Uma pista de esqui para treinamento de principiantes foi projetada de modo que, durante o trajeto, os esquiadores não ficassem sujeitos a grandes acelerações nem perdessem contato com nenhum ponto da pista. A figura representa o perfil de um trecho dessa pista, no qual o ponto C é o ponto mais alto de um pequeno trecho circular de raio de curvatura igual a 10 m.
Os esquiadores partem do repouso no ponto A e percorrem a pista sem receber nenhum empurrão, nem usam os bastões para alterar sua velocidade. Adote e despreze o atrito e a resistência do ar.
a) Se um esquiador passar pelo ponto B da pista com velocidade m/s , com que velocidade ele passará pelo ponto C?
b) Qual a maior altura do ponto A, indicada na figura, para que um esquiador não perca contato com a pista em nenhum ponto de seu percurso?
a) Pela Conservação da Energia Mecânica do Sistema podemos escrever:
.
Como M aparece em todas as parcelas, podemos eliminá-lo da equação:
.
Substituindo valores, temos:
.
b) O ponto onde o esquiador poderia correr o risco de perder contato com a pista é o ponto C. A Força Resultante Centrípeta em C deve ser inferior ou igual ao Peso do esquiador para garantir que ele não perca contato com a pista ao passar por esse ponto. Assim:
(1)
Agora, novamente pela Conservação da Energia Mecânica do Sistema:
.
Considerando que o esquiador parte do repouso em A e que M aparece em todas as parcelas:
.
Utilizando a equação (1), temos:
.
Um abajur está apoiado sobre a superfície plana e horizontal de uma mesa em repouso em relação ao solo. Ele é acionado por meio de um cordão que prende verticalmente, paralelo à haste do abajur, conforme a figura 1.
Para mudar a mesa de posição, duas pessoas a transportam inclinada, em movimento retilíneo e uniforme na direção horizontal, de modo que o cordão mantém-se vertical, agora inclinado de um ângulo , constante em relação à haste do abajur, de acordo com a figura 2. Nessa situação, o abajur continua apoiado sobre a mesa, mas na iminência de escorregar em relação a ela, ou seja, qualquer pequena inclinação a mais da mesa provocaria o deslizamento do abajur.
Calcule:
a) o valor da relação , sendo o módulo da força normal que a mesa exerce sobre o abajur na situação da figura 1 e o módulo da mesma força na situação da figura 2.
b) o valor do coeficiente de atrito estático entre a base do abajur e a superfície da mesa.
a) Na primeira situação, a normal terá módulo igual ao peso, assim:
sendo P o módulo do peso do corpo.
Na segunda situação, a normal será igual ao conforme o esquema a seguir. Estão também representadas as componentes do peso na direção do plano inclinado e perpendicular à este.
Como a resultante na direção perpendicular ao plano inclinado é nula, temos:
.
Agora, calculando a razão pedida:
.
b) Para que o corpo esteja na iminência do movimento é necessário que a força de atrito máxima (ou atrito de destaque) seja igual à componente do peso. Assim:
.
Em um copo, de capacidade térmica 60 cal/ºC e a 20ºC, foram colocados 300 mL de suco de laranja, também a 20ºC, e, em seguida, dois cubos de gelo com 20 g cada um, a 0ºC.
Considere a tabela.
densidade da água líquida |
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densidade do suco |
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calor específico da água líquida |
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calor específico do suco |
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calor latente de fusão do gelo |
|
Sabendo que a pressão atmosférica local é igual a 1atm, desprezando perdas de calor para o ambiente e considerando que o suco não transbordou quando o cubos de gelo foram colocados, calcule:
a) o volume submerso de cada cubo de gelo, em cm³, quando flutua em equilíbrio assim que é colocado no copo.
b) a temperatura da bebida, em ºC, no instante em que o sistema entra em equilíbrio térmico.
a) Nesta situação, o Empuxo (E) deve equilibrar o Peso (P) do bloco. Logo,
b) Considerando esse, um Sistema Termicamente Isolado, e que por hipótese sua temperatura de equilíbrio será igual ou superior a zero, temos:
Note que o resultado está em acordo com a hipótese adotada.
O pingente de um colar é constituído por duas peças, A e B, feitas de materiais homogêneos e transparentes, de índices de refração absolutos e A peça A tem o formato de um cone reto e a peça B, de uma semiesfera.
