Grupos de proteção ao meio ambiente conseguem resgatar muitas aves aquáticas vítimas de vazamentos de petróleo. Essas aves são lavadas com água e detergente neutro para a retirada completa do óleo de seu corpo e, posteriormente, são aquecidas, medicadas, desintoxicadas e alimentadas. Mesmo após esses cuidados, o retorno ao ambiente não pode ser imediato, pois elas precisam recuperar a capacidade de flutuação.
Para flutuar, essas aves precisam
a) |
recuperar o tônus muscular. |
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restaurar a massa corporal. |
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substituir as penas danificadas. |
d) |
restabelecer a capacidade de homeotermia. |
e) |
refazer a camada de cera impermeabilizante das penas. |
Muitas espécies de aves de regiões litorâneas são dependentes dos recursos alimentares oriundos da fauna marítima da região. Os comportamentos de caça são variados e as espécies apresentam diferentes graus de contato com o ambiente aquático. Algumas dessas aves chegam a mergulhar por alguns metros de profundidade, retornando à superfície sem dificuldade e recobrando o voo logo em seguida. O encharcamento das penas é um fator crítico para essas aves e poderia dificultar o retorno imediato delas para os ares, deixando-as vulneráveis a outros tipos de predadores marinhos. No entanto, as aves possuem uma glândula com abertura próxima à cloaca conhecida como glândula uropigiana, responsável pela secreção de uma substância cerosa que elas mesmas espalham pelas penas, com o uso do bico. A camada de cera espalhada oferece proteção contra o encharcamento das penas, tanto nas aves que mergulham como naquelas que flutuam na superfície da água à procura de alimento. O vazamento de óleo no ambiente marinho, como os vários que ocorreram na última década, vieram acompanhados de sérios impactos para a vida do ambiente marinho e costeiro, incluindo as aves. O tratamento oferecido às aves recuperadas é importante para retirar o óleo impregnado das penas e o intervalo de espera para que a ave seja devolvida ao ambiente está relacionado com a restauração natural da camada de cera impermeabilizante.
a) Incorreta. O tratamento dado não visa a recuperação do tônus muscular, pois ele não é afetado pelo contato com o óleo.
b) Incorreta. Os procedimentos adotados pelos grupos de proteção não restauram a massa corporal, uma vez que o contato com o óleo não tem efeito sobre essa característica das aves.
c) Incorreta. Embora algumas penas necessitem de substituição, algo até natural, os procedimentos com o uso de detergente e água não estão relacionados com essa substituição, mas sim com a retirada do óleo.
d) Incorreta. A homeotermia não é afetada pelo contato com o óleo, tampouco pelos cuidados dispendidos pelas equipes de proteção.
e) Correta. O tempo para recuperação da capacidade de flutuação, após a limpeza das penas, tem como objetivo permitir que ave produza a secreção cerosa e espalhe com o bico pelas penas.