O carbeto de silício (SiC), também conhecido como carborundum, é amplamente utilizado como abrasivo em pedras de esmeril, em pedras de afiar facas e também em materiais refratários.
Esse composto é obtido a partir de uma mistura de carvão com areia com alto teor de sílica, por meio de processo eletrotérmico envolvendo a reação global, com rendimento médio de 75%, representada a seguir.
Com base nessas informações, prevê-se que a massa de obtida pela reação de de com de C seja, aproximadamente,
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Para o cálculo da massa obtida a partir das massas fornecidas dos dois reagentes no processo é necessário, primeiramente, descobrir se há algum reagente em excesso, pois a quantidade de produto obtido depende da quantidade do reagente limitante (que não está em excesso).
Sendo assim, devemos relacionar as massas dos reagentes para identificar se obedecem à proporção estequiométrica dada pelo balanceamento da equação (proporção molar, ou seja, em mol).
Pela equação, já balanceada, fornecida pelo enunciado:
Obs.: O cálculo estequiométrico para uma relação de massas independe do estado físico e da arrumação espacial das substâncias, por isso foram omitidos nessa resolução.
Vemos que: 1 mol de SiO2 reage estequiometricamente com 3 mol de C.
Consultando a tabela periódica da prova, temos as massas molares dos reagentes:
Reescrevendo a relação em mol para uma relação em massa:
60,1 g de SiO2 reagem estequiometricamente com 3·12 g de C.
Para sabermos qual reagente é o limitante, basta efetuar uma regra de três para descobrir que massa de um dos reagentes seria necessária para reagir completamente com a massa total do outro reagente. Esse cálculo pode ser feito para qualquer um dos reagentes.
Para essa resolução, calcularemos a massa de SiO2 (mSiO2) necessária para reagir completamente com a massa de C utilizada, 3,6 t:
O resultado obtido confere com a massa disponibilizada de SiO2 fornecida pelo enunciado. Isso significa que não há reagente em excesso.
Obs.: Caso a massa obtida fosse menor que 6,0 t, o SiO2 estaria em excesso, pois o enunciado teria disponibilizado uma massa maior que a necessária para reagir compoletamente com o C (limitante nessa hipótese), logo sobraria uma parte de SiO2 sem reagir no processo. Por outro lado, se a massa obtida fosse maior que 6,0 t, o SiO2 seria o limitante, pois o enunciado teria disponibilizado uma massa menor que a necessária para reagir completamente com o C, ou seja, faltaria SiO2 para consumir todo o C disponível, logo sobraria uma parte de C sem reagir no processo (reagente em excesso).
O mesmo raciocío e conclusões poderiam ser usados invertendo o cálculo, ou seja, se calculássemos a massa de C necessária para reagir completamente com a massa de SiO2 utilizada (6,0 t).
Para o cálculo da massa obtida de SiC, podemos fazer uma segunda regra de três utilizando a proporção estequiométrica de qualquer um dos reagentes, pois não há excesso (se houvesse excesso, o reagente limitante deveria ser utilizado), e o SiC. Para essa resolução, utilizaremos o SiC.
Pela equação: 1 mol de SiO2 reage estequiometricamente com 1 mol de SiC.
Consultando a tabela periódica da prova, temos a massa molar do SiC: 40,1 g/mol.
Efetuando a regra de três utlizando a relação entre as massas de SiO2 e SiC:
Porém o enunciado afirma que o rendimento do processo é de 75%. Assim, devemos ainda ajustar a resposta para o rendimento correto, pois nosso cálculo foi feito supondo um rendimento de 100% na obtenção dos produtos, logo, a massa real de SiC (mSiC(real)) será: