos pontos e , respectivamente, sobre o plano , como na figura a seguir.
Por semelhança, o segmento mede da altura da pirâmide, ou seja, u.m.
Observe a figura a seguir.
O segmento mede a metade do lado do quadrado, ou seja, Já o segmento mede desta medida, conforme a semelhança entre os triângulos e , então u.m.
Ou seja, u.m.
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo , encontramos:
, portanto
Considere, no plano cartesiano, a circunferência com centro no ponto e com raio e, para cada , , a parábola cuja equação é .
a) Para , encontre o ponto comum entre a circunferência e a parábola.
b) Para , apresente pontos em comum entre a circunferência e a parábola.
c) Encontre todos os valores de para os quais a circunferência e a parábola possuam exatamente pontos em comum.
Lembramos que a circunferência de centro e raio 2 tem equação reduzida dada por:
Na forma geral, o que pode ser útil para algumas contas a seguir, temos:
a) Para , temos o sistema:
Substituindo a primeira equação na segunda, vem que:
ou
Substituindo em , ficamos com:
Assim, para , só há um ponto em comum entre a circunferência e a parábola, que é o ponto .
Também é possível chegar a essa conclusão através da análise dos gráficos das duas curvas no plano cartesiano:
Pelo desenho, inclusive, podemos observar algo mais geral: como as parábolas de expressão têm vértice fixo no ponto , qualquer faria o ponto ser o único ponto em comum entre a parábola e a circunferência.
b) Para , temos o sistema:
Substituindo a primeira equação na segunda, vem que:
ou
Substituindo em , ficamos com:
Assim, para , a circunferência e a parábola terão 3 pontos em comum: , e .
Representando essa situação no plano cartesiano:
c) Vamos analisar o sistema:
Substituindo a segunda equação na primeira, vem que:
Observando que o lado direito dessa igualdade admite uma fatoração, já que é uma diferença de quadrados, temos que:
Dessa igualdade, e sendo , ficamos com:
ou
Para que a a circunferência e a parábola tenham 3 pontos em comum, devemos impor duas coisas:
Assim, impomos:
Na segunda inequação, podemos multiplicar todos os membros por mantendo os sinais de inequação, já que . Portanto:
Uma empresa distribuidora de alimentos tem latas de ervilha (E) e latas de milho (M), em dois pesos, 1 kg e 2kg, totalizando 4 (quatro) tipos de latas: E1 e E2 (ervilha, em pesos de 1kg e 2kg, respectivamente) e M1 e M2 (milho, em pesos de 1kg e 2kg, respectivamente). Essas latas são agrupadas em pacotes para envio aos comerciantes. Dois pacotes de latas são considerados iguais se contiverem a mesma quantidade de latas de cada tipo, independentemente da maneira como são organizadas no pacote.
a) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 200kg (duzentos quilos) podem ser montados usando-se apenas latas dos tipos E1 e E2? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1 tipo dessas latas.
b) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 200kg (duzentos quilos) podem ser montados usando-se apenas latas dos tipos E1, E2 e M1? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1 ou 2 tipos dessas latas.
c) Quantos pacotes diferentes pesando, cada um, exatamente 20kg (vinte quilos) podem ser montados usando-se latas dos tipos E1, E2, M1 e M2? Na contagem, deve-se também levar em conta pacotes formados por apenas 1, 2 ou 3 tipos dessas latas.
a) Seja a quantidade de latas E2 e a quantidade de latas E1. Assim:
Lembre-se que as quantidades são números de contagem, isto é, números naturais. Portanto, para determinar a quantidade de pacotes, precisamos contar quantas soluções inteiras não negativas tem a equação .
Perceba que ao escolher um valor para , imediatamente já encontramos o valor de :
...
Daí, encontramos os pares (0, 200), (1, 198), (2, 196), ..., (100, 0). Logo, são 101 possibilidades.
b) Seja a quantidade de latas E2, a quantidade de latas E1 e a quantidade de latas M1. Assim:
Lembre-se que as quantidades são números de contagem, isto é, números naturais. Portanto, para determinar a quantidade de pacotes, precisamos contar quantas soluções inteiras não negativas tem a equação .
Perceba que, agora, ao escolher um valor para , precisaremos escolher os possíveis valores entre e :
(1) caso :
(2) caso :
(3) caso :
e assim consecutivamente, até chegar em:
(101) caso :
Portanto, a quantidade de soluções é dada por:
Isto é, uma soma de P.A. de razão 2 com 101 termos.
Logo, temos:
c) Seja a quantidade de latas E2, a quantidade de latas M2, a quantidade de latas E1 e a quantidade de latas M1. Assim:
Lembre-se que as quantidades são números de contagem, isto é, números naturais. Portanto, para determinar a quantidade de pacotes, precisamos contar quantas soluções inteiras não negativas tem a equação .
Perceba que, agora, ao escolher um valor para , precisaremos escolher os possíveis valores entre , e :
(1° caso):
...
Do mesmo raciocínio do item b, conseguimos concluir que a quantidade total de soluções é dada por:
(2° caso):
...
Do mesmo raciocínio do item b, conseguimos concluir que a quantidade total de soluções é dada por:
Repetindo esse mesmo procedimento até o 11° caso (em que ), encontramos a seguinte quantidade de soluções: