Uma etapa essencial no estabelecimento de plantas é a germinação das sementes. Nesse processo, o balanço hormonal determina a dormência, a germinação das sementes e o consumo de reservas para o crescimento das plântulas resultantes do desenvolvimento inicial do embrião. Sabe-se que plântulas não possuem folhas completamente expandidas e maduras e, portanto, são incapazes de produzir fotoassimilados suficientes para suportar o seu crescimento.
a) Considerando a giberelina e o ácido abscísico, qual é a condição que determina a quebra da dormência de sementes? Além da atuação na germinação, cite uma resposta em plantas induzida pela giberelina e uma pelo ácido abscísico.
b) Em relação às sementes de eudicotiledôneas, cite o tecido onde as reservas são encontradas e o principal polissacarídeo de reserva. Explique como as plântulas em crescimento utilizam esse composto de reserva das sementes.
a) No processo de germinação, os hormônios citados possuem ações antagônicas, sendo que a giberelina induz a germinação e ativa o crescimento vegetativo do embrião enquanto o ácido abscísico inibe a germinação induzindo a dormência de sementes. Dessa forma, a quebra da dormência ocorre quando ocorre o aumento da produção de giberelina e a diminuição de o ácido abscísico. Além de induzir a germinação, a giberelina atua estimulando o crescimento vegetal por alongamento celular, principalmente o alongamento do caule, induz a floração das plantas e juntamente com a auxina estimula o desenvolvimento dos frutos. Já o ácido abscísico estimula o fechamento dos estômatos, o que reduz a perda de água pelas folhas nas estações mais secas.
b) Nas angiospermas eudicotiledôneas as reservas estão armazenadas nos cotilédones, que reserva, dentre outros nutrientes, o polissacarídeo amido. Os cotilédones são folhas embrionárias que surgem durante a formação das sementes, eles absorvem e reservam nutrientes obtidos do endosperma 3n e, durante a germinação, atuam na transferência desses nutrientes para o embrião, permitindo o seu desenvolvimento. O amido é um carboidrato complexo (polissacarídeo) e por meio da ação enzimática das amilases é hidrolisado em carboidratos mais simples. A ação enzimática possibilita a obtenção de glicoses. Esses monossacarídeos com função energética são utilizado na respiração celular aeróbica, que gera energia (ATP) para o metabolismo celular e possibilita a ocorrência de processos que demandam energia no desenvolvimento inicial do vegetal. Após a formação de órgãos fotossintéticos a produção de glicose é suprida pela fotossíntese.