Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma do Conselho de Segurança
Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha, Índia e Japão) rejeitaram, em setembro de 2018, a defesa pela ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) durante reunião em Nova York (Estados Unidos). Em declaração conjunta, de dez itens, os chanceleres destacam que o órgão, no formato em que está, com apenas cinco membros permanentes e dez rotativos, não reflete o século 21. "A reforma do Conselho de Segurança é essencial para enfrentar os desafios complexos de hoje. Como aspirantes a novos membros permanentes de um conselho reformado, os minitros reiteraram seu compromisso de trabalhar para fortalecer o funcionamento da ONU e da ordem multilateral global, bem como seu apoio às respectivas candidaturas", afirma declaração conjunta.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 7 dez. 2018 (adaptado).
Os países mencionados no texto justificam sua pretensão com base na seguinte característica comum:
a) |
Extensividade de área territorial. |
b) |
Protagonismo em escala regional. |
c) |
Investimento em tecnologia militar. |
d) |
Desenvolvimento de energia nuclear. |
e) |
Disponibilidade de recursos minerais. |
a) Incorreta. A base da justificativa feita pelo grupo é a relevância geopolítica e econômica, e não o tamanho territorial (inclusive o Japão possui pequena dimensão territorial).
b) Correta. A reforma proposta pelo G4 para o Conselho de Segurança é justificada para garantir a representatividade da ONU na mediação das relações internacionais. A análise desse grupo, apoiada por muitos estudiosos sobre o tema, defende que a atual estrutura do Conselho de Segurança reflete as relações de poder do mundo após a Segunda Guerra Mundial e, portanto, estaria desatualizada para o século XXI. A melhoria da representatividade do Conselho de Segurança se daria por meio da incorporação de países que tiveram ascensão no seu papel geopolítico regional.
c) Incorreta. O investimento em tecnologia militar por si só não é um atributo que garante a um país o papel de liderança sobre uma região.
d) Incorreta. O desenvolvimento de energia nuclear não é tão significativa no Brasil, quando comparada a outros países, e na Alemanha, que houve um recuo do uso desse modal de energia.
e) Incorreta. Os inúmeros países no mundo dispõem de recursos minerais, mas não possuem relevância geopolítica a ponto de poderem pleitear o papel de líderança. Além disso, deve -se ressaltar que o Japão não é rico em recursos minerais.
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