KOSUTH, J. One and Three Chairs. Museu Reina Sofia, Espanha, 1965.
Disponível em: www.museoreinasofia.es. Acesso em: 4 jun. 2018 (adaptado).
A obra de Joseph Kosuth data de 1965 e se constitui por uma fotografia de cadeira, uma cadeira exposta e um quadro com o verbete "Cadeira". Trata-se de um exemplo de arte conceitual que revela o paradoxo entre verdade e imitação, já que a arte
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não é a realidade, mas uma representação dela.
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fundamenta-se na repetição, construindo variações.
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não se define, pois depende da interpretação do fruidor.
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resiste ao tempo, beneficiada por múltiplas formas de registro.
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redesenha a verdade, aproximando-se das definições lexicais.
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a) Correta. No trabalho em questão, o artista traz três representações de cadeiras, possibilitando uma reflexão acerca das inúmeras representações de um objeto, levando seu espectador a pensar no que é uma cadeira e no que não é uma cadeira (uma vez que a cadeira 'real' perdeu sua função, tornando-se arte). Partindo disso, entende-se todas as três cadeiras apenas como representações.
b) Incorreta. A ideia de Kosuth foi trazer uma reflexão das diversas possibilidades de representações de um objeto, e não construir variações desses objetos.
c) Incorreta. As três imagens são signos denotativos, imagens figurativas banais, não deixando margem a interpretações fora da ideia de uma cadeira.
d) Incorreta. O trabalho de Kosuth não traz nenhuma relação ou informação acerca do tempo. Ademais, ter mais de uma representaçao não significa exatamente potencializar sua resistência em relação ao tempo.
e) Incorreta. O ponto de partida do artista é o objeto cadeira, e não a definição lexical. Para ele, do objeto banal e cotidiano, podemos tirar uma representação fotográfica ou lexical.