Questão 21 Unicamp 2023 - 1ª fase
No ano de 2020, iniciou-se um conflito interno na Etiópia, com complexas implicações humanitárias, econômicas e geopolíticas, adicionando novas tensões à frágil estabilidade política na região do Chifre da África.
(Adaptado de YARED, Tegbaru. Institute for Security Studies – ISS. Acesso em 09/06/2022.)
As causas do atual conflito na Etiópia resultam
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da instabilidade das instituições estatais gerada pelo processo de colonização europeia no século XVIII. |
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do conflito bélico com a Eritreia em razão da disputa pela saída para o Mar Mediterrâneo. |
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da tentativa de secessão da região do Tigré em função dos conflitos étnico-religiosos e políticos. |
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da participação de interesses estrangeiros na gestão dos recursos naturais etíopes, a exemplo do petróleo. |
a) Incorreta. Durante a Partilha da África, quando as potências europeias dividiram entre si o continente, a Etiópia derrotou a Itália em 1896, não tendo passado pelo processo de neocolonialismo no século XIX. Assim, os atuais conflitos na Etiópia não se relacionam ao processo de colonização europeia.
b) Incorreta. O conflito atual na Etiópia envolve as forças do governo e o grupo separatista de Frente de Libertação Popular do Tigré (FLPT). Com a ascensão do governo reformista de Abiy Ahmed ocorreu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Etiópia e Eritreia. O governo etíope e a Eritreia são aliados contra a a Frente de Libertação Popular do Tigré (FLPT).
c) Correta. A região do Tigré é uma região no norte da Etiópia que abriga a minoria étnica de mesmo nome. O grupo tinha forte influência política e comandou o país entre 1991 e 2018. No entanto, com a perda de prestígio no cenário político nacional e com menos recursos, a Frente de Libertação Popular do Tigré (FLPT) aumentou as demandas pela autonomia da região. Em 2020, teve início um confronto entre a FLTP e o governo etíope que tem gerado grande violência e uma das piores situações humanitárias da atualidade.
d) Incorreta. Os atuais conflitos etíopes não estão associados à interferência estrangeira na gestão dos recursos naturais e sim a conflitos internos decorrentes da disputa territorial e política entre grupos da região separatista de Tigré e o governo etíope.