Já ouvi gente falando que o podcast é o renascimento do rádio. O rádio é genial, uma mídia imorredoura, mas podcast não tem anda a ver com ele. O formato está mais próximo do ensaio literário do que de um programa de ondas curtas, médias ou longas.
Podcasts são antípodas das redes sociais. Enquanto elas são dispersivas, levam à evasão e à desinformação, os podcasts são uma possibilidade de imersão, concentração, aprendizado. Depois que eles surgiram, lavar a louça e me locomover pela cidade viraram um programaço. Um pós-almoço de domingo e aprendo tudo sobre bonobos e gorilas. Um táxi pro aeroporto e chego ao embarque PhD em reforma tributária.
PRATA, A. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 7 jan. 2024 (adaptado).
Segundo a argumentação construída nesse texto, o podcast
a) |
provoca dispersão da atenção em seu público. |
b) |
funciona por meio de uma frequência de ondas curtas. |
c) |
propicia divulgação de conhecimento para seus usuários. |
d) |
tem um formato de interação semelhante ao das redes sociais. |
e) |
constitui uma evolução na transmissão de informações via rádio. |
a) Incorreta. Na visão do cronista, os podcasts não provocam dispersão da atenção do público; pelo contrário, são “uma possibilidade de imersão, concentração, aprendizagem”.
b) Incorreta. As ondas mencionadas fazem referência ao rádio, não aos podcasts.
c) Correta. Para Antonio Prata, os podcasts são excelentes canais para a divulgação de conhecimento: “depois que eles surgiram, lavar louça e me locomover pela cidade vivaram uma programaço. Um pós-almoço de domingo e aprendo tudo sobre bonobos e gorilas. Um táxi para o aeroporto e chego ao embarque PhD em reforma tributária”.
d) Incorreta. Para Prata, as redes sociais e os podcasts são antípodas, isto é, situam-se em lugares diametralmente opostos. Logo, não há qualquer semelhança entre os dois.
e) Incorreta. Os podcasts não são transmitidos via rádio, o que torna a afirmação inválida.