Os gráficos mostram três trajetórias distintas com relação ao número de espécies animais e vegetais, após desmatamento de áreas da floresta Amazônica:
Após os desmatamentos, os gráficos I, II e III correspondem, respectivamente, a uma área que foi
a) |
usada para pastagem e depois para cultivo de soja; usada para cultivo de soja nos primeiros 20 anos e depois abandonada; abandonada logo após o desmatamento. |
b) |
abandonada logo após o desmatamento; usada como pastagem nos primeiros 20 anos e depois abandonada; usada para pastagem e depois para cultivo de soja. |
c) |
usada como pastagem nos primeiros 20 anos e depois abandonada; abandonada logo após o desmatamento; usada para pastagem e depois para cultivo de soja. |
d) |
usada como pastagem nos primeiros 20 anos e depois abandonada; usada para pastagem e depois para cultivo de soja; abandonada logo após o desmatamento. |
e) |
usada para pastagem e depois para cultivo de soja; abandonada logo após o desmatamento; usada para cultivo de soja nos primeiros 20 anos e depois abandonada. |
Os três gráficos mostram a variação na quantidade de espécies em diferentes áreas, após um evento de desmatamento. No gráfico I a quantidade de espécies caiu drasticamente após a perturbação, permaneceu baixa e estável por cerca de 25 anos e passou a aumentar lentamente após esse período. No gráfico II houve um aumento gradativo e persistente da quantidade de espécies logo após o desmatamento e, por fim, no gráfico III a quantidade de espécies permaneceu baixa e estável por todo o período analisado.
A diferença no comportamento das curvas de biodiversidade, após o desmatamento, pode ser explicada pelas diferentes formas de uso das áreas analisadas. O aumento gradativo da biodiversidade indica a ausência de forças impactantes na biodiversidade e a permanência da biodiversidade em valores baixos indica a existência permanente de um agente impactante na biodiversidade local. A questão considera três usos distintos para as áreas:
1. Uso para pastagem e depois para cultivo de soja.
2. Uso para cultivo de soja nos primeiros 20 anos, seguido do abandono da área.
3. Abandono da área logo após o desmatamento.
O uso para pastagem, seguido para cultivo de soja, produz um impacto constante na biodiversidade, podendo ser relacionado com o gráfico III, no qual a biodiversidade permanece baixa, mesmo após 40 anos.
O uso para cultivo durante 20 anos, seguido de abandono, é consistente com a curva observada no gráfico I, no qual o aumento da biodiversidade só ocorreu após um grande período.
Por fim, o abandono da área, logo após o desmatamento, pode ser relacionado com o gráfico II, no qual a biodiversidade começa a ser restaurada, mesmo que lentamente, devido à ausência do uso da área para outras finalidades.
As associações feitas acima são as mesmas apontadas na alternativa C, que é a alternativa correta da questão.