Os movimentos da agricultura urbana no Rio de Janeiro vêm crescendo nos últimos vinte anos, tanto por meio de reproduções de modelos de vida antigos, vinculados ao resgate dos próprios costumes, como e cada vez mais são revelados hábitos inventivos nos quais moradores urbanos de diferentes classes sociais, sem nenhuma referência anterior com o campo, passam a se dedicar a essas atividades. Ao possibilitar o acesso ao plantio e, consequentemente, à alimentação, permite-se uma nova relação com o que se come, reduzindo o percurso da cadeia produtiva e aproximando produtores de consumidores, pois ambos se confundem nas experiências de agricultura urbana.
PORTILHO, M.; RODRIGUES, C. G. O.; FERNANDEZ, A. C. F. Cultivando relações no arranjo local da Penha: a mobilização de mulheres a partir das práticas de agricultura urbana na favela. Cidades, Comunidades e Territórios, n. 42, jun. 2021.
A prática agrícola destacada no texto apresenta como vantagem no espaço urbano a
a) |
ocupação de lugares ociosos. |
b) |
densificação da área central. |
c) |
valorização do mercado externo. |
d) |
priorização de insumos químicos. |
e) |
mecanização de técnicas de cultivo. |
A expansão da agricultura urbana no Rio de Janeiro e em outras grandes cidades está relacionada à busca por alimentos mais saudáveis livres de agrotóxicos e com menores custos para a população urbana. Em regiões da cidade em que é praticada por populações de menor renda, essa modalidade de agricultura tem o bônus de lhes garantir segurança alimentar e possibilidade de uma forma complementar de renda.
a) Correta. A expansão a agricultura urbana se dá em espaços que não eram utilizados na cidade, seja em quintais, telhados verdes (em prédios) ou em terrenos disponíveis, inclusive em favelas. Dessa forma, essa forma de agricultura permite a ocupação de áreas ociosas do espaço urbano.
b) Incorreta. A prática da agricultura urbana se dá em diversos pontos da cidade, não estando concentrada apenas nas áreas centrais e, em muitos casos, até mais distantes das zonas mais densamente ocupadas.
c) Incorreta. A agricultura urbana normalmente é utilizada para o próprio consumo ou para abastecimento alimentar do mercado local. Não visa mercado externo.
d) Incorreta. No esteio da expansão dessa agricultura existe uma postura que é a oposta à citada na alternativa: o uso de insumos químicos não são priorizados. Sempre que possível, priorizam-se formas mais naturais de manejo do solo.
e) Incorreta. A escala de produção da agricultura urbana é pequena, inclusive os espaços utilizados são restritos, inviabilizando o uso de máquinas.