TAYLOR. J . C. A balsa de Lampedusa. Instalação.
Museu Atlântico, Lanzarote, Canárias, 2016 (detalhe).
A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista britânico Jason de Caíres Taylor, é uma das instalações criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu submarino da Europa, o Museu Atlântico, localizado em Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Canárias.
Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a grande maioria dos refugiados que saem da África ou de países como Síria, Líbano e Iraque tenta chegar para conseguir asilo no continente europeu.
As esculturas do Museu Atlântico ficam a 14 metros de profundidade nas águas cristalinas de Lanzarote. Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto a expressão do abandono. Entre elas, há algumas crianças. Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do bote, olha sem esperança o horizonte. A imagem é tão forte que dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte.
Disponível em: https://conexaoplaneta.com.br Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado)
Além de apresentar ao público a obra A balsa de Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a função de chamar a atenção para
a) |
a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélogo das Canárias, com vocação para o turismo |
b) |
as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas em embarcações precárias ao longo dos séculos. |
c) |
a inovação relativa à construção de um museu no fundo do mar, que só pode ser visitado por mergulhadores. |
d) |
a construção do museu submarino como um memorial para as centenas de imigrantes mortos nas travessias pelo mar. |
e) |
a arte como perpetuadora de episódios marcantes da humanidade que têm de ser relembrados para que não tornem a acontecer |
a) Incorreta. Ainda que o texto faça referência à ilha de Lanzarote, não há alusão a uma suposta “vocação para o turismo”.
b) Incorreta. No texto, não há menção explícita a “vidas perdidas”. As esculturas visam retratar a situação dos refugiados e suas “expressões de abandono”. Além disso, não há informações que comprovem que as embarcações eram precárias e existiram por séculos.
c) Incorreta. No texto, não há menção a formas de visitação. Em vista disso, não é possível sustentar que a visitação é restrita a mergulhadores.
d) Incorreta. Assim como na alternativa B, não há menção explícita a “vidas perdidas”.
e) Correta. O texto apresenta ao público a obra “A balsa Lampedusa”, instalação que visa representar artisticamente a situação precária de refugiados que tentam chegar à ilha de Lampedusa, na Itália. Além disso, paralelamente, a reportagem chama a atenção para a importância da arte como perpetuadora de episódios marcantes para humanidade, o que pode ser notado no trecho final do texto: “A imagem [das esculturas] é tão forte que dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte”.