A figura representa o ciclo da leishmania, causadora da leishmaniose.
MOREIRA et al. 2020. “Aspectos fundamentais da leishmaniose cutânea no Brasil”. DOI:10.22533/at.ed.4852012037. Adaptado.
O parasita sobrevive nas células do hospedeiro mamífero pela inativação de enzimas da(o) I , o que bloqueia a digestão intracelular e possibilita a continuidade do ciclo da leishmania. Uma das formas de se prevenir a transmissão dessa doença é II .
As lacunas I e II podem ser preenchidas corretamente por:
a) |
mitocôndria e morando em zonas urbanas. |
b) |
mitocôndria e ingerindo antibióticos. |
c) |
núcleo e eutanasiando cães infectados. |
d) |
lisossomo e tratando esgotos. |
e) |
lisossomo e utilizando repelente. |
O protozoário do gênero Leishmania é o causador da doença leishmaniose, que pode ocorrer na forma tegumentar (ou cutânea) e visceral. Quando o protozoário é inserido no organismo humano pela picada do mosquito vetor (mosquito palha ou birigui), os macrófagos realizam a fagocitose do mesmo, mas não conseguem promover a digestão do protozoário, devido à capacidade que este tem de inativar as enzimas lisossômicas. Com isso, o protozoário se divide de forma assexuada dentro dos macrófagos e ao abandonar estas células, migra para os tecidos alvo (pele, mucosas, medula óssea, fígado), onde provoca as lesões características da doença. A prevenção desta enfermidade passa pelo combate ao mosquito vetor, que apesar de silvestre, também pode ser encontrado em algumas localidades próximas de matas ou reservas ecológicas. Como se trata de um inseto muito pequeno (2 milímetros de comprimento), normalmente consegue atravessar as telas que geralmente utilizamos nas janelas a fim de evitar mosquitos maiores, como o Anopheles, Aedes ou Culex. Desta forma, resta como uma das estratégias para combate ao inseto o uso de repelentes.
a) Incorreta. As mitocôndrias não são invadidas pelo protozoário e não apresentam enzimas capazes de inativar ou digerir este microrganismo. Morar em zonas urbanas diminui a chance de contaminação, mas não é impossível que isso aconteça.
b) Incorreta. Ingerir antibióticos não seria uma forma de prevenção desta enfermidade, pois o agente etiológico é um protozoário, não uma bactéria. Antibióticos são fármacos ativos no combate às bactérias.
c) Incorreta. O núcleo da célula não é afetado pelo protozoário e este não apresenta enzimas para sua digestão. Eutanasiar cães infectados seria uma medida efetiva, pois estes são os que fornecem o protozoário aos mosquitos vetores.
d) Incorreta. Os lisossomos dos macrófagos são as organelas que possuem as enzimas que deveriam digerir os protozoários, mas que são inativadas nesta infecção, mas o tratamento de esgoto não teria nenhuma relação com a transmissão da doença.
e) Correta. Conforme alternativa anterior, os lisossomos preenchem corretamente a lacuna do texto. A utilização de repelente seria uma medida efetiva para se evitar o contato com o mosquito vetor e, consequentemente, a contaminação pelo Leishmania.