Questão 34 Unesp 2024 - 1ª fase
O espaço urbano é onde proliferavam a pobreza e certa autonomia dos desqualificados sociais, bastante incômoda para as autoridades. Era justamente este o espaço social das mulheres pobres, livres, forras e escravizadas. Circulavam pelas fontes públicas, tanques, lavadouros, pontes, ruas e praças da cidade, onde era jogado o lixo das casas e o mato crescia a ponto de ocultar escravizados fugidos: o seu espaço social era justamente o ponto de interseção onde se alternavam e se sobrepunham as áreas de convívio das vizinhanças e dos forasteiros; a do fisco municipal e a do pequeno comércio clandestino; as margens da escravdão e do trabalho livre, o espaço do trabalho doméstico e o de sua extensão ou comercialização pelas ruas…
(Maria Odila Leite da Silva Dias. “Mulheres sem história”. In: Revista de História, 1983. Adaptado.)
Ao tratar de São Paulo do século XVIII, o excerto estabelece um paralelo entre a condição das mulheres no espaço urbano e
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a situação de abandono das crianças pobres da colônia. |
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a constituição de um padrão ideal de família burguesa. |
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o prevalecimento dos interesses políticos da metrópole. |
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a área de indefinição social, política ou econômica. |
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os setores da sociedade defensores de propostas identitárias. |
a) Incorreta. O excerto não faz nenhuma alusão a questão das crianças abandonadas na época do Brasil colonial e a relação desse tema com a questão feminina.
b) Incorreta. O texto não estabelece uma ligação entre a vida das mulheres no espaço público de São Paulo colonial e a existência de um padrão ideal de família burguesa. Na verdade, o excerto apenas constata a dinâmica do espaço público em São Paulo do século 18.
c) Incorreta. Não há no texto citação da relação da situação das mulheres de São Paulo no século 18 e implicações políticas das condições de suas vidas em relação a metrópole.
d) Correta. Conforme o texto aponta, justamente pelo espaço público ser um lugar de vazio de poder, se torna lugar de indefinições sociais, políticas e econômicas.
e) Incorreta. Não há no texto qualquer inferência a setores sociais que defendam propostas identitárias.