Há experiências de lutas sociais de reapropriação cultural da natureza que são movimentos emblemáticos, como a dos seringueiros no Brasil, que da luta sindical para a comercialização da borracha chegaram a inventar o conceito de reserva extrativista e estão avançando para um novo modo de produção, uma nova racionalidade produtiva, mostrando que é possível viver bem, e não apenas sobreviver, em harmonia com a natureza que habitam. O novo planeta que podemos imaginar é feito desses territórios produtivos que não são apenas economias de autossubsistência mas economias que potencializam a produtividade ecológica de seus territórios.
LEFF, E. Discursos sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010 (adaptado).
O texto expõe a possibilidade de uma nova racionalidade produtiva por meio de uma gestão territorial que se baseia na
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integração de mercados regidos por pressões regionais. |
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conexão de valores fundamentados por decisões locais. |
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unificação de preços delimitados por demandas nacionais. |
d) |
normatização de regras construídas por instituições mundiais. |
e) |
valorização de tradições orientadas por determinações globais. |
A busca de modelos econômicos que incorporam princípios da conservação ambiental urge para a solução da crise ambiental que assola o mundo. O caso implementado pelos seringueiros na exploração da borracha na Amazônia é um bom exemplo a ser apresentado ao mundo.
a) Incorreta. O texto não mostra integração de mercados e sim a construção de um novo paradigma que potencializa a produtividade ecológica de seus territórios.
b) Correta. O texto evidencia lutas sociais alimentadas por decisões locais que renovaram o modelo de produção nos seringais amazônicos, conectando a necessidade do desenvolvimento econômico com os princípios da sustentabilidade ambiental.
c) Incorreta. O texto não faz nenhuma conexão com a política de preços praticadas no setor, mas sabe-se que os preços no mercado da borracha são influenciados por vetores nacionais e internacionais.
d) Incorreta. O novo paradigma de relacionamento com a natureza mencionado no texto é construído a partir de uma nova prática social estabelecida pelos seringueiros e não por instituições mundiais.
e) Incorreta. O texto mostra que a reapropriação cultural da natureza é fruto de uma luta social dos seringueiros, colocando-os como agentes condutores desse processo, de modo que as causas de tal processo não são determinações globais.