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Há 1,5 milhão de anos, ancestrais do homem moderno deixaram pegadas quando atravessaram um campo lamacento nas proximidades do Ileret, no norte do Quênia. Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu essas marcas recentemente e mostrou que elas são muito parecidas com as do “Homo sapiens”: o arco do pé é alongado, os dedos são curtos, arqueados e alinhados. Também, o tamanho, a profundidade das pegadas e o espaçamento entre elas refletem a altura, o peso e o modo de caminhar atual. Anteriormente, houve outras descobertas arqueológicas, como, por exemplo, as feitas na Tanzânia, em 1978, que revelaram pegadas de 3,7 milhões de anos, mas com uma anatomia semelhante à de macacos. Os pesquisadores acreditam que as marcas recém-descobertas pertenceram ao “Homo erectus”.
Revista FAPESP, nº 157, março de 2009. Adaptado.
No texto, a sequência temporal é estabelecida principalmente pelas expressões:
a) |
“Há 1,5 milhão de anos”; “recentemente”; “anteriormente”.
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b) |
“ancestrais”; “moderno”; “proximidades”.
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c) |
“quando atravessaram”; “norte do Quênia”; “houve outras descobertas”.
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d) |
“marcas recém-descobertas”; “em 1978”; “descobertas arqueológicas”.
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e) |
“descobriu”; “mostrou”; “acreditam”.
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Uma “sequência temporal” é estabelecida por meio de advérbios, locuções adverbiais ou orações subordinadas adverbiais, de tempo. Tais recursos só são devidamente apresentados na alternativa A, com a locução “Há 1,5 milhões de anos” e os advérbios “recentemente” e “anteriormente”. As outras alternativas apresentam, por exemplo, também substantivos (ancestrais, proximidades, marcas recém-descobertas, descobertas arqueológicas), adjetivos (moderno; descobertas arqueológicas) e verbos (descobriu, mostrou, acreditam). É verdade que os tempos verbais também definem, às vezes, sequências temporais, mas não é o que se observa no texto em questão, pois não estão relacionados à passagem histórica do tempo.