Texto 1
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que a ingestão de açúcares livres esteja abaixo de 5% da ingestão total de energia diária para o nosso organismo. Como alternativa aos açúcares livres, tem-se intensificado o uso de adoçantes não nutritivos, como, por exemplo, sacarina, sucralose, stevia e aspartame. A própria OMS atualmente recomenda que adoçantes não sejam utilizados para controlar a massa corporal, pois não oferecem benefício na redução da gordura corporal. Uma bebida muito consumida no cotidiano, o refrigerante, apresenta esses dois aspectos para os quais a OMS chama atenção: os comuns têm cerca de 11 g de açúcar por 100 mL e os diets contêm adoçantes não nutritivos.
A resposta glicêmica é a curva da concentração de glicose, em função do tempo, no sangue. Ela é utilizada como uma forma de classificar os alimentos com base em seu potencial de elevar a glicose (açúcar) no sangue. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA) testaram os efeitos de quatro adoçantes na resposta glicêmica de indivíduos saudáveis. Cada grupo foi exposto a uma condição, conforme a figura ao lado, acompanhando-se a resposta glicêmica. Com base nas informações da figura e do texto 1, pode-se concluir que a preocupação da OMS quanto ao uso de adoçantes não nutritivos
a) |
precisaria ser complementada com um alerta sobre um risco aumentado de diabetes tipo 2, pois os adoçantes provocam o aparecimento de glicose no sangue |
b) |
não precisaria ser complementada com um alerta sobre um risco aumentado de diabetes tipo 2, pois os adoçantes não provocaram o aumento de glicose no sangue. |
c) |
não precisaria ser complementada com um alerta sobre um risco aumentado de diabetes tipo 2, pois apenas dois adoçantes não provocaram o aparecimento de glicose no sangue. |
d) |
precisaria ser complementada com um alerta sobre um risco aumentado de diabetes tipo 2, pois dois adoçantes provocaram um aumento de glicose no sangue. |
O diabetes é uma doença caracterizada pelo aumento da concentração plasmática de glicose (glicemia). No diabetes tipo 2, também conhecido como diabetes senil ou diabetes do adulto, ocorre resistência à insulina, principalmente por fatores como obesidade, falta de exercícios físicos, alimentação de má qualidade e em excesso, principalmente em relação aos carboidratos, os quais a provocam altos valores de resposta glicêmica, ou seja, aumentam muito a concentração de glicose no sangue. Neste caso, é comum o uso de estratégias para diminuir consumo de açúcares como, por exemplo, fazer uso de adoçantes não nutritivos, ou seja, que não aumentam a concentração de glicose no sangue.
Assim, analisando a imagem que contém os gráficos da resposta glicêmica, pode-se observar a curva do "controle" e a do "veículo", sendo esperado então que os adoçantes não nutritivos apresentassem uma curva bem semelhante a essas já que não alteram a concentração de glicose no sangue, o que ocorre com o Aspartame e a Stevia. As respostas glicêmicas da Sacarina e da Sucralose têm um comportamento diferente do esperado, em que há um pico de concentração de glicose no sangue, aumentando o risco de diabetes tipo 2.
Assim, a preocupação da OMS quanto ao uso de adoçantes não nutritivos deveria ser complementada, indicando que dois deles (Sacarina e a Sucralose) causam um aumento da concentração de glicose no sangue.