Um raio de luz monocromático R propaga-se pelo ar e incide, paralelamente ao eixo do cone, no ponto P da superfície cônica, passando a se propagar pelo material da peça A. Atinge o ponto C, no centro da base do cone, onde sofre nova refração, passando a propagar-se pelo material da peça B, emergindo do pingente no ponto Q da superfície esférica. Desde a entrada até a sua saída do pingente, esse raio propaga-se em um mesmo plano que contém o vértice da superfície cônica. A figura 1 representa o pingente pendurado verticalmente e em repouso e a figura 2, a intersecção do plano que contém o raio R com o pingente. As linhas tracejadas, indicadas na figura 2, são paralelas entre si e
a) Calcule o valor do ângulo indicado na figura 2, em graus.
b) Considere que a peça B possa ser substituída por outra peça B’, com o mesmo formato e com as mesmas dimensões, mas de maneira que o raio de luz vertical R sempre emerja do pingente pela superfície esférica. Qual o menor índice de refração do material de B’ para que o raio R não emerja pela superfície cônica do pingente?
a) Sendo C o centro da base do cone, esse ponto será também o centro da base da semiesfera B, assim, o raio que partir do ponto C incidirá no ponto Q paralelamente à normal (perpendicularmente à superfície da semiesfera B), de modo que não haverá deflexão do raio de luz, assim, corresponde ao ângulo de refração no ponto C. Veja a figura:
Aplicando a Lei de Snell-Descartes (2ª Lei da Refração) para o raio que incide no ponto C:
.
b) Para que o raio não emerja pela superfície cônica, não poderá ocorrer reflexão total da luz na superfície de separação dos dois meios. Para isso, o ângulo de incidência deverá ser inferior ao ângulo limite ( ) de refração do dioptro em questão:
.
Considerando que o raio R incide em C com um ângulo de 30°, devemos ter:
.
Uma carga elétrica puntiforme Q > 0 está fixa em uma região do espaço e cria um campo elétrico ao seu redor. Outra carga elétrica puntiforme q, também positiva, é colocada em determinada posição desse campo elétrico, podendo mover-se dentro dele. A malha quadriculada representada na figura está contida em um plano xy, que também contém as cargas.
Quando na posição A, q fica sujeita a uma força eletrostática de módulo F exercida por Q.
a) Calcule o módulo da força eletrostática entre Q e q, em função apenas de F, quando q estiver na posição B.
b) Adotando e sendo K a constante eletrostática do meio onde se encontram as cargas, calcule o trabalho realizado pela força elétrica quando a carga q é transportada de A para B.
a) Observe que a distâncias entre as cargas quando q está no ponto A é 4d enquanto que quando q está em B a distância será , conforme esquematizado abaixo.
Assim, pela Lei de Coulomb:
Dividindo a primeira equação pela segunda, obtemos:
.
b) Lembramos que a energia potencial elétrica de um sistema de duas cargas é dado por:
.
Quando a força elétrica realiza um trabalho positivo, haverá aumento da energia cinética à um custo da perda de sua energia potencial, por isso, sendo τ o trabalho da força elétrica, temos:
.
Substituindo as informações dadas e obtidas no item (a), temos:
.
Substituindo o dado do enunciado ( ), obtêm-se:
.
Observação:
Se racionalizarmos o resultado antes de substituir a aproximação do enunciado, obtemos:
.
Fazendo então :
.
Qualquer uma das duas aproximações é igualmente válida.
Um tomógrafo mapeia o interior de um objeto por meio da interação de feixes de raios X com as diferentes partes e constituições desse objeto. Após atravessar o objeto, a informação do que ocorreu com cada raio X é registrada em um detector, o que possibilita, posteriormente, a geração de imagens do interior do objeto.
