A regra de ouro, popularmente conhecida pelo provérbio "Trate os outros como gostaria de ser tratado", é um dos princípios morais mais onipresentes. A noção subjacente, que apela para o senso ético mais básico, se expressa de uma forma ou de outra em praticamente todas as tradições religiosas, e poucos filósofos morais deixaram de invocar a regra ou pelo menos de tecer comentários a respeito da relação com seus próprios princípios.
DUPRÉ, B. 50 grandes Ideias da humanidade. Sêo Paulo: Planeta do Brasil, 2016.
O princípio ético apresentado no texto, como elemento estruturante da vida em sociedade, se traduz pela seguinte formulação teórica:
a) |
Doutrina teleológica. |
b) |
Imperativo categórico. |
c) |
Pensamento utilitarista. |
d) |
Secularização inautêntica. |
e) |
Raciocínio consequencialista. |
A premissa em destaque no texto base da questão pode ser interpretada tal qual o imperativo categórico kantiano, que exorta o cumprimento de nossas ações baseados no dever moral.
a) Incorreta. A noção apresentada no texto implica o cumprimento de um dever, e não de um télos, isto é, uma fnalidade específica, um objetivo definido.
b) Correta. A formulação apresentada foi interpretada e nomeada pelo filósofo Imanuel Kant na forma de seu imperativo categórico: age como se a máxima de sua ação fosse lei universal.
c) Incorreta. O utilitarismo se baseia na promoção de menor dor e maior prazer coletivos em consequência de uma ação. Como dito, a questão presente trata do cumprimento de um dever universal.
d) Incorreta. Não há no texto possibilidade de interpretação de uma secularização que impeça a autenticidade dos indivíduos.
e) Incorreta. O consequencialismo se debruça sobre as consequências das ações, enquanto a frase do texto base se direciona ao imperativo kantiano, à busca de um princípio universal, e não às consequências do ato.