Questão 28 Unicamp 2025 - 1ª fase
Essa pintura histórica de Francisco Goya (1746-1828) foi feita no início do século XIX, na Espanha. Sobre a obra e seu contexto, é correto afirmar que
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o pintor destaca o protagonismo francês ao mostrar, na cena de fuzilamento decorrente da ocupação napoleônica na Península Ibérica, as armas dos oficiais do exército. |
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o quadro enfoca, ao optar por representar em posição de mártires as vítimas do fuzilamento, a simpatia da Igreja Católica espanhola para com a ocupação napoleônica. |
| c) |
a lanterna, que integra a pintura no quadro, ilumina o massacre contra os revoltosos, pelo pelotão racionalmente organizado de soldados, durante a revolução francesa. |
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a figura popular do espanhol de camisa branca é associada à representação de Cristo, com os braços e mãos abertos, na cruz; essa figura sublinha o terror da ocupação napoleônica. |
a) Incorreta. A tela de Francisco Goya (1746-1828), intitulada “3 de maio de 1808 em Madri”, realizada pelo autor na época da invasão napoleônica a Espanha (1808-1813) não destaca o protagonismo dos franceses. Ao contrário, Goya pretendeu ressaltar a resistência dos espanhóis a imposição do irmão de Napoleão (José Bonaparte) ao trono espanhol por meio da figura do espanhol de camisa branca, que praticamente se martiriza pela causa da autonomia espanhola.
b) Incorreta. Não há nenhuma referência que possamos destacar que nos faça intuir o apoio da igreja católica à causa napoleônica. Ao contrário, as relações entre a Igreja Católica e a França se tornaram bastante tensas a partir da Revolução de 1789, pois os bens daquela instituição foram confiscados pelos revolucionários e o discurso era claramente anticlerical.
c) Incorreta. O fato destacado pela tela de Goya não ocorre durante a Revolução Francesa (1789-1799), mas sim durante a invasão napoleônica a Espanha a partir de 1808.
d) Correta. Goya procurou glorificar o papel dos que resistiram ao domínio napoleônico, retratado como altamente violento e tirânico. A imagem do espanhol de camisa branca com os braços abertos, quase como uma crucificação, demonstra isso.