Things We Carry on the Sea
We carry tears in our eyes: good-bye father, good-bye mother
We carry soil in small bags: may home never fade in our hearts
We carry carnage of mining, droughts, floods, genocides
We carry dust of our families and neighbors incinerated in mushroom clouds
We carry our islands sinking under the sea
We carry our hands, feet, bones, hearts and best minds for a new life
We carry diplomas: medicine, engineer, nurse, education, math, poetry, even if they mean nothing to the other shore
We carry railroads, plantations, laundromats, bodegas, taco trucks, farms, factories, nursing homes, hospitals, schools, temples...built on our ancestors' backs
We carry old homes along the spine, new dreams in our chests
We carry yesterday, today and tomorrow
We're orphans of the wars forced upon us
We're refugees of the sea rising from industrial wastes
And we carry our mother tongues
[...]
As we drift...in our rubber boats...from shore...to shore...to shore...
PING, W. Disponível em: https://poets.org. Acesso em: 1 jun. 2023 (fragmentado)
Ao retratar a trajetória de refugiados, o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar o(a)
a) |
risco de choques culturais. |
b) |
impacto do ensino na história. |
c) |
importância da luta ambiental. |
d) |
existência de experiências plurais. |
e) |
necessidade de capacitação profissional. |
Tradução:
As coisas que carregamos no mar
"Carregamos lágrimas em nossos olhos: adeus pai, adeus mãe
Carregamos terra em pequenas bolsas: que o lar nunca desapareça de nossos corações
Carregamos carnificina da mineração, secas, inundações, genocídios;
Carregamos poeira de nossas famílias e vizinhos incinerados em nuvens de cogumelo
Carregamos nossas ilhas afundando sob o mar
Carregamos nossas mãos, pés, ossos, corações e melhores mentes para começar uma nova vida
Carregamos diplomas: medicina, engenharia, enfermagem, educação, matemática, poesia, mesmo que não signifiquem nada para a outra margem
Carregamos ferrovias, plantações, lavanderias, mercearias, caminhões de taco, fazendas, fábricas, lares de idosos, hospitais, escolas, templos...
construídos sobre os ombros de nossos antepassados
Carregamos casas antigas ao longo da espinha, novos sonhos em nossos peitos
Carregamos ontem, hoje e amanhã
Somos órfãos das guerras impostas a nós
Somos refugiados do mar ressurgindo dos resíduos industriais
E nós carregamos nossa língua materna
[...]
Enquanto derivamos... em nossos barcos de borracha... de costa... em costa... em costa..."
Ao retratar a trajetória de refugiados, o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar o(a)
a) Incorreta. A alternativa A afirma que o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar o risco de choques culturais. A imagem da viagem marítima não é usada para destacar um risco de choque cultural, até porque a história de imigração relatada já é um choque cultural, uma vez que, ao se refugiar em outro país, o refugiado leva sua cultura com ele, que, muitas vezes, é diferente do país que o recebe.
b) Incorreta. A alternativa B afirma que o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar o impacto do ensino na história. Apesar de se tratar de uma relato poético de um fato histórico, a imagem da viagem marítima não é utilizada para falar do impacto do ensino de história, especificamente, mas sim das experiências plurais vividas pelos refugiados.
c) Incorreta. A alternativa C afirma que o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar a importância da luta ambiental. Apesar da passagem "We're refugees of the sea rising from industrial wastes", mencionar que eles são refugiados do mar ressurgindo dos resíduos industriais, o destaque do texto não está na luta ambiental.
d) Correta. A alternativa D afirma que o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar a existência de experiências plurais. Através da imagem da bagagem da viagem marítima, fica claro a referência a experiências plurais desses imigrantes, como nos trechos "We carry railroads, plantations, laundromats, bodegas, taco trucks, farms, factories, nursing homes, hospitals, schools, temples...built on our ancestors' backs" Carregamos ferrovias, plantações, lavanderias, mercearias, caminhões de taco, fazendas, fábricas, lares de idosos, hospitais, escolas, templos... construídos sobre os ombros de nossos antepassados ou "We're orphans of the wars forced upon us; We're refugees of the sea rising from industrial wastes". Somos órfãos das guerras impostas a nós. Somos refugiados do mar ressurgindo dos resíduos industriais. O poema nos mostra diversas experiências vividas pelos refugiados, experiências estas que são carregadas dentro de si para outra costa.
e) Incorreta. A alternativa E afirma que o poema recorre à imagem de viagem marítima para destacar a necessidade de capacitação profissional. No texto fica claro que muitos desses imigrantes têm diplomas e são capacitados, apesar de muitas vezes essa capacitação não ser reconhecida na nova terra ("We carry diplomas: medicine, engineer, nurse, education, math, poetry, even if they mean nothing to the other shore").