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Questão 32 1ª fase

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Questão 32

Memórias de um sargento de milícias O cortiço Capitães da Areia

Inimigo da riqueza e do trabalho, amigo das festas, da música, do corpo das cabrochas. Malandro. Armador de fuzuês. Jogador de capoeira navalhista, ladrão quando se fizer preciso.”

Jorge Amado, Capitães de areia.

O tipo cujo perfil se traça, em linhas gerais, neste excerto, aparece em romances como Memórias de um sargento de milícias, O cortiço, além de Capitães de areia. Essa recorrência indica que



a)
certas estruturas e tipos sociais originários do período colonial foram repostos durante muito tempo, nos processos de transformação da sociedade brasileira.
b)
o atraso relativo das regiões Norte e Nordeste atraiu para elas a migração de tipos sociais que o progresso expulsara do Sul/Sudeste.
c)
os romancistas brasileiros, embora críticos da sociedade, militaram com patriotismo na defesa de nossas personagens mais típicas e mais queridas.
d)
certas ideologias exóticas influenciaram negativamente os romancistas brasileiros, fazendo-os representar, em suas obras, tipos sociais já extintos quando elas foram escritas.
e)
a criança abandonada, personagem central dos três livros, torna-se, na idade adulta, um elemento nocivo à sociedade dos homens de bem.
Resolução

a) Correta. De fato, nas três narrativas citadas, as quais foram publicadas originalmente entre 1852 (Memórias de um sargento de milícias) e 1937 (Capitães de Areia), ou seja, com quase um século de diferença, os tipos sociais brasileiros são importantes como inspiração para as personagens de ficção, demonstrando que este tipo social perdurou por longo tempo, sobrevivendo a diversas transformações sociais.

b) Incorreta. Afinal, não se trata de migração e, além disso, Memórias de um sargento de milícias e O Cortiço se passam no Rio de Janeiro.

c) Incorreta. Não se pode falar em patriotismo em nenhuma das três obras citadas.

d) Incorreta. Os tipos sociais representados não estavam extintos quando da publicação das obras. A propósito, continuam surpreendentemente atuais.

e) Incorreta. Afinal, os autores não trabalham com a distinção (dualidade) elementos nocivos x homens de bem.