Localizada a 160 km da cidade de Porto Velho (capital do estado de Rôndonia), nos limites da Reserva Extrativista Jaci-Paraná e Terra Indígena Karipunas, o povoado de União Bandeirantes surgiu em 2000 a partir de movimentos de camponeses, madeireiros, pecuaristas e grileiros que, à revelia do ordenamento territorial e diante da passividade governamental, demarcaram e invadiram terras na área rural fundando a vila. Atualmente, constitui-se na região de maior produção agrícola e leiteira do município de Porto Velho, fornecendo, inclusive, alimentos para a Hidrelétrica de Jirau.
SILVA, R. G. C. Amazônia globalizada - o exemplo de Rondônia. Confins, n. 23, 2015 (adaptado).
A dinâmica de ocupação territorial descrita foi decorrente da
a) |
mecanização do processo produtivo. |
b) |
adoção da colonização dirigida. |
c) |
realização de reforma agrária. |
d) |
ampliação de franjas urbanas. |
e) |
expansão de frentes pioneiras. |
a) Incorreta. A mecanização de processo produtivo não se aplica ao entendimento da ocupação territorial, que no caso é pouco mecanizada.
b) Incorreta. A adoção de colonização dirigida na Amazônia ocorreu principalmente durante a Era Vargas até o final do período militar, nos quais foram feitas inúmeras iniciativas para estimular a ocupação da região, não sendo um fenômeno atual, como mencionado no texto.
c) Incorreta. A reforma agrária não está presente nessa dinâmica de ocupação descrita, pois ocorre à revelia de políticas estatais.
d) Incorreta. As franjas urbanas não estão presentes nesse tipo de ocupação territoral, sendo típicas de áreas urbanas estabelecidas.
e) Correta. A região amazônica apresentada no texto faz parte de uma grande área denominada "fronteira agrícola", onde as frentes pioneiras propiciam a expansão da atividade econômica para novos espaços territoriais, sendo comum o confronto entre lógicas distintas de ocupação do território. Uma voltada para atividade agropecuária, representada pelos grileiros, madereiros e grandes fazendeiros que buscam a derrubada de grandes setores de floresta, tornando essas áreas privadas. E outra lógica representada por camponeses e populações tradicionais da floresta com formas coletivas de uso da terra.