No esquema indicado na figura, uma fonte de raios X está sendo usada para mapear o ponto P, que está no interior de um objeto circular centrado na origem O de um plano cartesiano. O raio X que passa por P se encontra também nesse plano. A distância entre P e a origem O do sistema de coordenadas é igual a 6.
a) Calcule as coordenadas (x, y) do ponto P.
b) Determine a equação reduzida da reta que contém o segmento que representa o raio X da figura.
a) Vamos denotar . Podemos então formar um triângulo retângulo com o ponto e o segmento dado:
Assim, pelas definições trigonométricas podemos escrever:
Ou seja, as coordenadas do ponto são P = (3,3).
b) Observe que completando ângulos na figura a seguir, obtemos:
Então pela soma dos ângulos internos de um triângulo x = 180° - 60° - 105° = 15°. Pela inclinação negativa da reta, podemos falar que seu coeficiente angular é dado por -tg(15°), utilizando então que 15° pode ser escrito como a diferença de dois ângulos notáveis temos:
Racionalizando:
Então nossa equação de reta é dada por y = ( - 2 ) x + e para descobrir o valor de substituímos o ponto P na reta.
3 = ( - 2 ) 3 + = 6
Então a equação reduzida da reta é dada por
y = ( - 2) x + 6
Os resultados apresentados no infográfico foram obtidos a partir de um levantamento informal feito com 1840 adultos, dos quais 210 eram mulheres que nunca haviam navegado na internet, 130 eram homens que nunca haviam navegado na internet, e os demais pesquisados navegam na internet.
a) Dos 1840 adultos, quantos nunca pesquisaram informações médicas na internet?
b) Do grupo das pessoas que navegam pela internet e já fizeram pesquisadas de informações médicas nesse ambiente, sabe-se que 12,5% das mulheres possuem apenas o diploma de ensino fundamental (ou equivalente) em sua escolarização. Desse mesmo grupo de pessoas, quantos são os homens que possuem apenas o diploma de ensino fundamental (ou equivalente) em sua escolarização?
a) Os que nunca pesquisaram informações médicas na internet são os que nunca navegaram somados a 20% dos que foram entrevistados e navegam mas não pesquisaram.
Ora, os que nunca navegaram são dados por
.
Logo, o número de entrevistados que navegam é dado por
.
Desses, 20% não fizeram pesquisas médicas, totalizando,
.
Portanto, a quantidade de pessoas que não fizeram pesquisas sobre informações médicas na internet é dada por
.
b) Notemos que o número de entrevistados que navegam na internet e já fizeram pesquisas médicas é dado por
.
Desses, 64% são mulheres, ou seja,
mulheres.
Das mulheres, 12,5% possuem apenas ensino fundamental, isto é,
.
Mas, dos 1200 entrevistados que navegam e já procuraram informações médicas, 43% possuem diploma de ensino fundamental. Isso corresponde à
pessoas.
Como 96 são mulheres, então,
.
A concentração C, em partes por milhão (ppm), de certo medicamento na corrente sanguínea após t horas da sua ingestão é dada pela função Nessa função, considera-se t = 0 o instante em que o paciente ingere a primeira dose do medicamento.
Álvaro é um paciente que está sendo tratado com esse medicamento e tomou a primeira dose às 11 horas da manhã de uma segunda-feira.
a) A que horas a concentração do medicamento na corrente sanguínea de Álvaro atingirá 40 ppm pela primeira vez?
b) Se o médico deseja prescrever a segunda dose quando a concentração do medicamento na corrente sanguínea de Álvaro atingir seu máximo valor, para que dia da semana e horário ele deverá prescrever a segunda dose?
a) Estamos interessados em resolver a equação , então
Então o discriminante vale e, portanto,
Como queremos a menor solução, ficamos com . Assim, corridas 10 horas após 11 horas da manha temos que a concentração atingirá o valor desejado às 21h da segunda feira.
b) Perceba que nossa função é uma função de segundo grau com concavidade pra baixo, assim seu de máximo é seu vértice. Como queremos o horário em que a concentração é máxima, queremos o do vértice. Utilizando sua fórmula temos:
Então, como são corridas 20 horas após as 11 da manhã, temos 13 horas do mesmo dia e mais 7 horas do dia seguinte. Assim, a segunda dose deverá ser tomada às 7 horas d
Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas quadradas. Duas dessas casas formam uma dupla de casa contíguas se estão lado a lado, compartilhando exatamente um de seus lados. Veja dois exemplos de duplas de casas contíguas nos tabuleiros.
