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Questão 4 Unicamp 2025 - 2ª fase - dia 2

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Questão 4

Relações Métricas e Trigonométricas no Triângulo Retângulo Função Quadrática

A trave de equilíbrio é um aparelho de ginástica artística, no qual a atleta deve se equilibrar enquanto realiza movimentos coreográficos, saltos e giros. A Figura 1 representa a trave de equilíbrio. A trave é paralela ao solo e os pontos A, B, e C formam um triângulo equilátero. A Figura 2 representa um dos movimentos realizados pela atleta.

 

a) Sabendo que a distância da trave ao solo é de 110 cm, calcule o comprimento do segmento DB.

b) A atleta realiza um salto de saída da trave, representado na Figura 2. Sabe-se que a trajetória do centro de massa da atleta é uma parábola, conforme ilustrado na figura 2. A distância horizontal entre a saída da trave e o local da aterrisagem é 125 cm e o ponto mais alto da trajetória (ponto H) é alcançado a 50 cm da saída da trave (distância horizontal). Sabe-se que no momento da saída, o centro de massa está a 189 cm do chão (ponto P1) e que no momento da aterrisagem o centro de massa da atleta está situado a 64 cm do chão (ponto P2), como mostra a figura. Calcule a maior altura atingida pelo centro de massa da atleta durante esse movimento.



Resolução

a) Projetando o ponto B da trave perpendicularmente ao chão (ponto E), formamos um triângulo retângulo BDE.

Como a trave é paralela ao chão, os ângulos alternos internos AB^D e BD^E são congruentes. Então, uma vez que o triângulo ABC é equilátero, tais ângulos possuem medida 60°:

Portanto, utilizando as razões trigonométricas no triângulo retângulo:

sen60°=BEBD  32=110BD  BD=2203·33

BD=22033 cm

 

b) A trajetória do salto (parábola) corresponde ao gráfico de uma função quadrática fx=ax2+bx+c.

Resolução 1:

Podemos fazer uma escolha conveniente para facilitar o cálculo dos parâmetros a, b e c da função f.

Escolhemos o eixo de simetria da parábola como o eixo y e o chão como o eixo x. Assim, a maior altura atingida pelo centro de massa da atleta durante o movimento corresponde à ordenada do vértice da parábola yV=fxV.

Temos as seguintes informações:

xV=0f-50=189f75=64

De xV=0, obtemos:

xV=-b2a=0  b=0

 

Daí ficamos com o sistema:

-502a+c=189      752a+c=64 2500a+c=1895625a+c=64

Subtraindo a segunda equação da primeira:

-3125a=125  a=-125

Substituindo na primeira equação:

2500·-125+c=189  c=289

Portanto, a altura máxima é

yV=f0=289 cm

 

Resolução 2:

Podemos relacionar este exercício ao Princípio de Galileu para objetos em queda livre:

"A partir do repouso, um corpo em queda livre se desloca, durante intervalos de tempos iguais, 0, t, t, 2t, 2t, 3t, etc, distâncias diretamente proporcionais a 1, 3, 5, etc..."

Como o movimento da atleta pode ser decomposto em um movimento uniforme na direção horizontal, e um movimento uniformemente variado na direção vertical, o vértice da parábola corresponde ao ponto em que a velocidade vertical é nula (altura máxima h obtida pelo centro de massa da atleta).

Os intervalos de tempos iguais estão relacionados com intervalos de mesmo tamanho no eixo x (pois nessa direção temos movimento uniforme), e podemos escolhê-los como intervalos de 25 cm (que podem ser tomados tanto para a direita quanto para a esquerda do eixo de simetria).

Da Figura 2:

xP1=xV-2·25xP2=xV+3·25hP1=h-k-3k=189hP2=h-k-3k-5k=64h-4k=189h-9k=64

Subtraindo a segunda equação da primeira:

5k=125  k=25 cm

Substituindo:

h-4·25=189  h=289 cm