O governo de São Paulo proibiu a venda de mariscos, ostras e mexilhões, na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. O comércio de estoques desses alimentos, produzidos a partir de 30 de julho, foi proibido nas cidades de Itanhaém, Cananeia e Praia Grande. A medida acontece após amostras de água coletadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) apontarem quantidades da microalga Dinophysis acuminata acima do valor máximo permitido.
Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/ (Adaptado).
Essa notícia circulou nos principais veículos de imprensa na primeira quinzena do mês de agosto de 2024, prejudicando o setor de vendas de frutos do mar nas regiões litorâneas do estado de São Paulo.
a) Quantos filos de animais são mencionados na notícia?
b) Qual é o aspecto fisiológico que explica a proibição ocorrer apenas para os mariscos, ostras e mexilhões? Justifique a sua resposta.
c) Cite uma causa para o aumento da quantidade de microalgas no ambiente aquático e uma consequência de tal aumento para esse mesmo ambiente.
a) Mariscos, ostras e mexilhões são bivalves e fazem parte do filo dos Mollusca, dessa forma, apenas um filo foi mencionado.
Observação: em algumas regiões a palavra marisco também é usada para fazer referência a outros animais invertebrados marinhos, como alguns crustáceos, pertencentes ao filo Arthopoda. Se a FUVEST optar por incluir esse regionalismo, a resposta seria dois filos.
b) Esses animais são filtradores e obtêm o alimento retendo algas e outros microrganismos em suas brânquias, conduzindo-os posteriormente à boca. A microalga Dinophysis acuminata é um tipo de dinoflagelado capaz de produzir substâncias tóxicas como o ácido ocadáico, o qual se acumula nos tecidos dos moluscos após servirem de alimento a eles. O consumo desses moluscos contaminados normalmente causa intoxicação, provocando diarréia e em alguns casos náuseas e vômitos.
c) O aumento exorbitante na população de algas é um fenômeno conhecido como floração, decorrente da grande disponibilidade de nutrientes ricos em nitrogênio e fósforo, que torna o ambiente eutrófico. Esses nutrientes que chegam ao oceano podem ser provenientes da atividade agrícola (fertilizantes) ou do esgoto doméstico humano. A floração pode levar a superpopulação de algas que produzem toxinas, como a Dinophysis acuminata, contaminando animais da cadeia alimentar, fato que pode impactar as populações de moluscos, peixes e outros animais da comunidade oceânica, além das perdas econômicas criadas pela proibição temporária do consumo de peixes e frutos do mar em geral.