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Questão 68 Unesp 2022 - 1ª fase - dia 2

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Questão 68

Herança Ligada ao Sexo Padrões de Herança Dominante

Os heredogramas a seguir representam duas famílias, A e B. Na família A, os indivíduos representados por símbolos escuros apresentam daltonismo, uma característica genética de herança recessiva ligada ao sexo. Na família B, os símbolos escuros representam indivíduos portadores de acondroplasia, ou nanismo, uma característica genética de herança autossômica dominante.

Não há histórico de ocorrência de daltonismo na família B, e não há histórico de ocorrência de acondroplasia na família A.

Supondo que a mulher II-3 da família A venha a ter um bebê com o homem II-1 da família B, a probabilidade de a criança ser uma menina que não tenha daltonismo nem acondroplasia e a probabilidade de ser um menino que não tenha daltonismo nem acondroplasia são, respectivamente,



a)

50% e 25%.

b)

25% e 12,5%.

c)

12,5% e 12,5%.

d)

12,5% e 50%.

e)

25% e 25%.

Resolução

A questão envolve conhecimento acerca de dois tipos diferentes de herança genética: o daltonismo, que é uma condição de herança recessiva ligada ao sexo, sendo caracterizado pela incapacidade de distinguir entre as cores vermelha e verde; e a acondroplasia, que é uma forma de nanismo, que ocorre em uma a cada 25.000 pessoas, decorrente de alelo dominante localizado em cromossomo autossômico (cromossomo 4).

O indivíduo do sexo masculino afetado pelo daltonismo possui o genótipo XdY, enquanto mulheres afetadas possuem o alelo recessivo em homozigose com genótipo XdXd. Assim, na família A, é possível determinar os genótipos dos indivíduos I-1 (XdXd), II-1 (XdY) e II-2 (XdY). Como o homem I-2 não apresenta daltonismo (XDY), a filha II-3 recebe cromossomo X de origem paterna com o alelo dominante (XD). Assim, a menina II-3 será apenas portadora do alelo para daltonismo com genótipo XDXd.

Analisando o heredograma da família B, os indivíduos afetados pela acondroplasia devem possuir ao menos um alelo dominante (A_) para manifestar a doença, já os indivíduos não afetados são homozigotos recessivos (aa). Dessa forma, os indivíduos I-1 e II-3 possuem genótipo aa e os indivíduos afetados são todos heterozigotos (Aa). A conclusão a respeito da heterozigose é possível pois os indivíduos II-1 e II-2 devem receber um alelo a da mãe (I-1), que não é afetada pelo nanismo. Já o pai I-2, apesar de afetado, deve possuir um alelo normal para o nanismo para que tenha uma filha (II-3) sem essa alteração.

Ainda, considerando os dados do enunciado, como não há ocorrência do daltonismo na família B, o homem II-1 é normal para visão e, portanto, seu genótipo é XDY. Ademais, como não há ocorrência de acondroplasia na família A, a mulher II-3 da família A possui genótipo aa.

Abaixo o heredograma com os genótipos preenchidos:

Realizando a união proposta: Mulher II-3 (XDXd, aa) x Homem II-1 (XDY, Aa)

Descendentes do casal quanto ao daltonismo:

  XD Xd
XD XDXD XDXd
Y XDY XdY

Meninas: 100% normais para visão (XDX_), para serem afetadas o pai também deveria apresentar o daltonismo.

Meninos: 50% normais para visão (XDY) e 50% daltônicos (XdY).

Descendentes do casal quanto ao nanismo:

  a a
A Aa Aa
a aa aa

50% com acondroplasia (Aa) e 50% sem acondroplasia (aa).

Chance de ser menino ou menina:

  X X
X XX XX
Y XY XY

50% do sexo feminino (XX) e 50% do sexo masculino (XY).

A probabilidade de ser uma menina, que não tenha daltonismo nem acondroplasia é:

p (♀, XDX_, aa) = 1/2 x 1 x 1/2 = 1/4 ou 25%

A probabilidade de ser um menino, que não tenha daltonismo nem acondroplasia é: 

p (♂XDY, aa) = 1/2 x 1/2 x 1/2 = 1/8 ou 12,5%

A única alternativa que apresenta corretamente as porcentagens calculadas é indicada pela letra B