(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/guarda-chuva-se-firma-como-simbolo -da-democracia-em-hong-kong.shml. Acessado em 01/10/2019.) |
No final do século XX, Hong Kong tornou-se uma “Região Administrativa Especial” da China. Em teoria, gozará de semi-autonomia até 2047, quando a China terá plenos poderes sobre a ilha. Hong Kong tem moeda própria, mas não é independente em termos de defesa e diplomacia, ou seja, seu status político-administrativo é híbrido, fruto de um acordo – a “Declaração Conjunta” de 1984 – entre a China e um governo estrangeiro que tutelou a ilha por 99 anos, a partir de 1898. Em 1997 entrou em vigor o acordo, sob a conhecida fórmula “um país, dois sistemas”. A partir de 2014, movimentos de contestação social ganharam relevo em Hong Kong. |
Com base no enunciado e em seus conhecimentos, responda às questões.
a) Que nação manteve domínio sobre Hong Kong por 99 anos? Explique a expressão “um país, dois sistemas”.
b) Sob que denominação ficou conhecida a revolta iniciada em 2014 e intensificada em 2019? Apresente pelo menos uma reivindicação dos manifestantes.
a) O país que manteve o domínio sobre Hong Kong por 99 anos foi o Reino Unido/Inglaterra.
A expressão "um país, dois sistemas" que define a China atual explica-se pela abertura econômica do país a partir da década de 80 com a criação das Zonas Econômicas Especiais (embora Hong Kong seja, como diz o enunciado, uma "Região Administrativa Especial"), portanto a China possui uma economia capitalista. Por outro lado a China mantém o poder político centralizado nas mãos do Partido Comunista Chinês, ou seja, um fechamento político sem abertura democrática (o principal exemplo desse fechamento político foi o "Massacre da Praça da Paz Celestial" em 1989 quando o governo chinês reprimiu com grande violência protestos da população por democracia). Com uma economia aberta (capitalista) e uma política fechada (socialista) temos a expressão "um país, dois sistemas".
b) A revolta inicada em 2014 e intensificada em 2019 ficou conhecida como "A Revolução dos Guarda-chuvas" em referência aos guardas-chuvas utilizados pelos manifestantes como proteção à violência das forças de segurança na região com mostra a foto do enunciado.
Em 2014 os protestos tiveram início após uma tentativa da China de interferir nas eleições em Hong Kong contrariando a semi-autonomia garantida até 2047. Em 2019 se intensificaram devido a um projeto de lei sobre extradição proposto pelo governo de Hong Kong que, segundo os manifestantes, poderia facilitar a extradição de perseguidos políticos para a China.
O vestibulando deveria citar pelo menos uma das principais reivindicações dos manifestantes, que são