Dispõem-se de duas peças, uma na forma ☺, e outra na forma ☹, sendo que cada uma cobre exatamente uma casa do tabuleiro.
a) De quantas maneiras diferentes é possível colocar as peças ☺ e ☹ em duplas de casas contíguas de um tabuleiro de xadrez?
b) Considere as 64 casas de um tabuleiro de xadrez como sendo os elementos de uma matriz . Coloca-se a peça ☺, ao acaso, em uma casa qualquer do tabuleiro tal que i = j. Em seguida, a peça ☹ será colocada, também ao acaso, em uma casa qualquer do tabuleiro que esteja desocupada. Na situação descrita, calcule a probabilidade de que as peças ☺ e ☹ tenham sido colocadas em duplas de casas contíguas do tabuleiro.
a) Considerando o tabuleiro de xadrez usual, onde cada coluna é nomeada de A até H e as linhas são numeradas de 1 à 8, podemos colocar as peças contiguamente na mesma linha ou mesma coluna do tabuleiro. Escolhida uma linha (por exemplo), temos 7 pares diferentes de casas adjacentes para alocar nossas peças:
Então, temos 16 filas possíveis de escolha (8 linhas e 8 colunas), cada uma com 7 possibilidades de par de casa para alocação e por fim temos duas ordens possíveis para as peças nas casas:
ou
Então, os casos são .
b) Observe que a informação dele diz que a peça ocupará um lugar na diagonal principal da matriz. Como precisamos saber quantas casas são adjacentes a casa que a peça ocupa, devemos separar em dois casos: quando escolhemos um lugar no canto para a peça e quando escolhemos um outro lugar para ela. Para a primeira situação ficamos com duas casas livres para :
Como apenas duas das oito casas da diagonal em questão são dessa forma, essa situação ocorre com de chance, e nela temos 2 casas favoráveis das 63 restantes, resultando em de chance delas serem contíguas.
Na segunda situação não pegamos uma casa da ponta, resultando em 4 espaços possíveis para :
Como temos 6 casas fora dos cantos na diagonal, temos de chance desse caso acontecer. Nele temos 4 casas favoráveis dentre as 63 livres, resultando de chance delas serem contíguas.
Assim nossa probabilidade fica:
O metano possui molécula de geometria tetraédrica (figura 1). Do ponto de vista matemático, isso significa que, em uma molécula de metano, os 4 átomos de hidrogênio localizam-se idealmente nos vértices de um tetraedro regular, e o átomo de carbono localiza-se no centro da esfera que circunscreve esse tetraedro (figura 2). Nesse modelo de molécula, a distância entre um átomo de hidrogênio e o átomo de carbono é de 0,109 nanômetro (nm).
a) Sabendo que 1nm = , calcule, em milímetros, a medida da distância entre hidrogênio e carbono na molécula de metano. Registre sua resposta em notação científica.
b) Uma importante propriedade do tetraedro regular é a de que, sendo P um ponto interior qualquer, a soma das distâncias de P às quatro faces do tetraedro será igual à altura do tetraedro. Nas condições do problema, isso equivale a dizer que a altura do tetraedro é igual a do raio da esfera. Na figura 2,
indica a medida do ângulo na ligação HCH na molécula de metano. Considerando a tabela trigonométrica a seguir e as informações fornecidas, calcule o valor aproximado de
.
|
sen |
cos |
tg |
70 |
0,9397 |
0,3420 |
2,7475 |
70,5 |
0,9426 |
0,3338 |
2,8239 |
71 |
0,9455 |
0,3256 |
2,9042 |
71,5 |
0,9483 |
0,3173 |
2,9887 |
72 |
0,9511 |
0,3090 |
3,0777 |
72,5 |
0,9537 |
0,3007 |
3,1716 |
73 |
0,9563 |
0,2924 |
3,2709 |
|
sen |
cos |
tg |
73,5 |
0,9588 |
0,2840 |
3,3759 |
74 |
0,9613 |
0,2756 |
3,4874 |
74,5 |
0,9636 |
0,2672 |
3,6059 |
75 |
0,9659 |
0,2588 |
3,7321 |
75,5 |
0,9681 |
0,2504 |
3,8667 |
76 |
0,9703 |
0,2419 |
4,0108 |
a)
b) Olhando para a figura 2, ao projetarmos (perpendicularmente) o H que está no topo do tetraedro, na base, teremos a seguinte figura:
Mas pelo enunciado, , portanto,
.
Ora,
Pela tabela, , logo,
.