A escrita faz de tal modo parte de nossa civilização que poderia servir de definição dela própria. A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita. Talvez venha o dia de uma terceira era — depois da escrita. Vivemos os séculos da civilização escrita. Todas as nossas sociedades baseiam-se no escrito. A lei escrita substitui a lei oral, o contrato escrito substitui a convenção verbal, a religião escrita se seguiu à tradição lendária. E sobretudo não existe história que não se funde sobre textos.
Charles Higounet. A história da escrita. Adaptado.
A locução conjuntiva “de tal modo…que” e o advérbio “sobretudo”, respectivamente, expressam noção de:
a) |
conformidade e dúvida. |
b) |
consequência e realce. |
c) |
condição e negação. |
d) |
consequência e negação. |
e) |
condição e realce. |
a) Incorreta. A locução conjuntiva “de tal modo... que” e o advérbio “sobretudo” não expressam, respectivamente, as ideias de conformidade e dúvida no contexto em que são utilizados.
b) Correta. A locução conjuntiva “de tal modo... que” exprime valor consecutivo, de consequência. No trecho em que a locução é utilizada, afirma-se que a escrita faz parte da civilização e conclui-se que, consequentemente, “pode servir de definição dela”. O advérbio “sobretudo” significa “especialmente” e exprime a ideia de importância, realce. No texto, tal relevância é conferida à escrita ao informar que “não existe história que não se funde sobre textos”.
c) Incorreta. A locução conjuntiva “de tal modo... que” e o advérbio “sobretudo” não expressam, respectivamente, as ideias de condição e negação no contexto em que são utilizados.
d) Incorreta. A locução conjuntiva “de tal modo... que” exprime a noção de consequência, mas o advérbio “sobretudo” não expressa a noção de negação.
e) Incorreta. O advérbio “sobretudo” expressa a noção de realce, mas a locução conjuntiva “de tal modo... que” não exprime a noção de condição.