Questão 73 Enem 2023 - dia 1 - Linguagens e Ciências Humanas
TEXTO I
Como presença consciente no mundo não posso escapar à responsabilidade ética no meu mover-me no munco. Se sou puro produto da determinação genética ou cultural ou de classe, sou irresponsável pelo que faço no meu mover-me no mundo e, se careço de responsabilidade, não posso falar em ética.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
TEXTO II
Paulo Freire construiu uma pedagogia da esperança. Na sua concepção, a história não é algo pronto e acabado. As estruturas de opressão e as desigualdades, apesar de serem naturalizadas, são sócio e historicamente construídas. Daí a importância de os educandos tomarem consciência da sua realidade para, assim, transformá-la.
DEMARCHI, J. L. Paulo Freire. Disponível em: https://diplomatique.org.br. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
Com base no conceito de ética pedagógica presente nos textos, os educandos tornam-se responsáveis pela
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participação sociopolítica. |
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definição estético-cultural. |
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competição econômica local. |
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manutenção do sistema escolar. |
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capacitação de mobilidade individual. |
a) Correta. Em sua pedagogia, Paulo Freire deixa claro que a história é socialmente construída e que cabe aos estudantes tomarem consciência de seus papéis na sociedade, justamente para participarem de sua transformação.
b) Incorreta. Os fragmentos de texto fornecidos não abordam questões estéticas-culturais, mas sim o papel dos educandos na transformação da sociedade.
c) Incorrreta. Os textos que englobam a questão não sugerem a competição econômica como o papel da pedagogia de Paulo Freire. Nesse sentido, não é possível afirmar que sua pedagogia possua caráter liberal, ao contrário, possui claro compromisso com a transformação social.
d) Incorreta. Ao contrário do que afirma a alternativa, a pedagogia de Paulo Freire tem compromisso com a transformação, não com a manutenção da estrutura escolar.
e) Incorreta. A pedagogia de Paulo Freire não está centrada na questão da capacitação individual, seja em relação à mobilidade ou a outros temas, mas ao contrário, na ideia da transformação coletiva.