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Questão 82 Enem 2019 - dia 1 - Linguagens e Ciências Humanas

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Questão 82

Características e implicações da modernização agrícola no Brasil

    Localizada a 160 km da cidade de Porto Velho (capital do estado de Rôndonia), nos limites da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a partir de movimentos de camponeses, madeireiros, pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento territorial e diante da passividade governamental, demarcaram e invadiram terras na área rural fundando a vila. Atualmente, constitui-se na região de maior produção agrícola e leiteira do município de Porto Velho, fornecendo, inclusive, alimentos para a Hidrelétrica de Jirau.

SILVA, R. G. C. Amazônia globalizada - o exemplo de Rondônia. Confins, n. 23, 2015 (adaptado).


A dinâmica de ocupação territorial descrita foi decorrente da



a)

mecanização do processo produtivo.

b)

adoção da colonização dirigida.

c)

realização de reforma agrária.

d)

ampliação de franjas urbanas.

e)

expansão de frentes pioneiras.

Resolução

a) Incorreta. A mecanização de processo produtivo não se aplica ao entendimento da ocupação territorial, que no caso é pouco mecanizada.

b) Incorreta. A adoção de colonização dirigida na Amazônia ocorreu principalmente durante a Era Vargas até o final do período militar, nos quais foram feitas inúmeras iniciativas para estimular a ocupação da região, não sendo um fenômeno atual, como mencionado no texto.

c) Incorreta. A reforma agrária não está presente nessa dinâmica de ocupação descrita, pois ocorre à revelia de políticas estatais.

d) Incorreta. As franjas urbanas não estão presentes nesse tipo de ocupação territoral, sendo típicas de áreas urbanas estabelecidas. 

e) Correta. A região amazônica apresentada no texto faz parte de uma grande área denominada "fronteira agrícola", onde as frentes pioneiras propiciam a expansão da atividade econômica para novos espaços territoriais, sendo comum o confronto entre lógicas distintas de ocupação do território. Uma voltada para atividade agropecuária, representada pelos grileiros, madereiros e grandes fazendeiros que buscam a derrubada de grandes setores de floresta, tornando essas áreas privadas. E outra lógica representada por camponeses e populações tradicionais da floresta com formas coletivas de uso da terra.